Cap 2 Ann💚🏹

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Não aguentava mais a minha mãe me azucrinando falando de que deveria parar de agir feito homem e começar a agir feito uma dama pra conseguir um homem.

Queria saber em que época ela acha que estamos. Eu NÃO PRECISO DE UM HOMEM. Nunca precisei não vai ser agora que vou começar a precisar. Para me distrair da minha terrível mãe levando milhares de pretendentes na minha casa, querendo que escolhesse um pra ser meu marido resolvi começar minha caçada.

Queria mudar de vida e provar que não preciso de homem. Então resolvi sair ontem e acabei me metendo em possíveis problemas (Como sempre). Descobriram que eu era uma boa caçadora e precisam que eu fizesse um pequeno serviço. Sequestrar uma pessoa. E levar ela de volta.

Aceitei na hora precisava distrair a cabeça. Antes que eu brigasse com a minha mãe. Não queria surtar com ela por que sabia que iria me gerar mais problemas. Tinha um dia de descanso então resolvi caçar normalmente.

Tinha pegado meu arco favorito com minha capa verde pra me camuflar entre as plantas e botas marrom( com saltos claro). Sempre gostei de botas, acho que é um fetiche ou coisa do tipo. Não tinha conseguido arrematar nada, perdi metade dos animais que passaram.

Todas as minhas presas fugiam. Tava começando a ficar com ódio.......

Decidi tentar em uma clareira mais próxima com mais árvores. Consigo atira flechas das árvores e encurralar minhas presas. Puxei a corda do arco e soltei. Não ouvi nenhum barulho de nenhum animal.

Resolvi descer da árvore pra ver aonde diabos minha flecha foi parar . Pela altura que eu atirei deve ter sido beeeem longe. Ou só tava distraída mesmo e com muita raiva de não ter acertado ninguém.

Ou algum animal desavisado que andava e vagava por aí. Caindo no chão minhas botas não fazem barulho e mesmo caindo em cima de um galho ele não se quebra nem se parte.

Aperfeiçoei a arte de cair sem fazer barulho graças a minha detestável mãe. E minhas botas um pouco gastas também ajudam muito. Vou andando na direção que acho que é daquela que minha flecha percorreu e continuo a me aventurar pela mata a dentro. Vejo um pequeno coelho preso em um arbusto e me abaixo ajoelhando no chão e tirando sua patinha presa. Dou um pequeno sorriso e faço carinho em sua cabecinha macia e peluda.

Nunca fui de gostar muito de bichos, tirando a Kitty, minha linda tigresa que meu pai me deu. Acho que também gosto um pouco do Justin, leão da minha irmã isso quando ele não está me lambendo ou coloca minha mão na boca.

Apesar de isso não doer acho um pouco nojento. O coelhinho sai pulando e vejo seus bigodes se mexerem. Seu pelo marrom claro me fez lembrar de um bom e quentinho café com leite. Ah como eu adoraria um desse agora. Estou com frio mesmo com a roupa quente por dentro e a capa.

É incrível o quanto eu gosto do frio em determinados momentos, e quando saio do banho e a temperatura está quase congelando minha respiração eu o amaldiçoou com todas as minhas forças. Já sabia muito bem que eu era uma grande hipócrita, mas uma hipocrisia nesse nível é completamente outra coisa.

Continuo andando e ouço um barulho de rio,um rio eu acho que não, deve ser um pequeno córrego. Ainda bem que se eu ficar perdida ou não conseguir voltar para casa posso acampar aqui.

Um rio é tudo o que preciso. Isso e um milagre da Lua.

Ajudariam muito minha triste, infeliz e deprimente vida.

Reinado Vermelho1: A Sombra & A ChamaWhere stories live. Discover now