Capítulo 1 - Navio à vista!

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- XIS! - gritou meu pai animadamente com uma câmera em suas mãos.

- Vou guardar essa foto no meu espelho! A última foto sua antes de você partir

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- Vou guardar essa foto no meu espelho! A última foto sua antes de você partir. - disse meu pai com a foto em suas mãos.

Sorri para meu adorado pai e voltei à apreciar o mar.

Enquanto se distanciava, caminhando de volta para sua cabine meu pai gritou:

- Vou guardar essa foto para comparar com você, quando você voltar!

Meu pai voltou para sua cabine e eu continuei na proa do barco do meu pai, eu estava plantada naquele ponto desde que o colossal Navio Esperança apareceu em nosso horizonte, no meio do Oceano Pacífico. 

Segundo meu pai, o Navio Esperança é um Navio de Cruzeiro construído antes da Grande Guerra Nuclear, nos tempos pré-guerra. Um navio cruzeiro praticamente blindado, fruto do medo pré-guerra. Uma alternativa inteligente para atrair viajantes, até mesmo alguns daqueles que estavam com medo de viajar naquele clima de guerra. Foi construído através de uma parceria entre uma construtora de navios e a maior empresa de tecnologia do mundo, tendo como meta adaptar o Navio para possíveis ataques próximos. O navio não possui janelas por segurança, seu interior possui cortinas digitais por onde os passageiros podem ver o exterior que é transmitido por câmeras e inclusive mudar de vista externa ao vivo. Meu pai disse que isso chamou a atenção dele quando viu o comercial do Navio. Resumindo o navio é como um bloco fechado de trinta andares, um dos maiores do mundo. Não sei quais outras tecnologias esse navio possui, mas sei que estou prestes a descobrir!  

Eu quero entrar no navio, porque lá reside a ultima civilização humana de que temos notícia. Fizemos contato com essa civilização por rádio faz mais de dois meses. De lá para cá tem sido uma euforia em minha vida! Um mistura de medo, ansiedade, excitação e muita preocupação. 

Enquanto nos aproximamos do navio, aproveito para me preparar para a viagem de arpão que vou ter de fazer até a única entrada do navio. Segundo os tripulantes, só há uma entrada para o navio e essa entrada fica no terceiro andar, uma entrada criada pelos tripulantes.

As ondas do mar que batiam no casco do navio que me trouxeram lembranças de um momento com meu pai, de quando eu ainda era muito pequena e ele me acalmava em minha primeira tempestade:

- Essas ondas de radio fazem as lulas circularem nosso navio, elas nos protegem! - dizia meu pai - As lulas ficam atraídas pelo som, ficam hipnotizadas, elas nos protegem contra os impactos no gelo, é neste momento que o barco balança filha, mesmo se machucando, elas continua em volta do barco, é como se elas dançassem com o barco.

-Não tem outro ritmo que as machuque menos? - perguntei

- Sim tem, mas elas ficam muito calmas neste ritmo, acabam se distanciando, assim protegendo menos o barco. Temos que ficar firmes filha, igual às lulas.

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