— Emrys. — chamou Potter — Eu posso falar um pouco com você?

— Tudo bem, Scar, pode ir eu não estou com muita fome. — Edwards assentiu, se dirigindo até a sua mesa.

Os dois saíram do castelo ainda em silêncio; James queria conversar com calma e o melhor era ser num lugar sossegado.

— Ontem, você me disse uma coisa. — começou o maroto cuidadosamente.

— Ontem estava bebeda, provavelmente era apenas o efeito do álcool. — a sonserina sentou na sombra da árvore, seguida pelo grifinorio.

— Não, você parecia certa de cada palavra que dizia.

— Nem tudo o que parece, realmente é a verdade.

— Você disse que estava desiludida com alguém. — agora, ele tinha conseguido a atenção da garota — Disse que, quando somos pequenos temos os dois lados da moeda e que as vezes acabavamos desiludidos, pelos nossos pais.

— Até com álcool eu penso lógicamente, Potter, criança são mimadas pelos pais o tempo inteiro, mesmo sem o perceberem, por isso quando recebem um não ficam bravas. Você é um bom exemplo, todos os dias Lily, diz não é você continua atrás dela, sendo rejeitado a seis anos seguidos. Porém, existem excepções, com motivos diferentes como os irmãos Black que também se desiludem com a família, todos os dias.

Emrys, sempre pensava e usava a lógica para fugir as respostas verdadeiras, era como um mecanismo de defesa dela que não estava funcionando com James.

— E qual o seu caso, a sua mãe disse que não a um capricho seu ou é perturbada que nem a de Sirius?

— A minha mãe? 

— É com ela que esta desiludida, pelo menos foi o que disse ontem; não me pareceu certo perguntar com você naquele estado. — a platinada suspirou fechando os olhos.

— Não sei o que lhe disse Potter, no entanto, era apenas efeito do álcool. A minha mãe morreu depois eu nascer, não posso ficar desiludida com alguém que não conheci.

— Então, ficou desiludida porque nunca a conheceu, porque ela morreu antes de você ter essa oportunidade.

— Não. Atualmente, acho que também teria recusado conhecê-la. — uma resposta simples e carregada de um sentimento que a garota odiava sentir.

— Porquê? — o maroto a olhava curioso.

— Muitas razões, não existe uma resposta lógica ou verdadeira que eu consiga lhe dar.

— E se tentasse pela primeira vez, me dar uma resposta com sentimento?

— Também não posso, a minha mãe é lógica até o último fio de cabelo; nada nela tinha sentimento. — desabafou por fim, aquela era a definição que ela tinha da mãe.

Uma deusa que apenas usava a lógica e inteligência, para substituir qualquer vestígio de sentimento nela, porque isso a tornaria fraca.

— Não sou o Remus, nem o Regulus mas  pode confiar em mim, nem que seja apenas um pouquinho. — Emrys o olhou antes de voltar a fechar os olhos.

— Nunca falei da minha mãe com Remus e Regulus sempre ouviu todas as queixas sobre ela, contudo, está longe de saber a verdade dela. É importante que a sua identidade continue secreta, sempre.

— Juro solenemente não falar a sua identidade a ninguém. — Potter colocou a mão na testa e a garota riu, encanrando o que esta prestes a fazer.

Saturno, a deusa romana da destruição, do caos, a mensageria da morte e do inferno e claro a minha mãe.

— Ela não estava morta? — a confusão estava apenas começando.

𝐋𝐎𝐒𝐓 𝐂𝐀𝐌𝐄𝐋𝐎𝐓 𝐆𝐈𝐑𝐋 | 𝐉. 𝐏𝐎𝐓𝐓𝐄𝐑Onde histórias criam vida. Descubra agora