Capítulo 8.

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As vezes acabo reclamando de ter que ir quase todos os dias para faculdade, mas quando descubro coisas novas é o que me incentiva a continuar tentando, acabo não ligando se vou ficar sobrecarregada, eu realmente gosto muito do que faço e não me arrependo da minha escolha.

Depois que sai da aula de anatomia, precisei tomar um ar e não tem nada melhor do que o jardim da faculdade, sentei debaixo de uma árvore e fiquei olhando ao redor até que meu olhar parou num casal que estão  deitados olhando para o céu, os seus sorrisos e olhares denunciam o amor que há entre eles, queria estar assim com a pessoa que eu gosto, sem se preocupar com o dia de amanhã ou se vai durar para sempre, só aproveitar cada momento como se fosse o último e o mais importante de tudo, queria que houvesse reciprocidade.

Eu deveria parar de imaginar coisas que não irão acontecer, de criar expectativas, de ilusões, de sonhar acordada, mas não é tão fácil assim, elas vêm e não consigo impedir.

Sou tirada dos meus pensamentos com o celular vibrando dentro do meu bolso, pego o meu celular e abro no aplicativo de mensagens.

                 -Whatsapp on-

Desconhecido conhecido:
Sabia que iria te encontrar no jardim.

Eu:
Você está me vigiando?

Desconhecido conhecido:
Não posso mais admirar o que acho lindo?

Eu:
Espera, você está aqui.

Desconhecido conhecido:
Não vai adiantar nada tenta me achar, tem muitas pessoas mexendo no celular e onde estou duvido que você consiga me ver.

Eu:
Por que você não me fala o seu nome?

Desconhecido conhecido:
Você não vai gostar de saber, melhor deixar isso em segredo.

Pelo menos por enquanto!

Eu:
Duvido que você seja tão feio assim, ou você pode ser mesmo o sequestrador de órgãos!

Desconhecido conhecido:
Kkkkk, te falei que não iria fazer isso com você e pode ter certeza que feio eu não sou.

Eu:
Convencido, acredito vendo.

Mas se eu não posso saber como se chama, então como irei te chamar?

Desconhecido conhecido:
Pode me chamar de V

Eu:
V?
É a primeira letra do seu nome?

V:
Não, também não é a segunda, terceira ou a última letra do meu nome.

Eu:
Afff.

V:
Posso te contar uma piada?

Eu:
Não.

V:
Assim, uma mulher tinha trinta reais e dividiu para as duas filhas.
Que horas são?

Eu:
Horas?
Mas o que isso tem haver?

V:
15 pras duas.
Ksjskskkskskdk

Eu:
KKKKK
A piada foi tão ruim que não tem como não rir.
Kskskskskks

V:
Não sei se eu agradeço ou fico quieto.

Você não deveria estar na sala agora?

Eu:
Como você sabe?

Você não vai falar mesmo.
Tchau V

V:
Ainda bem que você sabe.

Tchau amor.

                   -Whatsapp off-

Revirou os olhos na última frase, guardo o meu celular e vou em direção a minha sala.

O Anônimo Where stories live. Discover now