— Somos convenientes um ao outro.

— Claramente, eu quebrarei sua doce Aubry, você ao meu pai que não está onde me convém e, por fim, um tiro para eliminar Lowell nos satisfará.

— Está jogando ao seu próprio lado?

— Apenas ao que me seja conveniente. — Ela queria entrar em nossa mesa de jogos. — E a obsessão de meu pai pela perfeição e posse de Rosalie, não me favorece.

— Não é apenas uma manobra atual que a irrita, nós dois sabemos bem disso, Lindsay.

— Se isso não importou para ele em duas décadas, não importará para você em poucos meses.

— O inimigo do meu inimigo é meu amigo, nunca ouviu essa frase?

— Você quer matar meu pai.

— E você se importa? — inquiri finalmente a fitando como um desafio, seria irônica demais sua resposta. — Ele se importaria se fosse você no lugar dele?

O silêncio tomou o carro, a mandíbula travada e o olhar altivo para outra direção indicava que estava perdida em pensamentos, memórias seletivas sobre seu pai, que procuravam uma sentença sobre ele.

Ela o amava, o mínimo de deslize que deu em seus olhos e o comportamento brevemente silencioso mostrava seu descontentamento sobre isso, talvez uma mínima tristeza. Ou melhor, ela queria que ele se importasse um pouco com ela, sem jogos ou manipulação.

Ainda assim desejava vê-lo no chão, ao menos até que faça algo que a priorize, a dê poder, o que era impossível de prever quando tratamos de Oliver, alguém que foi pisado e humilhado por todos poderia ou não levar a vida de sua filha como um jogo.

— Roxie é um luxo para ele, é manter vocês sob controle e William acuado — ditou em cinismo, como se a única mente sã fosse a sua. — Você não acha que ela realmente trocaria de lado, não é? Enquanto você é apenas uma peça como meu pai que está deslumbrado, não pode nem imaginar o prêmio.

— Cada um tem seu preço, loira, não é surpresa para ninguém.

— O que uma mulher como ela iria querer podendo jogar de qualquer lado?

Lindsay se fazia de sonsa, fingia que não observava nada, o que era um problema para quem não imaginasse que seu desprezo detém uma proporção grande ao nível que ignore suas futilidades para criar armas ou caminhos contra quem desejar.

Seu único erro era deixar passar detalhes e pensar em apenas o que pode beneficiá-la, ou o que é de seu interesse. Um erro fatal por não ser experiente o suficiente em lidar com pessoas tão venenosas e ardilosas quanto as cobras que conhecemos e sim com meros subordinados ou pessoas que temem seu sobrenome.

— Por que não se alia a ela? — indaguei em falsa curiosidade, precisava atingir algumas vezes uma pessoa antes de quebrá-la onde deseja.

— O que faz quando pessoas entram em seu caminho?

— Tem mais a ver com seu pai do que posso imaginar.

— Já sabe demais por poucos serviços, Blake, precisaria viajar comigo como um bônus.

— Tenho outras coisas a tratar, Sparks. — Exibi o papel que me entregou. — Teremos outra chance.

— Eu vou fingir que acredito.

— Não se surpreenda então.

Eram os movimentos necessários.

As palavras certas.

— Por favor, não me convide mais para exames de coleções, eu não entendo nada de "malha miami" ou "crepe soho", "magenta" ou "rose pink".

Ardente Perdição - Duologia Volúpia - Livro II Where stories live. Discover now