— Que ela é uma cretina é, mas uma serpentinha é amiga da outra. – Marlene respondeu, e Lilian emendou a ignorando:
— Brigaram por quê?
Lara deu de ombros, impotente.
— Acho que tem alguma coisa a ver com o Sirius, mas Roxanne não conta e Dylan não está mais tão envolvido com o resto do pessoal.
— O que teria com Sirius? – Marlene disparou, antes que conseguisse conter o ciúme. – Eles não são nada! E qual é a do "Dylan", desde quando são próximos?
Lilian e Lara se entreolharam.
*
Roxanne respirava profundamente enquanto tentava esconder o impacto que as alucinações tinham mesmo agora que tinham parado.
Precisava urgentemente se livrar do veneno, mas infelizmente tinha certeza de que nenhuma das poções em seu prisma resolveria, e que tampouco o elfo que fora encarregado de envenená-la sabia do que a servira.
Na verdade, mesmo se houvesse alguma utilidade para o seu prisma, ela não o tinha naquele momento. Todos os seus pertences tinham sido apanhados, até mesmo os anéis e colares, e mais importante: sua varinha.
Estava com o robe da enfermaria, e assim que notou isso sentiu o desespero bater forte no coração. Olhou para o braço onde a marca negra estaria exposta e viu que uma faixa branca a cobria, da mesma forma no outro braço.
— Merda... merda... merda – Ela tentou se levantar. Mataria Bellatrix. Mataria aquela vadia mimada. Mataria. Mataria.
— Roxanne! – Pomfrey correu até ela e a impediu em sua tentativa de sair da cama, irritando-a. A sonserina se encontrava mais uma vez sem ar e com o corpo trêmulo, e pelo padrão que a enfermeira formava, logo ela voltaria a ter alucinações ou desmaiaria. – Pelas barbas de Merlin – Ela disse, suspirando e indo até as prateleiras com poções e ervas. – Já estava na hora de estabilizar um pouco...
*
Roxanne deu uma tosse rouca e úmida. A palma de sua mão voltou ensanguentada. Ela desviou os olhos e limpou a mão em um pano já muito avermelhado na bacia ao lado. Para o seu aborrecimento, não conseguira se livrar da enfermeira em nenhum de seus momentos leves, e agora que estava quase em um deles não era diferente.
— Consegue se sentar, minha querida? – perguntou Pomfrey, gentilmente.
Roxanne assentiu, mesmo sabendo que a simples ação lhe custaria muito. Ela se apoiou nos braços e se ergueu. Perdeu o ar e se dobrou para frente, desejando que isso fizesse seu estômago parar de torcer.
— Shhhh... calma, querida – Roxanne não percebeu que tinha gritado. Um grito agonizante e de gelar o sangue. – Por Merlin, como isso pôde acontecer... Vamos, beba, vai aliviar um pouco a dor...
O líquido passou arranhando a garganta de Roxanne, mas ela bebeu tudo. Pomfrey a olhou preocupadíssima... Não queria medicá-la, mas a garota merecia pelo menos um alívio de tudo aquilo, ou não suportaria até poder ir para o Hospital.
— Pobrezinha... – Ela murmurou e viu o desagrado no rosto da sonserina.
— Já estou melhor. – Ela foi desmentida pelo sangue que manchou e escorreu pelos lábios quando conteve outra tosse. Ela deu um grunhido de dor e limpou a boca.
— Espero que alguém no St. Mungus resolva isso, Roxanne – Pomfrey disse muito séria. – Mas será difícil, principalmente se estiver escondendo...
— Não estou escondendo nada. – A sonserina interrompeu, e viu o olhar da enfermeira se direcionar inconscientemente para a faixa que escondia a tatuagem dos comensais.
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Sirius Black e Roxanne Malfoy
FanfictionLilian olhava Roxanne atentamente enquanto esta esperava Sirius descer, curiosa. Elas nunca tinham se dado bem, entretanto, ao ver os cantos dos lábios da sonserina retorcerem em um pequeno e discreto sorriso, Lilian sentiu que, talvez, ela valesse...
Há males que vêm para o bem
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