Samuel termina a carta, a dobra em dois, e coloca dentro de um envelope, pega um pedaço de cera e derretendo na vela, ele sela a carta com seu carimbo.

Terminado tudo, entrega a carta a seu tio que fica de levar ela para o posto do quartel. Samuel foi até o jardim e encontra Alan.

— Bons dias! - Falou gentil, mas percebeu que ele estava frio com ele. - O que houve? Porque não me responde de volta?

— Não quero ter problema com o vosso noivo e não quero que venha com palavras gentis para cima de mim. - Falou bem rude.

— Não terá problema com meu noivo, e não se preocupe, não é merecedor de palavras gentis. - Devolveu da mesma forma.

— Não foi o que me pareceu ontem! - Provocou.

— Ontem eu fui gentil, porque se mostrou diferente, se mostrou um rapaz gentil e digno, merecedor de minha cortesia, diferente do estúpido que se mostra a minha frente.

— Olha como fala comigo! Não admito que um homem que se dá aos desfrutes com outro homem venha me xingar.

— Olha! Vosmecê é bonito, mas saiba que isso não significa que quero algo contigo ou que estou com algum interesse, e seu ciúmes é totalmente ridículo, a última coisa que preciso, é um palerma ciumento. E outra coisa, não vou admitir que um jardineiro grosseiro me julgue dessa forma, amo o meu noivo, confiei meu coração e meu corpo a ele, e não me arrependo, porque sei que me entreguei ao homem certo. Faça o seguinte, cuide do seu trabalho e pare de se intrometer em minha vida, imbecil! Perdeu em mim um amigo. - Samuel falou chateado, e suas palavras machucaram Alan.

Elias chega ao posto e entrega a carta de Samuel, e sai com sensação de dever cumprido. Vários soldados estavam fazendo suas tarefas, e no canto, estava um rapaz forte, robusto, com uma barba bem-feita e com uma expressão grossa. O encarregado chegou perto, e lhe entregou a carta.

— O que é isso?

— Deixaram para vosmecê. Um senhor que parece importante. - Mesmo estranhando pegou a carta, e viu que o remetente havia seu nome.

— Eu não tenho pais, irmãos, família nem ninguém. Quem mandou essa carta para mim?






FREGUESIA BRASILIENSE

Após a ida de Samuel, sua mãe ficou bem triste, já seu pai ficou satisfeito que seu filho já não estava mais, mas mesmo assim ficava com ódio por ser motivo de chacota de alguns clientes. No mercado, estava carregando algumas caixas. O sino tocou e ele sabia que cliente havia chegado, era Dona Filomena.

— Bons dias. Meu caro Sérgio, sinto muitíssimo pelo que houve, acredito que deve ser frustrante saber que seu filho se dá aos desfrutes com outros homens.

— A senhora vai comprar algo, ou veio fazer intriga com sua língua venenosa?

— O filho vai embora com o rabinho entre as pernas, e deixa o pai que parece que perdeu o respeito pelos clientes.

— E a senhora perdeu a noção. Se não for comprar nada, sugiro que vá embora antes que eu amarre a língua da senhora e use para lhe enforcar.

— Credo! Não precisa se estressar tanto, não fui eu que me deitei com outro homem.

— SAI DAQUI!!!! - Nervoso, seu Sérgio derrubou algumas mercadorias e fez com que Dona Filomena saísse correndo. - EU TE ODEIO SAMUEL, IRÁ ME PAGAR POR TODA ESSA HUMILHAÇÃO!!!!!!

VIRTUOSA

Samuel entrou e resolveu conhecer outros cômodos da casa e adentra o escritório de seu tio. Ele começa a olhar algumas fotos, na estante, eram fotos de seu tio, com sua falecida esposa Marta. Uma mulher linda, ruiva, pele branca altiva e lindos olhos azuis.

— Ela era linda! - Samuel sussurrou.

— Era sim. E muito especial, era encantadora, altiva e eu a amei muito. - Seu tio fala, chegando no escritório.

— Imagino, seu sorriso ao falar dela denuncia o enorme amor que tinha para com ela. Vosmecês não quiseram ter filhos?

— Muito. Pensamos em construir uma família, mas infelizmente a vida não me deu chance, ela acabou falecendo antes que pudéssemos realizar, mas fico feliz da vida que tivemos antes de tudo. - Samuel sorriu com seu tio. - Acabo de voltar do posto do quartel, deixei sua carta, pode me contar o que escreveu?

— Eu... eu... contei o que houve, falei sobre como.... Como estava sentindo falta dele, que o amava e que gostaria que... Ele estivesse aqui - Falava contendo o nervosismo.

— Entendi. Tenho certeza que ele irá se sentir tocado ao ler sua carta.

No quartel, o rapaz termina de ler a carta, e começa a rir.

— Finalmente essa droga de vida resolveu me ajudar, casarão luxuoso é? Se meu noivinho deseja, vou voltar para o meu homem, que já se entregou para mim. - Debochou com um sorriso sórdido, e saiu foi atrás de seu superior. - Comandante preciso falar com o senhor!

— Diga rápido. Estou atarefado.

— Eu quero minha dispensa, preciso voltar!

— Voltar para onde? Que eu saiba vosmecê nunca teve uma família.

— Sim é verdade, mas eu... eu... - Procurava as palavras certas.

— Vosmecê o quê?

— Eu tenho um noivo Coronel, um noivo que precisa de mim, um noivo que desonrei e agora preciso cumprir meu papel.


Continua….


[••]

Mais um capítulo postado!!!

Votem, comentem, compartilhem e deem uma chance pra essa história.

Comentem o que estão achando do Samuel?

Ps: link do grupo de whatsapp no meu perfil

Espero vosmecês no próximo capítulo

Bjs na bunda💋💋💋

# Deve ser horrível dormir sem mim

[••]

CARTAS PARA MEU NOIVO ( Mpreg )Where stories live. Discover now