5. Eu sei do que estou falando

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"Ela está bem motivada, pelo visto. ", Rang pensou. Ele deveria arrumar outros métodos além de conversa furada para que a humana adiasse seus planos de término.

— Bom dia pessoal, hoje vou mostrar um caso, vocês terão que debater para saber qual a seria a alegação para acusar o réu. — disse o professor ao iniciar a aula. O mestre era um senhor de idade que esbanjava carisma, ele facilmente atraia a atenção por onde passava. Os alunos ao ouvir os ditos do rapaz de fios grisalhos, cessaram as conversas paralelas e atentaram-se àquele que estava à frente. Rang tentava a todo custo não relaxar completamente na cadeira, não era a postura que Jihoon teria em sala de aula.

— O caso que vocês estão vendo na tela é de um homem desaparecido, no qual foi encontrado apenas uma mão. Como evidências nós temos 2 pares de pegadas no chão e a arma do crime, uma faca com cerca de 17 cm, com as digitais de um jovem de 20 anos, sendo o maior suspeito do crime. A perícia afirmou que a mão pertence a um homem adulto, com cerca de 90 kg. Podem começar as investigações.

Rang riu, a cena era completamente óbvia, será que só ele via aquilo? Olhou para Yu-na e ela estava presa em suas anotações, fazia diagrama com as informações dadas pelo professor. Ele não precisava de nada daquilo, ia seguir a sua intuição, já tinha visto muitos casos semelhantes a esse.

— Professor, pode nos dar mais dados sobre o local? A mão foi encontrada onde? — um aluno perguntou.

— Pergunta importante, a mão foi encontrada na beira de um lago. Foi feito uma busca e a polícia não encontrou nenhum vestígio do corpo.

— O suspeito foi encontrado perto da cena do crime? — Yu-na perguntou.

— Outra questão fundamental, o suspeito foi encontrado numa vila a dois quilômetros do local.

— Alguma testemunha? — o aluno da primeira pergunta tornou a falar.

— Sim, um senhor viu o suspeito correndo próximo a cena do crime.

Rang já havia montado o seu quebra cabeça, no entanto, precisava confirmar apenas algumas coisas, assim ele levantou a mão.

— Qual foi o horário do "encontro"? E no resultado da perícia diz que o pedaço do corpo teria sido cortado há quantas horas?

O professou deu um pequeno sorriso, estava orgulhoso dos questionamentos feitos por ele.

— A testemunha viu o acusado correndo nas redondezas do lago próximo das dez da noite. A polícia chegou no local no dia seguinte as 8 da manhã, fazendo a perícia constatou que a mão havia sido cortada a pelo menos dez horas.

— Tinha alguma câmera no local? — Yu-na tornou a perguntar. Seu caderno era uma tempestade de ideias e rabiscos.

— Sim, próximo a e entrada do lago. Nas imagens vimos um carro entrando por volta das nove da noite, e o suspeito entrando meia hora depois. Cerca de dez minutos depois vemos o suspeito voltar correndo, mas o carro da vítima não saiu.

Após a pergunta de Yu-na, não houveram mais perguntas, os alunos apenas faziam anotações e alguns debatiam uns com os outros.

— Vamos começar com as acusações. Quem quer ser o primeiro? — o rapaz que fez a primeira pergunta levantou a mão.

— De acordo com as evidências professor, o acusado tem grandes chances de ser o culpado do crime, como ele cortou a mão da vítima, há fortes indícios de que ele tenha cortado o resto do corpo e jogado no lago.

O professor assentiu, o jovem ficou cheio de si, achando que o seu pensamento era o mais correto. Rang deu um pequeno sorriso de canto e tornou a levantar a mão.

I'll be there: uma segunda chanceWhere stories live. Discover now