Dessa vez eu não cochilei ou algo do tipo, fui as três horas de viagem conversando com ele. Sobre as aleatoriedades da nossas vidas que deixaram de ser comum.

Como eu posso olha-lo, me sentir segura e não desejar permanecer assim por anos? Como eu posso segurar sua mão, encontrar paz em meio ao caos e não te desejar pra (toda) vida? Como eu posso não me apaixonar por você de novo. E de novo, sentir medo do futuro? Por favor, me diz.

Quando chegamos no colégio. Bailey me ajudou a tirar minhas coisas do ônibus e no fim paramos para nos despedir.

- Bom, meu avó está me esperando. - apontei para o senhorzinho encostado no carro - Foi ótimo ser sua companhia.

- Poderia dizer o mesmo, mas você roubou meu lugar na janela. - ironizou ao responder.

- Espero que me perdoe um dia por isso. - Respondi no mesmo tom e o mesmo riu. - Tchau.

É horrível dá tchau quando você que ficar vinte e quatro horas por dia com a pessoa.

Antes que eu pudesse realmente ir embora. Senti seu braço segurar o meu e juntar nossos corpos como um baque, pressionando nossos lábios demoradamente.

Por Deus, todos deveriam está vendo isso... Mas agora não é hora pra pensar no resto. Sem realmente se importar com nada, toquei sua nuca para aprofundar aquele beijo, pedindo espaços entre seus lábios para que minha língua adentrasse.

- Não vai se livrar de mim tão fácil, Paliwal. - Enfatizou quando por fim, encerramos.

- E nem quero! - exclamei o soltando.

Acenei uma última vez e fui até meu vô que estava boquiaberto com aquilo. Não sei se estava feliz por termos "reatado" ou com um pouco de raiva por Bailey beijar a garotinha dele em sua frente. 

Segui até meu velhinho. E entrei no carro sem dar espaço para que ele falasse algo. Mas quando entrou no mesmo, pediu explicações. Bom, eu dei. Mas bem por cima, coisa básica do realmente aconteceu.

...

- Então, você e Bailey voltaram? - essa é a segunda vez que escuto isso hoje, mas dessa vez vem da vovó magnólia.

Quando cheguei meu avó já foi logo contar pra minha avô o acontecimento. E eu subi para o quarto onde eu sempre durmo quando estou aqui. Guardei minhas coisas e voltei para a cozinha, depois de ler as mensagens exageradas no grupo das meninas.

Eu estava faminta!

Nada melhor que a comida da Nona (vovó) e uma boa conversa constrangedora com os meus avós maternos.

- Não rotulados nada ainda, nona. - expliquei ao beber meu café. - Foi só alguns beijos.

- Hum, torço por vocês. - Respondeu.

- E você já está bem? - Questionei sobre a falta de minha mãe.

- Sim querida, muito melhor que antes. Graças ao meu velhinho. - olhou para meu avó com um sorriso no rosto.

- Vocês se ajudam tanto. - Comentei vendo aquela cena linda.

- São anos de táticas e amadurecimento, flor. - meu avó respondeu.

Um amor verdadeiro mesmo é o deles. casal de velhinhos, não tão velhinhos, apaixonado e feliz quanto o outro, ainda andando de mãos dadas como dois namorados de vinte anos, lembrando das histórias de vida e ainda fazendo história juntos.

Meu avós são uma inspiração pra mim, eles são demais e eu pretendo sempre fazer de tudo para nunca decepciona-los.

Depois do jantar assistimos um capítulo da novela preferida de dona magnólia juntos e depois eu fui para o quarto querendo descansar um pouco. Enquanto isso olhei algumas fotos no celular.

A viagem foi como uma montanha russa. Estava lá no alto, depois descemos para baixo e no final eu saí viva e animada. Me resolvi com Bailey e consegui ficar longe das borboletas más.

Encolhi-me na cama e ao mesmo tempo recebi uma mensagem de Bailey.

B: sinto sua falta. E só estamos à cinco horas afastados.

Não pude evitar sorrir com aquela revelação.

Bom, estou a meia hora de carro distante de você.

B: Está me convidado pra te ver, Paliwal? : >

Entenda como quiser. -
Minha vó está com saudades suas.

B: Desse jeito vou ser obrigado a ir ai.

Vai ser muito bem vindo.

Continuamos nessa brincadeira por bastante tempo tempo. Até perdi o sono só querendo conversar mais e mais com ele. Tínhamos muitos assuntos e colocamos tudo em dia. Indo dormi lá pelas uma hora da madrugada.

A cada minuto que passa eu tenho certeza que quero estar com ele, não por pura curtição, mas por saber que os meus dias são felizes. Só ele sabe o meu jeito de ser, sabe me conquistar e me faz sorrir de um modo que ninguém nunca vai conseguir e acho que por isso e por mais mil e um motivos que eu quero só ele, que eu o quero só pra mim!

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Comeback - Shivley Maliwal.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora