21. A pequena grande Mi-rae

Beginne am Anfang
                                    

Yu-na corou ainda mais com a resposta do namorado, o empurrou de leve, pegando sua roupa e indo rapidamente para o banheiro.

— Eu vou te esperar na sala. — ele a avisou na porta do banheiro, em seguida se dirigiu para onde disse que a esperaria.

Yu-na não demorou muito no banho, eles realmente tinham que se apressar. Ela enquanto escovava o cabelo, tentava se acalmar, estava claro a tensão que envolvia os dois, o mínimo toque, um olhar mais ousado já era motivo para um dos dois ficar sem jeito. Não sabia como, mas esperava que Rang conseguisse encontrar o seu corpo logo, estava ansiosa para não vê-lo mais com a saúde instável, e mais ainda para conhecer o seu verdadeiro corpo.

Agradeceu muito por não ter ninguém em casa, quando foram tomar café, assim não passaria pelo constrangimento dos pais dele virem a marca no pescoço do filho. Tomaram café, e ela evitava olhá-lo porque era inevitável não olhar para a marca, por mais que não fosse tão grande, era só o que Yu-na conseguia ver.

— Você tem dez minutos. — Rang disse ao estacionar o carro na frente da casa dela.

— Okay, só preciso de cinco. — a garota respondeu.

Rang não tinha muito o que fazer além de esperar e claro, contar para ter certeza que a garota demoraria o tempo que havia dito. Faltando apenas um minuto para completar os cinco minutos o rapaz vê Yu-na vindo correndo em sua direção.

— Bem na hora. — a ex raposa disse ao vê-la entrar no carro. O perfume de azaleia preenchendo o carro com mais intensidade, ao perceber isso, ele evitou olhar para ela. Suspirou, e deu partida no carro a caminho da faculdade.

Yu-na havia comentado com Rang como que a professora de Direito Penal era rígida, e a garota estava nervosa ao seu lado pensando na possibilidade de chegar atrasada e ficar marcada pela professora.

— Aperta o cinto.

Rang acelerou e mesmo com os protestos de Yu-na ultrapassou dois sinais vermelhos, no momento exato que sentaram em suas carteiras a professora entrou pela sala.

De fato, pela forma de andar e de se vestir a professora aparentava ser rígida, os alunos não se atreviam a conversar uns com os outros, até a troca de olhares eram difíceis entre eles. A aula inteira a professora ia apresentando detalhes sobre um caso e ia perguntando aleatoriamente aos alunos qual seria a decisão a tomar, ou o que fazer.

— Kang Jihoon. — Rang fazia uns desenhos aleatórios no caderno, de todos, ele era o único que não se amedrontava com a professora, o rapaz já tinha visto coisas infinitamente mais assustadoras. Yu-na o cutucou para que ele levantasse a cabeça e olhasse para a professora. — Houve uma discussão em uma lanchonete, entre um médico e um familiar de um paciente. Na briga, tanto o médico como o familiar ficaram machucados, porém, o primeiro com um pouco mais de gravidade. O paciente resolveu processá-lo e denunciá-lo ao Conselho de Medicina. O que você como advogado de defesa do médico deve fazer?

Yu-na virou o rosto, seria impossível ele responder, já que quem era o devorador de livros era o Jihoon e não ele, no entanto, o que ele disse a surpreendeu.

— Primeiramente recorreríamos com a denúncia ao Conselho, tendo em vista que não estavam em ambiente hospitalar. Segundo, procuraríamos testemunhas a favor do médico, e checar as imagens de segurança do local, se esse tiver. — ficou nítido que a professora ficou contrariada por ele ter respondido corretamente.

— Com as testemunhas e provas nas mãos o que faria em seguida?

— Por se tratar da família de um paciente, e tal conflito pode trazer algum prejuízo para o hospital, consequentemente para o meu suposto cliente, se o resultado das imagens comprovasse que o médico apenas se defendeu, proporia um acordo.

I'll be there: uma segunda chanceWo Geschichten leben. Entdecke jetzt