Capítulo 3 - Beatriz

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Beatriz entrou no apartamento e jogou a bolsa no sofá. Encontrou a mãe na cozinha e depois de um beijo em seu rosto saiu para o banheiro para tomar um banho. O corpo estava todo dolorido e o estômago enjoado por causa da bebedeira. A mente, ainda entorpecida pela noite, teimava em mostrar poucos flashes da misteriosa mulher morena que não sabia precisar se era real ou se apenas a imaginara. Tirou a roupa notando que em sua camisa faltava dois botões. No braço uma marca roxa fez seu coração dar um salto: Ela podia ser real! Entrou no chuveiro e passou sabonete pelo corpo descobrindo outras manchas menores: Um chupão nos seios e alguns vermelhos nas coxas. Se assustou quando a mãe abriu a porta.

— Não entendi mãe. – Falou escondendo a marca no seio.

— Felipe ligou. Disse que está vindo pra cá.

— A tá. Obrigada. Ele disse se vai demorar?

— Não. Que marcas são essas nas suas costas? Você caiu? – Perguntou Tereza analisando o corpo da filha. – Você apanhou de alguém? Seu bumbum está com uns vergões enormes.

— Não cai. – Beatriz respondeu saindo do chuveiro, parando na frente de um espelho. – Meu deus!

As costas estavam com marcas roxas enormes entre os ombros e as omoplatas. Desceu a mão para as nádegas sentindo os vergões sobre seus dedos. Se lembrou de imediato do seu rosto no espelho encarando os próprios olhos enquanto a mulher a fodia e batia. Não havia mais dúvidas. A morena era real.

— O que foi isso Bia? –tornou a perguntar Tereza preocupada. – Seus seios também estão marcados. Alguém te fez mal?

— Não mãe. Ninguém me fez mal. – Respondeu fechando os olhos. – Acho que eu traí o Felipe ontem.

— Como assim? Você acha que traiu?

— É. Eu me excedi. Bebi demais e me lembro de ter ido para um quarto com alguém que eu não sei quem é, mas hoje o único sinal de que realmente aconteceu alguma coisa são essas marcas.

— Eu não acredito que você fez isso Bia! Você perdeu o juízo?

— Ai mãe! Não briga comigo!

— Não vou brigar com você, mas imagina se foi com algum amigo dele? Você se lembra se pelo menos usou camisinha?

— Eu acho que foi com uma mulher. – Falou se preparando para a reação da mãe.

— Você tá de brincadeira? Uma mulher? Não mente pra mim Bia. Não vou brigar com você.

— Eu me lembro de poucos detalhes. Não sei como eu fui parar no quarto com ela.

— Uma mulher não consegue te deixar com marcas assim.

— Ai mãe! E se o Felipe ver essas marcas? Meu casamento é daqui a três meses!

— É só não ficar nua na frente dele pelos próximos cinco dias. Eu acho que a Sol sabe de alguma pomada para ajudar a sumir com essas marcas.

— Ela tá em casa? –perguntou se referindo a esposa da mãe. –Não a vi hoje.

— Ela foi trabalhar, mas ia sair às quatro. Daqui a pouco ela chega. Provavelmente vai vir com o Felipe do hospital.

— Tá bom.

— Coloca uma cacharréu e um moletom. Vai esconder seu corpo. Eu vou ligar para ela e ver se tem alguma pomada aqui em casa, se não, ela passa em alguma farmácia.

03:45 AMWhere stories live. Discover now