Quando chego, procuro por um livro que eu só lia em dias trágicos, quando minha vida estava trágica: Romeu e Julieta, um trágico romance, mas ao mesmo tempo, um ótimo livro. A leitura me puxava muito, a forma como eles ignoravam todas as regras apenas para ficarem juntos era apaixonante, pena que não terminaram juntos, bom, se a teoria de que existe vida após a morte for real, eles devem ter vivido um literalmente "felizes para sempre".

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Eu estava quase na metade do livro quando Alex aparece na porta.

― Desculpe-me por interromper sua leitura, senhorita. Mas o senhor Sprouse mandou lhe entregar isto. ― estendeu uma cesta, coberta com um pano branco.

― Obrigada, Alex. ― marco a página do meu livro com um pequeno pedaço de papel.

― E também, queria lhe entregar isso, eu agradeço pelo dinheiro mas o senhor Sprouse me deu alguns docinhos de graça. ― estendeu algumas moedas.

― Pode ficar com elas. ― sorrio.

― Obrigado. ― sorri de volta, então se vira fechando a porta.

Rapidamente tiro o pano que estava em cima de algo naquela cesta, e me deparo com vários bolinhos e um bilhete. Começo a ler e me deparo com uma caligrafia linda, mas bagunçada.

"Obrigado pelos sacos de farinha, mas não precisava. Eu e minhas irmãs nos divertimos muito hoje, espero que esse dia se repita, eu nunca imaginei que a sua companhia seria muito agradável, já que a senhorita não parecia ser nada agradável..."

Reviro os olhos, por que ele sempre gostava de dizer que eu era a mal educada na história? Por que não assumir que ele que é o mal educado?

Volto a ler.

"Como agradecimento pela farinha e a sua companhia, aceite esses biscoitos que eu fiz especialmente para você. Estava pensando em pedir a algum criado dos Mendes para lhe entregar mas a senhorita já facilitou muito. Tenha um bom dia.

De Cole, mas para você; sr. Sprouse."

Começo a rir, eu havia entendido o que ele estava querendo dizer com "para você", ele estava se referindo ao dia em que nos conhecemos, quando eu disse que meu nome era "Lili", mas para ele, "senhorita Lili".

Então meu pai entra na sala, escondo o bilhete.

― Quem lhe deu esses biscoitos? ― pergunta olhando para minha cesta.

― Camila. ― digo rapidamente.

Ele continua encarando, um pouco desconfiado.

― Que seja, o senhor Apa acabou de chegar para vocês se conhecerem.

― Como? O senhor me disse a pouco mais de uma hora que ele só iria vir amanhã. ― me levanto e olho para meu vestido.

― Ouve um imprevisto, ele acabou vindo mais cedo para resolver alguns assuntos. Como o senhor de negócios que ele é. ― quade reviro meus olhos.

Apenas assinto e o sigo, mas quando saio da sala, Madelaine estava ali, parada.

― Pegue um bilhete e uma cesta que está na biblioteca e coloquem no meu quarto, cuidado para os biscoitos não murcharem! ― digo para ela, que apenas acena positivamente.

Continuo seguindo meu pai, e chegamos na sala. Haviam duas salas, uma apenas para a família e outra para quando os convidados vinhessem.

― Senhorita Lili... ― uma voz diz, deduzo que é o senhor Apa.

Ele tinha os cabelos negros, e era forte exageradamente. Também usava roupas finas, de alguém realmente importante na sociedade. Porém como qualquer outro cara, meu coração não bateu para ele, ou ele me fez sentir algo diferente.

― Senhor Apa... ― digo com um sorriso falso.

― Vou deixar ambos conversando, Lili, por que não mostra a prioridade para o senhor Apa? ― meu pai diz, se virando para mim.

Apenas aceno, e peço para o senhor Apa me segui.

Até o lado de fora, nenhum havia dito nenhuma palavra, eu não me sentia tão a vontade com ele. (autora: já com o cole...)

― Então, senhorita Lili, quantos anos tem? ― diz trazendo um assunto.

Mas, meu pai não havia dito minha idade? E se eu tivesse 40? Ou 15?

― Tenho 24, e o senhor? ― respondo educadamente.

― Me chame de KJ, é como meus amigos me chamam. Iremos nos casar em breve... ― meu estômago embrulha. ― Voltando para a sua pergunta, tenho 23.

Tudo bem, eu era mais velha que ele, não havia uma grande diferença de idade, apenas um ano ou alguns meses.

― Do que gosta de fazer? ― pergunto para não deixar aquele clima estanho no ar.

― Eu não tenho muito tempo para fazer algo, mas diria que lutar. ― isso explica o seu corpo exageradamente forte.

Não digo nada, apenas continuo andando, e quando me dou conta, já estou na porta de casa.

― Uau, nossa conversa foi bem rápida. ― ele diz quando percebe onde estamos.

― Sim.

― Vou conversar com o seu pai e depois terei que voltar para minha casa. ― ele diz abrindo a porta para mim. ― Para resolvermos que dia será a data do nosso casamento.

Meu corpo fica rígido, e só de ouvir essas palavras me dá arrepio, mas não em um bom sentido.

― Tudo bem, vou deixa-los a sós. Boa tarde, senh... Kj. ― sorrio e entro dentro de casa.

Rapidamente subo as escadas e corro para meu quarto, onde me tranco. Sério, eu odeio tudo isso, odeio não ter liberdade para minhas próprias escolhas, odeio ter que depender de meu pai.

Resolvo fazer algo para me distrair, e então, olho para minha cama, onde a cesta e a carta de Cole estavam. Então, tenho uma idéia.

Pego um papel e uma caneta, me sento na minha mesa e começo a escrever.

"Sr. Sprouse, agradeço pelos biscoitos. Mas peço para que seja a última vez que me dê um presente, por favor. Você precisa vender eles, não pode simplesmente me dá todos! Seu teimoso.

Espero que tenha um bom dia também, e que suas irmãs também tenham. Até mais ver.

De Lili, mas para você: senhorita Lili."


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esse bagui dos bilhetes foi do nada msm, e agora vai ser algo #deles

Sr. SprouseUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum