Ele tem razão, homens e mulheres, principalmente mulheres tinham que passar boa impressão para a sociedade, pra assim não serem julgadas. Eu era uma dessas mulheres, sempre tentava ao máximo causar boa impressão, para todos.

― Mesmo assim. Porém, obrigada. ― ele me gira.

― De nada mesmo depois da crítica nada boa e verdeira que você fez de mim, mas quem era aquele? ― me aproxima de si.

― Era verdadeira, e respondendo sua pergunta, Sr. Lanox, ele foi um de meus pretendentes.

― Oh, a senhorita está atrás de pretendentes?

Reviro meus olhos enquanto continuamos a dançar pelo salão. Ele me apertava mais ainda contra si, e eu não me incomodava, era como se eu gostasse. A música era suave, a dança uma mistura lenta com agitação, era tipo valsa, fiquei me perguntando onde o senhor Sprouse havia aprendido a dançar daquela forma. Será que ele ensaiava com alguém? Ou frequentava muitos bailes?

― Por que o senhor foi atrás de mim? ― pergunto curiosa, quebrando aquele silêncio que estava instalado ali.

― Oh, quase me esqueci! ― ele pega algo em seu bolso. ― Obrigado pelo presente, mesmo depois de ter me criticado. Mas não é do meu tamanho e apenas uma não serve. ― me entrega algo, quando olho direito vejo que é minha luva.

Eu nem havia sentido a falta de uma.

― Obrigada, eu não percebi. ― digo ainda dançando, depois a colocaria.

Ele me gira, como qualquer homem fez com sua companheira de dança naquele momento, só que ele me apertou um pouco mais contra si.

― Mas você não respondeu minha pergunta, anda atrás de pretendentes? ― diz parecendo apenas curioso.

― Sim, não que seja da sua conta. ― ele me aperta mas um pouco, não reclamo. ― Por favor, não me diga que quer se candidatar pelo dote e a empr...

― Perguntei apenas para continuarmos essa conversa, realmente não me importo com isso, e muito menos estou atrás de uma esposa. ― a música acaba, então nos afastamos.

Observo o salão, e em um certo ponto, meu pai me olhava atentamente. Seu olhar parecia estar me julgando, engoli o seco.

― Obrigado pela dança, Senhorita Lili. ― ele beija minha mão, a que estava sem a luva.

Sinto um arrepio, ele se afasta e sai andando pelo salão. Algumas pessoas o julgavam, claramente por ele ser uma pessoa de classe baixa, que mesmo sendo "de classe baixa" faz o pão que eles comem. Os bolos, biscoitos entre outras coisas deliciosas. Mas quem disse que alguém aqui se importa?

•    •    •

Quando chegamos em casa, Madelaine estava na sala esperando para me ajudar com a roupa. Eu estava morta de cansaço, mas quando eu estava prestes a subir as escadas, meu pai me chama, minha mãe o olhou com cara de poucos amigos, como se soubesse o que ele queria conversar comigo e não apoiava, tudo ali ficou de repente estranho.

Peço para Madelaine ir na frente e o sigo até seu escritório, eu estava com medo pois ele não falava nada, mas parecia estar chateado com algo, ou irritado, não sei bem descrever a expressão em seu rosto. Me sentei na sua frente, enquanto ele se acomodava em sua cadeira do outro lado da mesa.

― Quem era aquele que estava dançando com você? ― pergunta servindo um pouco de vinho para si.

― Quem exatamente, pai? ― eu havia dançado com vários homens naquela noite.

― O primeiro. ― oh sim!

― O senhor Sprouse? Ele apenas me ajudou a me livrar de uma pessoa... desagradável. ― espero que ele não pergunte quem era.

― Senhor Sprouse? O padeiro? ― pergunta julgando.

Engulo o seco.

― Sim. ― sussurro.

Eu não me importava com sua profissão, mas meu pai...

― Não volte a dançar com ele, quase nos matou de vergonha. O senhor Mendes não devia aceitar tais pessoas em seus bailes. ― falou da forma vai preconceituosa do mundo. Eu odiava sua forma de ver o mundo, como se todos tivessem que ser perfeitos, ou ricos.

― Ele merecia estar naquele baile! O senhor Mendes o aceitou lá por que ele é uma pessoa menos preconceituosa que o senhor, papai. ― ele me olhou com uma cara nada boa. ― Se o senhor deixasse esse preconceito de lado veria que nem todos de classe média ou baixa são vermes como o senhor pensa. ― calei minha boca quando seu rosto parecia ainda mais irritado comigo.

Estremeci na minha cadeira, eu estava sentido medo diante de seu olhar.

― SAIA. Não permitirei que me desrespeite dessa maneira! Suma da minha frente antes que eu lhe dê uma lição! ― imediatamente me levantei e corri para meu quarto.

Ele já havia me batido em minha infância, apenas uma vez, mas mesmo assim foi horrível.

Ignorei todos e bati a porta com força, Madelaine estava no meu quarto e correu até mim. Então ela me abraçou, e eu me permiti desmoronar em seus braços. Ela sempre me escutava quando eu não tinha Chloe ao meu lado. Por que papai tinha quer ser tão duro? Com coisas simples como essa? Qual era o problema em me ver com um padeiro? Ele é tão gente como ele ou qualquer outra pessoa aqui.

Chorei por um bom tempo, até enfim parar e aceitar sua ajuda para me trocar, quando eu estava de pijama ela me deixou sozinha, e eu me perdi em meus pensamentos até cair em um sono profundo. E em um de meus sonhos, o senhor Sprouse estava no meio.

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daniel seu fdp, cê tá na minha mira

o engajamento está me desmotivando, vamos lá galera! :)

Sr. SprouseWhere stories live. Discover now