Para amar e proteger - Minha pequena, Grande Mulher

Capítulo 15 - Juju e a novidade

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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Assim que o despertador tocou, desliguei rapidamente. Júlia dormiu a noite inteira, a medicação que estava tomando deixava-a sonolenta. Saí da cama sem fazer barulho para que não acordasse, ela precisava descansar bastante. Passei pelo quarto de Juju e espiei, mas ela não estava. Desci às escadas e escutei sua voz na cozinha, junto de Glória e Amarílis.

― Bom dia! ― Assim que Juju ouviu minha voz, pulou da cadeira com olhos suplicantes.

― Papai, posso ver a Júlia?

― Ela está impaciente desde que acordou, está um sacrifício mantê-la aqui embaixo ― comentou minha irmã.

― Ainda não, filha, deixa o papai tomar café, enquanto isso, mamãe descansa mais um pouco. Podemos levar o dela na cama, pode ser?

― Pode! Vou pegar uma flor.

― Hei, mocinha! ― falei um pouco mais alto e ela congelou. Droga, precisava tomar cuidado para não assusta-la, até que se recuperasse do trauma. ― Filha, só quero meu beijo de bom dia e um abraço gostoso. ― Minha menina pulou no meu colo e me beijou, depois se contorceu para que eu a colocasse no chão. Queria sair correndo para escolher uma rosa para Júlia.

Preparamos uma bandeja enorme, com ovos mexidos, bacon, torradas, geleias e misto quente que Júlia adora. Panquecas doces, pão de queijo, bolo, iogurte, cereais, café com leite, suco de laranja com cenoura e leite com chocolate, também não podia faltar. Tinha certeza que o achocolatado era para a própria Juju.

― Nossa, Lucas, acho um exagero! Ela não vai conseguir comer a metade ― Amarílis comentou.

― Ela tem que se alimentar mais agora.

― Por que, papai?

― Porque ainda está se recuperando. Ela ficou muito fraquinha, precisa se alimentar bastante. Vamos fazê-la comer. Quer vir comigo? ― Amarílis estava rindo da minha cara. Tinha que conversar com Júlia pois tínhamos que contar para Juju sobre a gravidez. Não queria ter que mentir e não estava conseguindo desviar os assuntos.

― Claro, mas faltou a frutinha.

― Verdade, pega aquela salada de frutas. Pronto, agora está perfeita! ― Assim que entramos no quarto, Júlia despertou, recebida por uma Juju, dando beijinho e ajeitando seu travesseiro, como se fosse uma ajudante grande.

― Nossa, que bandeja enorme! Vocês exageraram!

― Papai disse que você tem que comer mais para ficar boa rápido. ― Sorri e pisquei para Lucas.

― Então eu vou comer um montão, porque estou com muita fome e essa bandeja está linda! Tudo parece delicioso! Quero ficar boa bem rápido. Você quer alguma coisa?

― Só um chocolate gelado e um pãozinho de queijo.

― Pode pegar, filha. ― Ela apontou para os itens e bateu palminha. Eu e Lucas rimos. Depois de comer salada de frutas, cereais, iogurte, misto quente, tomar o café, o suco e rir muito com Juju, Lucas limpou tudo e me preparou para o banho.

― Quer ajuda, papai?

― Não, querida. Por que você não vai lá com a Amarílis ? Ela está sozinha com a Glória. Faça companhia para elas enquanto papai cuida da mamãe. Daqui a pouquinho nós descemos. ― Preparei a banheira e levei Júlia. Depois de tirar sua roupa com cuidado, beijar sua barriga e colocá-la na água, sentei nas suas costas e posicionei-a no meio das minhas pernas para que se acomodasse. ― Pequena, temos que combinar algumas coisas e eu tenho sugestões. Acho que Juju deve voltar à escola. Ela está bem e quanto antes sua vida voltar ao normal, melhor. Já, você, precisa de um tempo até se recuperar por completo, então quero que me prometa que será uma boa menina e ficará em casa, sem trabalho, até estar cem por cento recuperada.