7. No meu rosto bonito, não.

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— Então o ex espírito da montanha veio mesmo até mim. — O gumiho não quis saber quem era a alma que havia tomado posse daquele corpo, só queria acabar com aquilo o mais rápido possível.

— Fico contente que já me conheça, assim pulamos as apresentações.

O homem agiu primeiro, partiu para cima de Yeon com movimentos mais rápidos que os de um humano comum, tentou atingi-lo com um soco. Yeon desviou movendo-se rápido para trás do homem, assoprou o cabelo do rosto e disse:

— No meu rosto bonito não, ok?

Os dois partiram ao encontro um do outro novamente, a olho nu, era quase impossível saber quem estava ganhando. Yeon sabia que por mais que o homem fosse rápido e forte, tinha limitações dentro daquele corpo, ele só precisava de uma boa oportunidade.

Yeon resolveu ser mais esperto, tentava fugir ao máximo do homem ao seu encalço, sabia que quanto mais cansado ele ficasse, mais lento seria para ele desviar dos golpes; depois de um tempo, o parasita percebeu a intenção de Yeon e começou a arremessar as coisas nele. Ele foi atingido pelos mais diversos objetos, isso estava sendo mais difícil do que pensava, estava na hora de acabar de vez e ir para casa.

O homem jogou um caixote em cima de Yeon, que conseguiu pega-lo e o arremessar de volta o atingindo em cheio. O gumiho aproveitou a oportunidade e tenteou golpeá-lo corpo a corpo novamente, acertou o homem mais uma vez, jogando-o de encontro a um container, Yeon sentia que estava perto daquela luta acabar. Pegou o homem e o arremessou longe novamente, era nítido o quanto estava exausto.

— Você não pode me mandar para lá de novo. — o homem se arrastava no chão, tentando escapar das garras da raposa.

Yeon também estava cansando, colecionava alguns pequenos cortes nos braços e nas costas, mas nada que o impedisse de se movimentar.

— Hummm, infelizmente não vou poder atender o seu pedido.

O homem começava a entender que não teria escapatória para ele, mas lutaria com o resto de forças que tinha. Pegou uma barra de ferro grossa e bem pesada, e atingiu Yeon com o máximo de força possível, assim que a raposa caiu no chão, o homem partiu para cima dele para mais uma investida.

Uma oportunidade, era só o que Yeon precisava, com o golpe do parasita Yeon não conseguia mexer o braço direito, provavelmente seu ombro tinha no mínimo, deslocado. Agora ele teria que golpear o homem que vinha para cima dele com a mão esquerda. Pegou o punhal que estava preso em uma bainha na cintura e assim que o homem levantou os dois braços para golpeá-lo mais uma vez, ele o atingiu em cheio no peito pelo punhal.

Yeon viu o homem ficando estático e perdendo a vida que tinha, tirou o saquinho que Taluipa o havia dado e assim que o homem deu o último suspiro, uma espécie de névoa num tom arroxeado saiu de dentro da boca do homem, e Yeon a armazenou dentro do saco.

O gumiho se jogou no chão recuperando o fôlego, preocupado por ter quebrado a promessa com filha de não se machucar.

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— Mi-rae, o que foi? Por que você está assim? — disse Soo-oh se abaixando perto da garotinha. Ela estava abaixada num canto com as mãos pequeninas no ouvido.

— Eu disse para o papai que não ia chorar.

— E ficar assim ajuda?

A garotinha balançou a cabeça, afirmando. Soo-oh foi chamar Shin-joo, ao vê-la, lembrou que Yeon uma vez havia comentado com ele a mania que tanto Ji-ah como Ah-eum tinham para prender o choro. Mas por que a garota estava assim agora?

I'll be there: uma segunda chanceWhere stories live. Discover now