— Estamos mesmo no lugar correto? – Halina olhou para as paredes.
— As bússolas apontam que estamos no ponto mais baixo do Vale. Portanto, acredito que sim. – Skadi verificou seus instrumentos.
— Mas não se parece em nada com o que Kelaya nos disse. – Eleina argumentou.
— Bem, nenhum dos nossos desafios até agora foi muito previsível. Quem sabe este possa ser um pouco mais razoável. – Zaire falou, empenhando-se em ser otimista.
— Pode ser uma ilusão. Uma armadilha para os nossos sentidos. – Malya afirmou, fazendo todos olharem para ela.— Você parece entender bastante das sombras, celosiana. Provavelmente, está certa. – a princesa provocou, seu irmão lhe lançou um olhar de desaprovação.
— De todo modo, acredito não ser sábio que todos entremos. Eleina, Aryeh e Keisha devem ficar aqui. Enquanto os outros entram no Labirinto. – Arden recomendou. – Eles ficam com os outros dois fragmentos em segurança.
— Por que você vai entrar no labirinto? Não é um Lectus. – Aryeh não gostava de ficar fora da glória.
— Vou proteger minha irmã. – devolveu irritado.
— Também tenho um irmão, Arden. Contudo, acho que nós devemos ficar aqui. Os Lectus saberão conduzir o próprio caminho. – Eleina foi gentil e pacificadora.
O príncipe queria discordar, mas antes que pudesse sua irmã tocou sua mão, pedindo paciência.
— Está bem. – deu-se por vencido.
Os Lectus desceram de seus animais, arrumando o que levariam nas sacolas. O Labirinto era convidativo, sentiam pouco medo de prosseguir. Apenas um frio na barriga agitava o corpo deles.
— Malya, proteja Halina. Eu imploro. – Arden sussurou para a celosiana antes deles partirem, a mulher assentiu em resposta.
Andaram juntos até a entrada, inicialmente havia um só caminho para esquerda. Mas depois, uma bifurcação se abriu. O Labirinto era tão belo internamente quanto a parte externa, podiam escutar até pássaros cantando. Questionavam-se onde o fragmento estaria, no meio do labirinto, na chegada ou em uma das infinitas paredes...
— Para aonde iremos agora? – Kale falou.
O palladiano tirou a lança da sacola e passou a usá-la como um cajado.
— Deveríamos nos separar, cobrir uma área maior... – Halina começou.
— Tolice, se separar só pode nos causar problemas. – Zaire discordou.
— A princesa tem razão, não sabemos onde está o fragmento. Quanto mais rotas distintas traçarmos, maiores as chances... – Skadi lia sua bússola.
— Maiores as chances de morrermos. – Zaire interrompeu. – O fragmento vai nos encontrar...
— Covarde! – exclamou a princesa com desdém, lançando seu familiar para cima, a fim de que o animal encontrasse alguma informação.
— Antes covarde que estúpido, princesa. – devolveu ríspido.
— Pessoal, não vamos brigar. – Kale tentou pacificar a discussão.
— Calados. – Malya exigiu, tocando no solo. Trouxera o cajado.
— Ora, sua atrevida. Quem pensas que és para falar assim comigo? Não temo tua magia negra. – Halina disparou.
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Contos de Lucem - Ressurgir Sombrio
FantasyA queda de uma estrela em um continente infértil dá origem a cinco reinos abundantes de vida. Contudo, o impacto do astro abre uma passagem para um sexto reino demoníaco chamado Tenebris. Uma Era de miséria e maldições assolou os reinos da superfíci...
VINTE E UM | LABIRINTO ENTREMONTES
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