Eu me fiz prisoneira do universo. Toda.
Da estrela mais brilhante até o astro mais distante, do Sol a Plutão. Eu sonhei com a viagem mais longa, mas a gravidade não me deixou viajar através dos astros. Me diz toda refém.
Talvez o problema não fosse a gravidade nem a distância, deve ter sido a exclusão de plutão pois o coração do sol não era gentil.
Mesmo que sendo mais quente ele acabou de tornando mais frio que Urano. Todo.
Todo o meu ser almejava aquele calor que fazia no sol mas que só tinha em Plutão, eu ainda tinha sonhos e me perdi neles.
Ainda queria ter a capacidade de dormir e sonhar com aquele cubículo chamado Plutão.
Talvez um dia eu pudesse por todos os anéis de Saturno nas mãos, me disseram que eles têm brilhantes por todo lugar. Mesmo as minhas mãos sendo pequenas demais.
Eu sei, sou toda boba. Mas queria poder um dia colecionar todas as luas em que há em Júpiter, montar e fazer todos os desejos que me vieste na mente.
Seria interessante me bronzear no calor de Marte e se pudesse talvez fazer parte do sistema que lhes faz a órbita.
Mas o zodíaco não quis assim e me prendeu em Virgem. Poderia um dia fazer aquela viagem de interestelar?
Eu ainda sonhava. Acho que não, eu não sei.
Também não sei quando iria parar de sonhar com água da Terra e atmosfera de Vênus, não estava sobre o meu controle.
Eu nunca teria a estabilidade do espaço.
A grande verdade era que o calor do Sol combinava com calor de Virgem, que mesmo frio me aquecia o peito. Todo meu peito.
O sol era minha casa, Virgem era meu lar. Eu não precisa ir para longe quando tinha todo o sistema solar a minha volta, e o signo do zodíaco mais belo no coração.
Estava tudo bem sonhar, desde tu que sonhasse comigo.
