Peter que já não era mais um rato, corria ao seu lado e puxava sua mão, impedindo que ela voltasse para ajudar o namorado; em um ato quase covarde, se não estivesse ajudando-os a salvar a vida da menina.

— Peter! Você sabe eu não vou voltar! — soltando-lhe a mão, olhou feio para o rapaz — Não com você me arrastando.

— Mas voltaria se tivesse a chance, não voltaria?

— Sim.

— Então não reclame. James e Sirius estão salvando sua vida.

— E quase morrendo por isso!

Apenas os gritos de Pettigrew não foram suficientes; observando-o correr em disparada para dentro do castelo, seus pés prendaram-se na grama e seus cipos, caindo de cara no chão.
A lua cheia, — que agora não parecia tão bonita e surreal, e sim uma sentença de tortura para pessoas como Remus — deu a Friday o brilho exato para que visse as garras do lobisomem se cravarem em tecido.

Enrijecendo-se e sentindo o sangue descer-lhe e molhar sua blusa, apenas teve tempo de passar os dedos pelas costas em uma dor excruciante e sentir os braços de James, agora humano, carregarem-a para longe.
Sirius, o cachorro, já avançava contra o lobisomem quando seus olhos pregaram-se.

No dia seguinte após o ataque, Remus não desceu para tomar café, nem saiu de sua cama

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No dia seguinte após o ataque, Remus não desceu para tomar café, nem saiu de sua cama.
Friday, preocupada com o amigo e sofrendo dores após os machucados, — mas bem, já que o machucado não tinha sido o suficiente para transformá-la — mal tocara em sua comida.
Passando o dia todo ao lado de James, Sirius e Peter, que eram os únicos que sabiam o motivo de estar assim e como explicar para ela o que precisasse saber, obteve mais respostas do que esperava.

— Remus também perde as roupas durante a transformação, sorte sua não ter o visto depois da lua cheia. James ia ficar doido.

— Eu realmente não queria saber sobre isso. — Dunequim empurrou o braço de Sirius com desgosto e James lançou um olhar de reprovação para o amigo — Ele não tem controle, então não é culpa dele. E ainda sim, ele acha que é.

— Nós tentamos explicar isso para ele! Mas ele não nos ouve e ficamos cansados. — James suspirou, olhando para as unhas com descaso.

— A amizade de vocês me espanta.

— Ei! Nós salvamos sua vida! — Peter levantou a voz, abismado pela falta de reconhecimento.

— Você me largou caída!

— O QUE?

— Eita. — os olhos de Sirius se arregalaram a imagem de um James furioso, jogando o óculos para o lado e afrouxando a gravata.

As sobrancelhas de Potter se levantaram e baixaram, pequenas rugas sugiram em sua testa e suas mãos foram diretamente ao pescoço de Rabicho, tentando o enforcar.

— COMO ASSIM VOCÊ DEIXOU A MINHA NAMORADA LÁ? VOCÊ TEM PLÁSTICO NA CABEÇA INVÉS DE UM CÉREBRO? 

Peter, que tentava se explicar, parecia prestes a sufocar e James não dava a mínima atenção para esse detalhe; foi preciso que Friday e Sirius puxassem seus braços para que ele o largasse e deixasse o menino respirar.

— James, eu...

— Está tudo bem, Peter. E você, vamos.

Puxando Potter pelo colarinho e o arrastando para a porta do grande salão, arrancou-lhe uma bufada de ar quando o soltou com força.

— Eu adoro apanhar de mulher bonita, mas está ficando cansativo!

— Precisamos ir atrás do Remus.

— Não será preciso, minha fofura. — James, já sem paciência, apontou para uma silhueta clara, parada em frente aos dois.

Lupin esboçou um sorriso trêmulo quando as íris azuladas da garota se prenderem nele, abrindo a boca para dar qualquer explicação, seus olhos molhados curvaram-se em surpresa quando sem ao menos dizer uma palavra, Friday o abraçou.

Para ela, não importava se ele fosse um lobisomem, duende ou grindylow, porque no final, era apenas ele.
Remus Lupin, a pessoa mais doce do mundo.

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✓  FRIDAY ━ JAMES POTTER.Where stories live. Discover now