— Provavelmente.

Meu foco era fazer a menina falar.

Franco abre sua pasta,retira um envelope pardo e me entrega.

— Vandej e Benício trouxeram mais cedo. – explica, sério. — Não quero ser chato, mas você precisa resolver logo esta situação.

Abro o envelope e leio seu conteúdo.
Soco a mesa ao saber do que se trata.

— Vandej quer um tiro no meio da testa. — rosno. — Ele vai conseguir isso se aparecer na minha frente.

— Relaxa, irmão.

— Eles querem me mandar mais uma inútil.

— Você precisa de um herdeiro. Já está mais que na hora de vir uma criança com seu sangue. — Meu amigo suspira. — Vai esperar até ter 40 anos?

Depois de sair de um casamento de merda,querem me meter em outro. Nego com a cabeça.

— Mas eu avisei para você! — diz despreocupado.

— Você só fala merda.

— Qual seu problema em esperar um ano?! Carlota poderia ter engravidado sem problemas se tivesse lhe dado mais tempo.

— Carlota era uma inútil. — me levanto pegando o papel e o guardando, usarei isto de algum modo. — Nem para foder servia.

— Daqui a pouco vão querer uma prova que você tem pau. — gargalha. — O depoimento de putas não vão deixar sua palavra verídica.

Volto a me sentar e martelo na cabeça uma solução paliativa. Eu não precisava acabar com o problema, somente ganhar tempo. A morte da minha esposa foi uma dor na bunda, já que a garota era chamada de princesa perfeita da organização. Fértil, bonita e educada.
Não concordo com nada do que dizem, ela era mais uma pequena aproveitadora do que submissa.

Agora, não tenho só um problema. Tenho dois.

Meus olhos correm para a tela e a menina continua do mesmo jeito que a deixei. De cabeça baixa e de joelhos no chão. Perfeitamente submissa!

Não consegui nada com ela! A ideia de não ter tirado nada de sua boca me deixou irritado.
Ela só murmurava que não sabia o que eu queria e isso me deixa puto, já que a irmã dela fez a merda. Com o pen-drive nas mãos, eu teria tudo. Principalmente minha paz.

— Mando algum recado a eles? — indaga meu amigo.

— Manda se foderem. — me levanto da cadeira indo até a pequena adega e me servido um whisky.

— Será que eu ouvir foder?

Fecho os olhos ao ouvir a voz nojenta de Eduard, irmão caçula de Franco. Ele fecha a porta atrás de si e vem até mim com os braços abertos.

— Se tem amor à vida, acho bom ficar com suas mãos longe de mim. — digo alto.

— Que mau humor, Enriquinho.

— O que quer aqui?

— Franco disse que você estava com problemas e queria que pensássemos em algo. — se senta na poltrona. — Aproveitei que Ariel ia fazer compras e passei aqui.

Apesar de ser o mais novo entre nós três, Eduard era o mais centrado e decidido em certas coisas. Casou-se cedo, tinha um verdadeiro império a sua disposição e conseguia ser tudo que esperavam dele, tanto no quesito de crueldade quanto no de amor e essas baboseiras.

— As meninas ainda não falaram?! — pergunta sacando o celular e chuto que está avisando sua mulher do seu paradeiro. — Quer que eu tente convencê-las?

Condenada Pelo Mafioso - Série Acorrentadas (DEGUSTAÇÃO)Where stories live. Discover now