13 - Don't!

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Ruth Olsen virou Christine de barriga para cima e observou-a rápida e atentamente, verificando se ela tinha algum ferimento. Assim que viu sangue na sua testa, passou a mão ao de leve pela ferida e sorriu quando ela abriu os olhos.

- Oh, graças a deus! Estás bem, Christine?

- Sim, acho que sim... - A mais nova colocou a mão no sítio que lhe doía mais e suspirou ao ver sangue na sua mão. Sentiu melhor a ferida e encolheu os ombros.

- Consegues levantar-te?

- Sim, consigo… - Ruth levantou-se primeiro, sem grandes pressas, e depois ajudou Chris a fazer o mesmo. Deixou que a rapariga se apoiasse a ela e começou a regressar à esquadra da polícia.

Ao ver tudo muito parado e atarantado, Olsen quase que começou a berrar para os presentes. Que falta de incompetentes.

- Estão à espera de quê para reagir?! Foi alguém atrás dele, ao menos? – Questionou para toda a gente que ali se encontrava.

- Ahm, sim… - Respondeu uma voz trémula ao fundo da grande entrada, e a Inspetora suspirou.

- Ao menos isso! Tu! Verifica as imagens das câmaras, vê a matrícula e pesquisa sobre isso. Josie! Vai buscar a mala de primeiros socorros e vem ter connosco ao meu gabinete.

- Sim Senhora! – Responderam ambos em uníssono, correndo cada um para o seu lado.

A inspetora ajudou Christine, que ainda estava meio atrapalhada com o que tinha acontecido, a ir para o seu gabinete. Sentou-a no sofá que por ali habitava e nos instantes seguintes, a porta foi aberta à pressa por Josie que trazia a malinha de primeiros socorros.

- Já cá estou. – Disse baixinho enquanto se ajoelhava em frente à rapariga, abrindo então a pequena mala.

A agente pegou num pedacinho de algodão, limpou-lhe o sangue e, com outro pecado de algodão, e embebeu-o em desinfetante tratou da pequena ferida de Christine.

Assim que terminou e a pedido de Olsen, Josie acabou por sair.

- Como te sentes?

- Não sei bem… - Preocupada, a inspetora sentou-se ao lado de Chris e acariciou-lhe o braço. Ela, que tem estado a fazer de tudo para permanecer tão ou mais forte que a irmã, acabou por desabar.

As lágrimas começaram a cair pelo rosto de Christine, mesmo sem ela fazer qualquer típico som de quem estava a chorar. Ruth puxou-a para si e abraçou-a, dando-lhe a entender que estava tudo bem, e que não fazia mal nenhum chorar ali ao pé dela.

- Pronto, pronto… Está tudo bem.

- Não, não está. E você sabe muito bem disso, você consegue vê-lo. Eu já não sei mais o que fazer. Parece que quanto mais faço, mais porcaria acontece!

- Calma, Christine… Sabes que isto até é um bom sinal? – A rapariga fez uma careta enquanto limpava as lágrimas.

- Como é que isto pode ser bom sinal? Eu só estou a ver maus sinais, não bons.

- Não estás a ver com os meus olhos. Não estás a ver da maneira que devias. Se estas coisas estão a acontecer é porque o William – ou quem quer que seja – não quer que nós descubramos mais nada. Ou seja…

Echoes Of Silence.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora