04. Number three: why weren't u who u swore that you would be?

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Bufei audivelmente. O medibruxo estreitou os olhos pela interação extremamente tensa e ponderou antes de finalmente começar a falar meu diagnóstico.

— Se você tivesse aparecido 3 minutos a mais, provavelmente ele não sobreviveria. O corte foi muito fundo. Foram horas para tentar restaurar os tecidos danificados e mesmo assim não conseguimos sumir completamente com a cicatriz nos seus pulsos — explicou. — O que me preocupou realmente foi a quantidade de sangue perdida e o possível quadro de hipotermia. Você estava alucinando quando chegou e murmurando o nome "James" sem parar.

Senti um aperto no coração e desviei o olhar.

— James era nosso filho — disse Draco para a pergunta muda do doutor.

Fechei meus olhos, decidindo que eu estava muito cansado para aquela conversa e sobre esse assunto em específico.

— E também tínhamos a complicação das queimaduras no seu rosto. Suponho que sua magia ficou muito descontrolada pelo seu quadro frágil, e isso piorou o descontrole — disse, anotando algo na sua caderneta.

Franzi o cenho. Frágil? Eu estava bêbado, apenas.

— Frágil, doutor? Você fala da embriaguez? — questionei em dúvida.

O medibruxo me encarou mais confuso ainda e logo vi suas feições mudarem para surpresa. Ele coçou a garganta e toda aquela demora estava me irritando.

— Sim. Isso com certeza ajudou a agravar seu quadro — respondeu duramente e eu senti minhas bochechas corarem em constrangimento. — Mas o bebê principalmente. No início da gestação o gestante sempre sofre com algumas alterações na magia.

Travei e vi Draco sufocar um ar de surpresa. Gravidez?

— Você está falando que o Harry está esperando outra criança? — perguntou Draco, chocado.

Eu ainda não conseguia raciocinar a notícia que recebi.

Eu estou grávido. Eu quase matei outro filho.

Não reparei muito quando senti meus olhos arderem e segurei na minha barriga, protetoramente.

— Eu quase matei meu filho — murmurei, perdido.

— Bom, ela é muito forte. Mesmo estando com 4 meses, parece que o amor que ela sente por você te salvou da morte — disse o medibruxo e eu sorri.

Ela. É uma menina.

— Como assim, doutor? — Questionou o loiro, confuso.

— Sua filha manifestou a magia dela com um feitiço de proteção em torno do seu marido. É muito raro mas não impossível. Normalmente são as mães que conseguem projetar o amor como uma proteção com os filhos — explicou — Última pessoa que conseguiu essa proeza e foi documentada foi sua mãe, Potter.

Senti as lágrimas descerem lentamente.

Mais uma vez fugindo da morte pelo amor de uma mulher que faria de tudo por mim.

— O amor dela me protegeu? — perguntei, ainda meio perdido com a informação.

— Sim. Parece que ela quer muito te ver bem, papai — respondeu o medibruxo, contendo um sorriso singelo. — Fique bem por ela.

Eu assenti rapidamente. Eu faria de tudo por ela.

Comecei a sentir uma pontada fina nas costas e me assustei. Com 4 meses era impossível estar chutando.

— Doutor, estou sentindo uma dor na lombar. Não há como ela estar chutando tão nova assim.

Vi o semblante do mesmo se tornar preocupado.

Why? | DRARRYWhere stories live. Discover now