Capítulo 4

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-ooOoo-

Jorge estava sentando em sua mesa olhando para o nada, ele tinha acabado com uma garrafa de vodca e já estava tomando outra, as coisas que Katrina disse estava martelando na sua mente. Será mesmo que ele estava se apaixonando por Evan? Ou será que a mulher era tão perigosa ao ponto de conseguir manipula-lo dessa maneira?

Ele pegou o cheque e ficou olhando para o valor enquanto varias coisas passavam por sua cabeça, ele não tinha ideia do que faria, mas uma coisa ele tinha certeza, Jorge tinha que ver como Evan estava.

– Machado! – ele gritou para um de seus capangas que veio correndo.

– Sim chefe.

– Arruma o meu carro, eu tenho que sair.

– Beleza.

Jorge precisava olhar nos olhos do Evan mais uma vez para ter certeza do seu amor.

***

EVAN.

Eu estava olhando pela janela do “meu quarto”, pensando em tudo o que estava me acontecendo. Pensando onde o Bruno estaria numa hora dessas. Aposto que ele estava em uma praia com o amigo/cúmplice/amante, mas nada me importa, eu só estava com ele porque não tinha onde morar, quando ele foi embora me fez um grande favor já que ele apenas ocupava espaço.

Olhei no relógio e vi que já era 13h00min da tarde e eu não tinha nada para fazer, então me lembrei de que tinha uma academia no andar de baixo, então coloquei um tênis e fui até lá.

Desci as escadas e ouvi umas vozes vindo do escritório, mas achei melhor ficar longe daquele lugar antes que sobrasse pra mim e eu ficaria preso no porão da casa mais uma vez e isso era meio que perturbador.

Fui até a academia e comecei a levantar uns pesos, mas nada que pudesse me deixar com dor mais tarde. Vi que os dois caras que estavam com o Alberto quando eu cheguei na casa, estavam me olhando de longe, mas nenhum deles vieram até mim e eu achei aquilo muito bom, não estou com muita paciência e eles dois me dariam uma surra.

Depois de passar um tempo eu resolvi sair e andar para conhecer a vizinhança.

Um bando de pessoas insuportáveis e riquinhas sempre me olhando como seu eu fosse uma pessoa com uma doença muito contagiosa. Então eu me lembrei do carinha que eu tinha visto quando eu cheguei aqui, então pensei que ele poderia ser a companhia perfeita enquanto eu estava preso aqui nesse lugar.

Ele estava vestido com o seu uniforme e estava falando ao telefone, quando me viu se despediu de não sei quem e desligou o telefone, ele ficou me olhando com um sorriso fofo. Ele era um garoto muito bonito. Cabelos arrepiados pele bem branquinha, uma roupa apertada que deixava a sua bunda uma maravilha.

Uma carinha de bebê e um sorriso divino.

Era muito difícil eu achar um cara bonito como eu o achei. Desde que eu comecei a namorar, minha vida foi sempre focada no Bruno e nas coisas que eu tinha que fazer para conseguir dinheiro, mas agora eu não estava junto dele e podia olhar para o lado e reparar nos outros.

– Em que posso ajuda-lo? – ele perguntou gentilmente.

–Bom, primeiramente eu queria saber seu nome. Me chamo Evan – disse apertando sua mão.

– Prazer Evan, me chamo Alex.

– Eu sou novo aqui e ainda não conheço nada, você é a primeira pessoa com quem converso, sem ser daquela casa.

– Você esta morando com o senhor Augustin?

– Sim.

– Então você é um dos caras que ele... Se sabe.

O Contrato (DEGUSTAÇÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora