― Lili? ― Madelaine!

― Oi! ― me viro, ela estava ao lado de Johan, que também trabalhava aqui. Ele tinha 18 anos de idade, e trabalhava mais na área dos cavalos. ― Para aonde vocês estão indo?

― Vila, Margarida me pediu para comprar algumas coisas.

― Vou também. ― digo me preparando para subir na carruagem.

― Acho que seu pai não irá gostar muito...

― Por favor, Madelaine. ― ela apenas assente e indica para eu subir na carruagem.

Ela estica minha mão, então subo e fico atrás deles, que estavam na frente. Na carroça havia vários cestos, o que me deixou um pouco apertada, mas não me importei. Eu só queria ficar longe de meu pai, respirar um pouco de ar, pensar mais sobre a minha vida.

•     •     •

Em alguns minutos haviamos chegado na vila, Johan resolveu ficar por lar enquanto eu e Madelaine íamos comprar o que Margarida havia pedido a ela.

― Isso é realmente muito chato, por que você não vai da uma volta? ― Madelaine diz olhando para as verduras. ― Vou demorar acho que mais ou menos uma hora, até duas. Então aqui a uma hora você vem para cá, se eu não estiver fique por perto, por favor. ― diz como se fosse minha mãe. Rio.

― Quero ficar aqui. ― mentira, eu não queria ficar aqui.

Ela me olha como se pudesse ler meus pensamentos, ela sabia que eu estava mentindo.

― Ok, estarei aqui na hora marcada. ― a abraço.

― Ok, ok, mas não se esqueça do combinado, ok? Seu pai já irá arrancar meu coro quando eu voltar para a fazenda, se a gente demorar muito então... ― diz em um tom de medo.

Eu me senti culpada, mas me lembrei do que havia acontecido.

― Não se preocupe, ele estará ocupado demais arrancando o meu para se lembrar do seu. ― ela me olha com os olhos arregalados.

― Lili... o que aconteceu? Eu ouvi grit... ― a interrompo.

― Não quero falar sobre isso, eu vou passear e estarei aqui como o combinado. ― me viro sem esperar por uma resposta, mas sabia que ela me encarava.

Madelaine já estava acostumada a me ver sofrendo nas mãos de meu pai, ela sempre tentava me proteger, como Chloe sempre fez antes de se casar, como eu quero fazer com Tess. Mas ele nunca pegou no pé dela, ou no de Chloe, sempre pegou mais no meu pé, eu nunca entendi o porquê, já que depois de Chloe, eu sou a que mais faço de todo para honrar o nome da família e passar uma boa impressão para ela.

Enquanto eu andava, as pessoas estavam me olhando de uma forma estranha, da mesma forma que alguns me olhavam quando eu estava dançando com o senhor Sprouse na noite de ontem. Mas eu não me importei, eu até que gostei de dançar com ele, ele talvez não seja tão irritante.

Continho passeando, olhando os vestidos, cumprimentado todos, cheirando as flores de quem vendia.

― Uma flor para uma linda flor. ― uma voz feminina me chama a atenção. Me viro e vejo uma senhora.

Ela aparentava ter mais de 50 anos, e seu rosto não me era estranho...

Me lembrei! Ela foi a mesma que me vendeu flores ontem, as que o senhor Sprouse derrubou no chão. Ela estava com uma rosa, porém era branca.

― Obrigada minha senhora, mas terei que recusar. ― seu gesto era lindo, mas mesmo sendo apenas uma flor faria diferença.

― Por favor, eu vi as da senhorita caindo no chão ontem. E você é muito educada, me encantou. ― diz de uma forma doce.

Eu não podia recusar diante seu olhar, era um que me esquentava o coração. Como dizer não?

― Obrigada então, prometo lhe pagar quando estiver com dinheiro. ― digo aceitando a flor.

― É um presente. ― sorri para mim, estava prestes a começar uma conversa mas algumas pessoas se aproximaram da barraca. ― Eu tenho que ir.

― Tudo bem, e novamente obrigada. ― lhe dou um sorriso e me viro, com a minha flor na mão.

Ela era linda, hipnotizante. Com certeza eu a colocaria em um vaso quando estivesse em casa.

Continuei andando, obersvando e cumprimentando todos aqueles que eu conhecia, quando passei por um restaurante meu estômago roncou. Eu não estava com dinheiro e estava com vergonha de pedir a Madelaine, ela também não poderia me emprestar pois estava ali a pedido de Margarida. Um dia minha mãe me disse que mesmo em casa, eu devia andar sempre com algumas moedas, por que não segui o seu conselho?

Quando me viro em uma esquina, para tentar fugir de toda aquela comida, avisto alguém que eu não tinha interesse em conversar, ou até mesmo em olhar, Senhor Lenox, ele não havia me visto, porém quando me virei para ir em outra rua e escapar de suas garras, sua voz me chama.

― Senhorita Lili! ― estávamos longe, mas eu ainda consegui ouvi-ló. Porém, que mal faz em fingir que não?

Eu apenas fingir ter deixado algo cair e me virei olhando para o chão, como se estivesse procurando por algo, quando entrei em uma rua eu tirei minha vista do chão e comecei a procurar por um lugar para me esconder.

Não poderia entrar em uma loja, em um restaurante, no antiquário, ou em um mercadinho, havia janelas enormes que não teria como me esconder, e seria um pouco óbvio, ele iria me procurar lá dentro. Sem contar que se eu entrar sem a intenção de comprar algo, vou ser julgada, muito, e irão falar de mim, serei outra vez motivo de vergonha para a minha família. Então minha solução apareceu, um beco.

Entrei nesse beco, algumas pessoas olhavam para mim se perguntando o porquê de eu estar ali, já que normalmente em becos pessoas de "classe alta/média" não entravam, eles eram nojentos. Havia várias roupas penduradas, crianças brincando, por mais que o beco não fosse tão grande, portas que davam na parte de trás de algum comércio, havia vários lixos e fedia muito.

Continuei andando e olhando para trás, antes de virar em um outro beco avisto o senhor Lenox, ele se vira e me vê, então começa a entrar no beco, com uma cara de nojo. Continuo andando e o ignorando, a essa altura ele já havia percebido que eu o ignorava, mas por que continuava me seguindo? Qual a razão? Então, de repente, eu esbarro em alguém.

Qual o meu problema com as pessoas? Por que eu sempre me esbarrava nelas?

― A senhorita está bem? ― pergunta uma voz doce, era uma menina loira, seus olhos eram um verde azulado, que me lembravam alguém.

Ela estava com um vestido simples e um avental, sujo de um pó branco, talvez farinha. Seu cabelo estava preso em um famoso "rabo de cavalo", ela segurava um recipiente.

― Senhorita? ― então me lembro que a encarava muito.

― Oh, desculpe-me. Sim, eu estou bem. ― olho para trás.

― Parece estar assustada, está fugindo de alguém? ― diz olhando para onde eu também olhava.

― Bom, sim...

― Me siga, eu lhe escondo. Meu irmão não vai se importar. ― pega em minha mão e me puxa.

Eu não digo nada, apenas aceito sua ajuda. Ela abre uma porta e me puxa para dentro.

― Você demorou, Trinity. ― uma voz um pouco conhecida me chama a atenção. ― Jogou aqueles ovos estragados? ― oh não, de novo não.

Então percebo onde eu estava, parecia ser uma cozinha, havia recepientes, farinha, fornos, entre várias outras coisas. Me viro para o dono dessa voz.

― Senhorita Lili...

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paro na melhor parte do cap pra enrolar msm, auhauahsj

mds amanhã tem riverdale, provavelmente vou sentir raiva do ep mas ao mesmo tempo amar ele

Sr. SprouseWhere stories live. Discover now