2⁰ Nova garçonete??(Revisando)

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Mabelly

De banho tomado, resolvi fazer o almoço para quando minha mãe chegasse, cansada, não teria que ir fazer. Não era uma boa cozinheira, mas não morria de fome. Preparei um feijão bem caprichado com macarrão e arroz, um almoço simples do dia-a-dia, nada muito elaborado.

Após ter comido, fui assistir as minha séries, uma delas que não nunca podia faltar era Lúcifer, mas ficando aqui entres nós, que diabo mais gostoso. Já tive diversos sonhos eróticos com ele. Sabe aqueles que você acorda suada, respiração acelerada, e quando você olha lá embaixo, na sua amiguinha, e vê que a situação está precária, que só resolve com um banho bem gelado para abaixar a temperatura?

Fiquei tanto tempo assistindo que acabei dormindo sem vê que hora minha mãe iria chegar.

[...]

Quem seria o abençoado que estava me sacudindo daquele jeito, sem um pingo de gentileza, não podia mais dormir em paz? O sono estava gostoso, entretanto o indivíduo não me deixava em paz, acordei contra a minha vontade.

— Peste, o que é? — perguntei sem me importar com quem seria. Mas quem quer que fosse, me deixou em paz já que parou de me balançar.

Estava completamente enganada, um tempo depois jogaram um balde de água fria em cima de mim, logo um puxão me jogou no chão. Me levantei mais rápido do que o flash.

— Me respeita, menina, que ainda sou sua mãe, e você ainda apanha, sua malcriada. Filha da mãe, onde já se viu me chamar de peste? Eu que te carreguei por nove meses na barriga, você não sabe a dor que senti quando fui te pari, para colocá-la no mundo com essa seu cabeção. — Ela disse tudo muito rápido, caminhando de um lada para o outro, indo para a cozinha.

— Me desculpa, não sabia que era a senhora, foi sem querer, meu raio de luz, mãe mais linda do universo. — Caminhei atrás dela pela cozinha.

— Se não fosse eu, quem em Santo Deus seria, se só mora nós duas aqui? Sei que você não tem amigos para te visitar, e mesmo assim teriam que tocar a campainha. — Ela voltou para a sala de estar.

— Me desculpe, de verdade, foi sem querer, você sabe disso — falei, dando um abraço e um beijo bem demorado do jeito que ela gostava. A puxei para se sentar no sofá. — Fiz até o almoço para a senhora, viu. Já comeu?

— Já, quando cheguei a senhorita estava aí dormindo. — Disse, enquanto me olhava de cima a baixo.

— Agora me conta, como foi a entrevista, consegui o emprego? — perguntei esperançosa.

— A dona da casa é uma mulher muito educada, e a entrevista foi ótima, conversamos por horas. — Ela deu um sorriso.

— E aí, conseguiu ou não? — perguntei curiosa, é um defeito que venho convivendo dia após dia. — Fala, mãe, sabe que sou curiosa.

— Consegui, claro. O emprego é ótimo, e a melhor parte é o salário, muito mais do que esperava. Irá dar para sairmos do aperto em que estamos. — Uma pausa. — E como foi o seu dia? Conseguiu entregar todos os currículos que levou? — perguntou, segurando em minha mão.

— Sim, agora estou esperando alguém me ligar até amanhã — disse, ligando a televisão, já que a dona Maia havia desligado. — Agora vamos assistir até anoitecer, o que não falta muito, olhando agora, a senhora chegou bem tarde. — No mesmo instante percebi, olhando pela janela.

— Estava conhecendo a mansão, vou começar a trabalhar amanhã. — Ela disse. — Mas agora vamos vêr Lúcifer, já faz tempo que não assisto — liga a TV.

Quando terminamos de maratonar as nossas séries, fomos preparar o jantar, deixei tudo de mais importante para a minha mãe e fiquei com as coisas básicas.

A deixei terminar de preparar a comida, e fui ver se tinha chegado algum e-mail de proposta de emprego. E sim, tinha um e-mail!

Senhorita Mabelly Houtsom, vimos que tem um bom currículo, gostaríamos que comparecesse, se possível, ao endereço abaixo para uma entrevista.

Desde já, receba o agradecimento do restaurante "San Diegho".

Rua: Kwamis. Número: 312.

Mas que nome é esse, e onde diabos isso fica?

O importante é estar trabalhando.

Não acredito, meu bom Deus, consegui um emprego, quer dizer, uma entrevista. Não havia uma pessoa tão otimista quanto a mim.

— MÃE! MÃE! Vem cá, por favor. Recebi um e-mail de um restaurante, vou trabalhar como uma garçonete. — Gritei, me levantando para ir à cozinha, onde ela estava.

— Como assim conseguiu um emprego? A meia hora atrás você não tinha emprego. — Ela terminava de pôr a mesa. — Vamos jantar, aí você me conta que tanta alegria é essa.

O jantar foi assim, contei tudo o que aconteceu comigo quando estava distribuindo os currículos.

Uma Luz Em Minha Vida Where stories live. Discover now