03. Number two: why would you try and play me for a fool?

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— Um nome perfeito para o nosso garoto perfeito.

Flashback Off

Inspirei profundamente e tudo doía.

Sempre falam que quando um filho morre isso destrói um casal, mas eu não achei que Draco fosse tão longe. Eu achei que poderia dar certo.

Fizemos dois meses de terapia e eu achei que estávamos superando a morte de James, juntos.

A dor da traição é indescritível... é como carregar o peso do mundo nas costas. Eu achei que ia ser para sempre. Draco era meu príncipe em forma de sapo.

Segui para o nosso quarto e puxei a última gaveta de roupas, pegando nosso álbum de casamento. Passei a mão na primeira foto que vi. Era minha passando glacê no nariz dele e ele dando aquela encarada para mim.

Como se eu fosse o bem mais precioso que ele poderia ter.

Flashback On

— Os noivos tem que sorrir para a câmera! — ralhou Molly ao ver a cara de desconfortável de Draco com toda aquela atenção.

Eu neguei com a cabeça para ela. Malfoy tinha seu próprio humor que é quase sempre de cara fechada.

— Ei, babe — chamei meu marido, o vendo sorrir para mim com os olhos azuis brilhando. Sorri de volta. — TOMA!

Joguei glacê na cara dele todo. Vi a cara de surpresa se tornar logo de confusão e por fim a ira.

— MOLLY, TIRA LOGO! — gritei animado.

— Sua cobrinha — resmungou, contendo um sorriso torto.

— Não. Sua cobrinha — sussurrei selando os lábios com um gosto agora de chocolate.

Eu nunca estive tão feliz.

Flashback Off

Senti uma lambida na minha bochecha e sorri fraquinho. Até mesmo Potty me lembrava do Draco.

Eu não seria capaz de viver sem ele. Sabe quando você conhece a sua pessoa? Ele é a minha família.

Passei o álbum e vi uma tirada na nossa noite de núpcias, conosco dançando em um luau trouxa na praia e nos olhando como se fossemos feito um para o outro.

E eu achei que éramos. Senti as lágrimas queimando meu rosto e não dei a mínima.

Flashback On

— Senhor Malfoy-Potter, teremos um luau hoje a noite. Deveria comparecer com seu marido — sugeriu o gerente do hotel em que estávamos hospedados.

Sorri. Amava luais. O tenso seria convencer o senhor rabugento a sair comigo já que ele estava todo queimado do sol de ontem.

Subi as escadas e chamei o elevador, me sentindo feliz. Eu era um homem casado. E casado com Draco Malfoy. Cada vez que eu lembrava disso era como ter uma pequena epifania.

Entrei no quarto que estava escuro e o ar condicionado ligado no máximo.

— Cadê meu morcegão? — brinquei ao me aproximar da cama.

— Está debilitado, pois o marido deu uma coça ontem a noite o deixando de cama — murmurou com a cabeça enfiada no travesseiro.

Revirei os olhos. Que drama.

— Onde está esse homem malvado que te destruiu desse jeito, meu senhor? — perguntei, me jogando na cama e deitando nas costas dele, já que o mesmo estava de bruços.

Why? | DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora