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「 No Ticket - JaeSung - Parte 3 」

Depois vem Jung Sungchan, namorado do Shotaro. Ele tá segurando uma tigela de açaí. Por mais que ele me tira do sério algumas vezes, é um amigo maravilhoso e eu o amo demais.
Me desculpe por não apresentá-lo a você.

A mulher e o homem na outra fotografia são meus pais. Ambos faleceram em um acidente de carro. Minha mãe era um ser maravilhoso, que sabia demonstrar sentimentos e que ia amar te conhecer, diferente do meu pai que não sabia demonstrar o que sentia e se foi ainda sem saber, mas me ensinou muitas coisas. Não sei se algum dia vou orgulhá-lo, mas eu estou tentando isso. Me desculpe mãe. Me desculpe pai. Me desculpe, Nana.

Acho que eu nunca lhe disse, mas você, Na Jaemin, entrou na minha vida quando eu sentia sufocante viver, mas você me deu motivos pra sair desse sufoco. Escondi a morte dos meus pais, porque eu nunca consegui conversar sobre isso com ninguém, mas agora eu aprendi a falar mais abertamente sobre esse assunto, mesmo assim eu falhei na missão de confiar em ti e de nunca ter dito um 'eu te amo', mas agora eu tô aqui pra te dizer isso.

Eu, Park Jisung, te amo mais do que posso explicar, ainda mais quando brigávamos por conta dessa frase e eu nunca soube o que dizer pra te deixar melhor. Eu sentia que cada vez que eu deixava a oportunidade de dizer que te amo, era como se eu perdesse uma parte de mim, e quando você foi embora, isso acabou me fazendo ficar ainda pior.

Todos os dias que eu acordava e não lhe via deitado ao meu lado com o cabelo bagunçado e roncando baixinho, foi horrível pois eu me acostumei a acordar e lhe ver ali. Quando eu não te ouvia me dar sermão por causa da toalha molhada em cima da cama, isso me deixava mal. Todos esses pequenos atos começaram a fazer falta. Você me faz falta, Jaemin.

Acho que quanto mais você lê essa carta menos ela não vai fazendo sentido, mas eu te disse que sou péssimo nisso. Estou me esforçando pra colocar tudo no papel e lhe dizer tudo que eu não contei enquanto estávamos juntos, e agora eu tenho essa oportunidade e vou falar todas elas.

- Eu odiava quando você me obrigava a comer beterraba. É algo ruim e horrível de se comer, Nana;

- Odeio filmes de terror. É isso mesmo que você leu: eu odeio filmes de terror, mas eu gostava quando eu sentava no meio de suas pernas e você afagava meu cabelo;

- Eu não gosto tanto de vinho, mas só de ver a felicidade no seu rosto quando enchemos aquelas lindas taças, eu não me importava com o gosto de uva na minha boca;

- Particularmente eu não sou fã de sorvete de creme, mas você adora, enquanto eu adoro comer somente no sorvete napolitano. Ele sozinho é horrível.

Talvez eu tenha mais coisas a dizer, mas isso por enquanto basta, certo?

Nem sei se eu devia lhe perguntar isso mas, Jaemin, você já seguiu em frente? Se você tiver seguido, eu irei entender, pois eu desejo toda a felicidade do mundo pra ti, você é a melhor pessoa no mundo. Se eu pudesse voltar no tempo, eu ia aproveitar pra lhe fazer feliz todos os dias e dizer tudo o que eu não pude, pois eu amo você, Na Jaemin, e eu vou lhe amar pra sempre.

Ah, tem algo que eu tenho que te contar e não sei se você irá ficar tão feliz com isso, mas sinto que devo dizer: Vou me mudar da nossa casa. Viver sem você lá foi horrível e ter aguentado por um ano foi o meu máximo, acho que eu só fiquei lá, porque eu tinha esperanças de você voltar algum dia, mas aparentemente isso não irá acontecer. Tudo ali lembra nós dois, então eu precisei sair de lá, porque eu não aguentava mais chorar por um erro meu. Eu tô indo embora, então se quiser me procurar ou falar comigo, pergunte pro Hyuck onde eu tô, mesmo que eu tenha certeza de que você não fará isso.