Capítulo 4 - Somewhere Over The Rainbow.

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— Então quer dizer que ele trata os filhos daquela maneira? — Perguntei indignada com a postura tomada por Sr. Fiennes.


— É sempre daquela forma, senão pior. — Nori soltou um longo suspiro. — Tenho tanta pena das crianças depois que a mãe se foi.


— Eu sinto tanto por elas, Nori. Mas, uma hora ele vai perceber que os filhos são mais importantes que qualquer outra coisa que se possa existir.


— Sim, eu espero muito para que este dia torne a chegar. — Sorriu e eu retribui.


— Bom, agora me deixe cuidar do almoço, sabe como é... Levar sermão do Hero é o que
menos quero para hoje.


— Sabe, naquele dia em que te defendi, eu tinha certeza que ele não brigaria com você. — Ela franziu o cenho. — Digo isso porque tenho certeza que ele a ver como uma mãe, Nori. Você é tão amável, não existe algum ser humano que não se encante com você. — Ela gargalhou.


—Bondade sua, Jo. Você sim é uma garota amável... Merece encontrar alguém muito especial... Se é que já não tem, não é? — Corei e ela gargalhou baixinho.


— Não, eu não tenho ninguém. — Murmurei. — Não encontrei a pessoa certa, ou se encontrei, não notei esse detalhe tão banal.


— Talvez ele esteja mais perto do que acha. — Deu-­me uma piscadela.


~*~


— Jo, a Zoe quebrou meu carrinho. — Questionou Enzo, zangado e triste ao mesmo tempo. Fitei Zoe que me encarava apreensiva, mas segura de si.


— Zoe, venha aqui, por favor.


Arrastando os pés assim fez a menina, veio até mim dando de ombros.


— Foi sem querer. — Disse baixinho.


— Mesmo assim, deveria pedir desculpas a seu irmão. — Fez birra e eu continuei a fitando. — Vamos, garotinha...


— Desculpe­-me, Enzo. Não quebrei seu carrinho porque quis. Foi um deslize, tudo bem? — Me olhou de lado. — Posso ir para meu quarto agora?


— Seu pai já deve estar chegando para o almoço e, provavelmente, gostaria de almoçar com seus filhos. — Ela gargalhou com sarcásmo.


— O papai nunca ia nos querer almoçando com ele, Jo. — Ficou cabisbaixo.


— Ele não gosta de nós dois. Ainda mais quando aquela mulher insuportável está com ele.


— Ela não gosta da gente, tia Jo. Não queremos almoçar com ela. — Disse Enzo.


— Se a mamãe estivesse conosco iria ser tudo tão diferente... — Fitei Zoe, que
nesse momento, fixava seus olhinhos no porta ­retrato onde estavam ela, Enzo, sr. Fiennes e provavelmente, sua mãe.

Nossa adorável babá | Adaptação HerophineOnde as histórias ganham vida. Descobre agora