Darcy e Lyra parecem distraídas, pois nenhuma das duas vê Cordélia chegando e só notam quando levam um esbarrão da ruiva.

— Distraídas, Black's? — O tom de deboche soa, escapando dos lábios de Cordélia, que tem um sorriso maldoso estampado em seu rosto.

— Você não cansa, Potterzinha? — Darcy responde, sentindo seu sangue ferver. — Esbarra em mim de novo para eu poder te ensinar o verdadeiro significado do nome Black.

Darcy e Lyra Black eram irmãs, filhas do falecido Regulus Black. Enquanto Cordélia Potter, era irmã mais nova de James.

A rixa entre essas três se mantinha desde o primeiro ano em Hogwarts, devido à traição de Sirius Black, que levou à morte do irmão mais velho de Cordélia, isso era imperdoável para ela.

— Nem vale a pena, Darcy. — Lyra segura o braço de sua irmã. — É só a amargurada daPotter falando mais alto de novo.

— As traidoras me chamando de amargurada? Devo considerar isso um elogio?

— Ninguém da nossa família traiu você. — Lyra tenta soar calma.

— Diga isso para meu irmão. — É a última coisa que Cordélia fala, antes de dar as costas para as gêmeas e ir embora.

É só ela sair que Maximilio Lovegood surge no corredor, carregando seu caderno da aula de poções. Seus olhos se encontram com os olhos furiosos de Darcy e em seguida, com os exaustos de Lyra.

—  Por quê vocês estão com essa cara? — Pergunta, sem entender o clima pesado que se encontrava.

— Não foi nada, tá tudo bem! —  Lyra fala sem dar portância e Máxi apenas assente.

— Então vamos Lyra, você sabe que o Snape não permite atrasos.

As portas das salas se fecham, indicando que o horário de aula já se iniciou. Cordélia tinha transfiguração agora, com a Professora McGonagall, mas em vez de seguir em direção a sua classe, ela muda o caminho para a comunal da grifinoria.
Seu corpo está quente de raiva, após a pequena discussão com as irmãs Black, mas nada que ela já não esteja acostumada.

Assim que coloca os pés na comunal, seus olhos vão de encontra com Fred e George, filhos de Molly Weasley, uma das integrantes da Ordem. Eles estavam no seu segundo ano de Hogwarts e já haviam dado mais trabalho para Cordélia — monitora da Grifinória —, que muito dos membros da casa.

— O que vocês estão fazendo aqui? — Os gêmeos a encara assustados, provavelmente não esperando que alguém chegasse ali. — Eram para estarem na aula de vocês.

Antes que eles pensem em uma resposta convincente, os olhos de Cordélia desce até as mãos de George, que seguram um papel familiar para ela.

— Eu não acredito. — Diz incrédula.

Ela puxa o pergaminho, sem esperar uma reação dos dois, e sai correndo em direção ao seu dormitório. Em um movimento rápido ela empurra a porta e se joga na cama, puxa a varinha que estava guardada em sua capa e leva ela até o papel.

— Eu juro solenemente não fazer nada de bom. — Cita, observando aquele velho pergaminho ser coberto por um mapa.

Os Srs. Aluado, Rabicho, Almofadinha e Pontas, fornecedores de recursos para feiticeiros malfeitores, têm a honra de apresentar:
O MAPA DO MAROTO

Todos os detalhes do castelo começam a se tornar visíveis, junto com pequenos pontinhos que se movem acompanhado de pegadas, representando cada pessoa presente em Hogwarts.
Cordélia observa o máximo que pode, mas trava quando encontra o nome de um dos melhores amigos de James, até então dado como morto. Pedro Pettigrew.

O relógio trouxa em cima da cômoda das Weasleys indica que são 12 PM, também conhecido com o horário de almoço dos alunos durante as semanas. Já fazia algum tempo que Cordélia revirava os cômodos da comunal, atrás de Pedro Pettigrew, nome mencionado no mapa do maroto. Mas era sem sucesso.

Sua melhor escolha era compartilhar a nova descoberta com as irmãs Black, mesmo que ferisse seu orgulho, Sirius não podia ser o culpado do assassinato de Pedro, já que ele estava vivo.

Ela corre pelos corredores em direção ao salão principal, já cheio de alunos conversando e comendo. Não é muito difícil encontrar as gêmeas sentadas na mesa da Sonserina, Darcy parece rabiscar o Profeta Diário, enquanto Lyra se mantém lendo um de seus livros de Defesa Contra as Artes das Trevas.

— Finalmente encontrei vocês. — Cordélia diz afobada, respirando fundo depois de correr pelo castelo.

A respiração funda de Lyra soa alta, qualquer um que estivesse em volta, teria escutado. Ela afasta o livro do rosto, fechando ele e posicionando em cima da mesa, seus olhos castanhos se encontram com os de Cordélia, lhe lançando um semblante impaciente.

— Vai começar... — Ela fala, cruzando os braços.

— E vamos de receber a dose diária de egocentrismo de Cordélia Potter. — Darcy por sua vez debocha, sem desviar seus olhos do jornal todo desenhado.

— Eu preciso falar com vocês. — Cordélia diz, ignorando toda a ironia despejada pelas Blacks.

- E ao que devemos a honra, Potter? — Lyra pergunta.

— Acabei de ver Pedro Pettigrew no Mapa do Maroto.

Darcy que não prestava atenção, agora já encarava Cordélia com os olhos arregalados.

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⏰ Last updated: Mar 22, 2021 ⏰

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