Bufei audivelmente. O medibruxo estreitou os olhos pela interação extremamente tensa e ponderou antes de finalmente começar a falar meu diagnóstico.
— Se você tivesse aparecido 3 minutos a mais, provavelmente ele não sobreviveria. O corte foi muito fundo. Foram horas para tentar restaurar os tecidos danificados e mesmo assim não conseguimos sumir completamente com a cicatriz nos seus pulsos — explicou. — O que me preocupou realmente foi a quantidade de sangue perdida e o possível quadro de hipotermia. Você estava alucinando quando chegou e murmurando o nome "James" sem parar.
Senti um aperto no coração e desviei o olhar.
— James era nosso filho — disse Draco para a pergunta muda do doutor.
Fechei meus olhos, decidindo que eu estava muito cansado para aquela conversa e sobre esse assunto em específico.
— E também tínhamos a complicação das queimaduras no seu rosto. Suponho que sua magia ficou muito descontrolada pelo seu quadro frágil, e isso piorou o descontrole — disse, anotando algo na sua caderneta.
Franzi o cenho. Frágil? Eu estava bêbado, apenas.
— Frágil, doutor? Você fala da embriaguez? — questionei em dúvida.
O medibruxo me encarou mais confuso ainda e logo vi suas feições mudarem para surpresa. Ele coçou a garganta e toda aquela demora estava me irritando.
— Sim. Isso com certeza ajudou a agravar seu quadro — respondeu duramente e eu senti minhas bochechas corarem em constrangimento. — Mas o bebê principalmente. No início da gestação o gestante sempre sofre com algumas alterações na magia.
Travei e vi Draco sufocar um ar de surpresa. Gravidez?
— Você está falando que o Harry está esperando outra criança? — perguntou Draco, chocado.
Eu ainda não conseguia raciocinar a notícia que recebi.
Eu estou grávido. Eu quase matei outro filho.
Não reparei muito quando senti meus olhos arderem e segurei na minha barriga, protetoramente.
— Eu quase matei meu filho — murmurei, perdido.
— Bom, ela é muito forte. Mesmo estando com 4 meses, parece que o amor que ela sente por você te salvou da morte — disse o medibruxo e eu sorri.
Ela. É uma menina.
— Como assim, doutor? — Questionou o loiro, confuso.
— Sua filha manifestou a magia dela com um feitiço de proteção em torno do seu marido. É muito raro mas não impossível. Normalmente são as mães que conseguem projetar o amor como uma proteção com os filhos — explicou — Última pessoa que conseguiu essa proeza e foi documentada foi sua mãe, Potter.
Senti as lágrimas descerem lentamente.
Mais uma vez fugindo da morte pelo amor de uma mulher que faria de tudo por mim.
— O amor dela me protegeu? — perguntei, ainda meio perdido com a informação.
— Sim. Parece que ela quer muito te ver bem, papai — respondeu o medibruxo, contendo um sorriso singelo. — Fique bem por ela.
Eu assenti rapidamente. Eu faria de tudo por ela.
Comecei a sentir uma pontada fina nas costas e me assustei. Com 4 meses era impossível estar chutando.
— Doutor, estou sentindo uma dor na lombar. Não há como ela estar chutando tão nova assim.
Vi o semblante do mesmo se tornar preocupado.
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Why? | DRARRY
Fanfiction[CONCLUÍDA, Drarry] Ele estava me traindo. Todas as saídas planejadas, as horas extras no trabalho, as roupas amarrotadas e os atrasos para os jantares deixavam claro. O perfume feminino estava impregnado em suas roupas. Ele já não me procurava e ne...
04. Number three: why weren't u who u swore that you would be?
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