TREZE | A MURALHA

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     — Aí, está você! – Zaire chamou. – Demorou desta vez, sempre é a primeira a se levantar.

      — Os lençóis me prenderam na cama. – disse, descendo as escadas.

     Passaram pelo saguão principal, no qual uma pintura gigantesca da estrela Dália dava boas-vindas aos que chegavam. Na ilustração, o ser celestial estava usando um vestido branco, cravejado de pedras preciosos. Seus olhos de cristal refletiam a esmeralda que a criatura olhava, lembrando como os smaragdinos se achavam os filhos favoritos. A celosiana sentiu uma comoção estranha ao analisar a imagem, assumiu que era ansiedade.

     Na parede oposta, havia retratados pintados do grupo vitorioso na primeira Guerra Sombria, os quais as identidades eram desconhecidas. Também existia uma pintura tímida do Reino Féerico, baseando-se nas canções dos trovadores. Um dragão tímido figurava perto do castelo dos elfos, com olhos fulgazes.

     Skadi e Kale estavam no pátio, selando seus familiares para retornar para a viagem. Arden também fazia preparativos, sua noiva ao seu lado taciturna como o usual, os braços cheios de pulseiras. Um servo do castelo recebeu a celosiana, entregando-lhe uma refeição e uma sacola que o Mago deixara na noite anterior.

     — Mago Idrovras Thaqirax disse que eram alguns suplementos mágicos. – disse a jovem cozinheira depois de lhe dar o objeto.

     Malya agradeceu e procurou seu cavalo, o mesmo que tinha a acompanhado durante toda a viagem. Não sabia seu nome, mas se apegara ao bicho de pêlo rajado.

     — Ele se chama Limus. – Arden disse, ao ver celosiana acarinhado o equino.

     A morena não falou nada em resposta, sequer olhou para ele. Mal acreditava na audácia dele agir tão normalmente, em especial com a noiva tão perto. Halina surgiu no portal do palácio junto de seu pai, a quem interceptou depois de se recuperar da tontura.

    O número de participantes da expedição foi reduzido, dos soldados só Esteban continuaria com o grupo. Keisha já estava perto deles, ainda usava seu vestido vermelho e armadura de couro cozido. A família de Zaire também se encontrava no pátio, faziam uma oração de mãos dadas com o rapaz.

    Esteban abraçava sua filha pequena nos braços, fazendo caras abobalhadas para o bebê. A esposa dele parecia levemente preocupada, mas continha a angústia vendo o marido segurar a criança. Os dois tinha tentado ter filhos por muito tempo, até a pequena chegar de surpresa, quando eles praticamente já haviam desistido. O soldado prometera que aquela seria sua última missão, antes de se aposentar e viver serenamente a vida de um homem comum.

      — É chegada a hora de retornarem para a estrada. – o rei Fergus começou, a pequena Nesrin segurou a mão do pai. – Tragam a vitória de Lucem.

      Nesrin correu para Arden e lhe deu um abraço apertado, Kelaya depositou um beijo nos lábios do príncipe e se afastou, fazendo suas pulseiras tremularem. Todos se arrumaram para partir e começaram a debandar

      — São quatro dias de viagem, uma única parada durante o dia e outra durante a noite. Sem exceções. Paradas curtas e cuidadosas, sempre andem grupos. – o príncipe repassou o combinado na noite anterior.

      A partir dali caminhariam em direção ao frio, pelo menos enquanto permanecessem dentro de Smaragdine ficariam seguros. Depois de ultrapassar a fronteira ao norte, estariam no território ivoriano, no qual não sabiam exatamente como seriam atendidos. Apesar do acordo selado entre os reinos, as últimas intempéries deixava tudo imprevisível.

Contos de Lucem - Ressurgir SombrioOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz