Capítulo 14 - Não tenho escolha.

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Emma on

Voltei pra casa e me joguei no sofá. Eu não tinha palavras para dizer o quanto eu estava cansada. Minhas costas ainda doíam, o que já estava começando a me irritar.

Liguei para Zoey e perguntei se estava tudo bem no consultório.

- Tá tudo perfeito. Ai, Emma, acho que já tá na hora de eu tirar umas férias, né? Só pra constar...

- Vou pensar no seu caso.- ri.

- Você é má.- senti divertimento na sua voz.- Mas me conta, como tá você e o Louis?

- Não sei porque mas essa pergunta me soou estranho.- levantei uma sobrancelha.

- Você entende do jeito que quiser.

- Tá tudo bem. Louis é uma ótima companhia, fico feliz em ajudá-lo.

- Espera aí... Ai.Meu.Deus.- disse pausadamente.- Tá rolando alguma coisa entre você e Louis?!

- O quê?- me engasguei com a própria saliva.- O que te faz pensar isso?

- Querida, eu te conheço melhor que você mesma. Pensa que eu não me lembro o que significa esse "ótima companhia"?

- Não estou entendendo...- me ajeitei no sofá.

- Foi a mesma coisa que você disse sobre o Logan, 3 dias antes de ficar com ele. Esse é o seu jeito de dizer que gosta de um cara. Falar que ele é uma "ótima companhia".

Logan era um garoto que eu conheci na sétima série. Ele era um gato e realmente namoramos por dois bons e longos meses. Até eu descobrir que ele me traiu. Então, não, Logan definitivamente não é uma ótima companhia.

- Como pôde se lembrar disso depois de tantos anos?

- Não mude de assunto. Você gosta do Louis, aaah, eu não acredito, você tá apaixonada por aquele piradinho!- cantarolou.- Mas convenhamos que ele não é nada feio, hein?

- Zoey!- repreendi.- E por que está dizendo isso se você nem sabe como Louis é?

- Eu sei como ele é, Theo me mostrou algumas fotos dele. Sabe, antes de ele parar do Hospício. Tem muita coisa sobre ele na internet. Basicamente sobre uma história de ele ter matado a namorada...

- Eleanor Calder. É, eu sei.- interrompi.

- Mas isso é passado, certo? Você gosta dele!

- Zoey, você não tem que trabalhar não?- franzi a testa.

- É, eu tenho.- riu.- Mas ainda não acabou. Me aguarde.

Revirei os olhos e me despedi dela. Nossa... ela me conhece mesmo. Bateu até uma vergonha ela ter descoberto assim, tão rápido que eu estou... apaixonada por Louis Tomlinson.

Apaixonada por seus olhos azuis, pelo seu toque, pelo seu beijo. Como isso foi acontecer? Foi tudo tão depressa. Nunca me senti tão bem antes. Sei que Louis não é uma das melhores pessoas psicologicamente instáveis do mundo, mas algo nele me faz sentir bem quando estamos juntos. Não dá pra explicar.

Pensei em conversar com o Theo sobre Louis estar conseguindo se controlar, mas ele mesmo apareceu aqui em casa mais tarde.

- Sabe de uma coisa? Você deveria me dar mais tempo para eu te convidar pra minha casa. Não é justo você aparecer assim, do nada.- falei, enquanto abria a porta.

Theo sorriu e beijou o topo da minha cabeça.

- Tudo bem, maninha. Como você quiser.

- Eu tenho novidades.- sorri.

- Isso é bom.- Theo se sentou no sofá e e deu um longo bocejo.- Foi mal, eu não dormi a noite toda. Tive que terminar uma matéria para o jornal.

Me sentei de frente para ele e balancei a cabeça.

- Estou passando pela mesma coisa.

- Por que? Não dormiu bem?

- Passei a noite no hospital.

Theo levantou uma sobrancelha.

- Tá tudo bem com você, Emma?

- Comigo sim, o problema foi com Louis.- confirmei.

- Ah, sim. O que ele teve?

- Dores de cabeça muito fortes. Mas as novidades tem a ver com ele: Louis está aprendendo a se controlar.

- Refere-se aos ataques de raiva?

- Sim.- coloquei uma mexa de cabelo atrás da orelha e fitei os olhos de meu irmão.- Isso é muito, muito bom.

Theo abriu um sorriso largo concordou com a cabeça.

- Está fazendo um ótimo trabalho, maninha.

Louis on.

Andrew me levou até o quarto onde fico no Hospício. Eu não vejo a hora de nunca mais ser obrigado a voltar aqui. Às vezes, eu tenho sonhos onde apareço fugindo desse lugar e incendiando tudo logo em seguida. Eu gosto de sonhar isso. Mas a parte do incêndio, tenho certeza que são os demônios que inventam. Será que eles conseguem ivadir até os meus próprios sonhos?

- Até daqui a 3 horas.- Andrew disse antes de bater a porta do quarto e girar a tranca. Mais uma vez, preso. Como sempre estou.

Divertiu-se?

Ah, calem a boca.

- Eu não quero conversar.- respondi.

Ouvi longas risadas dentro da minha mente.

Como se tivesse escolha.

Apenas ignore, Louis. Apenas ignore.

Agora que estamos aqui, longe de hospitais e enfermeiras sexy, vamos falar sobre Emma Patterson?

- O quê?- levantei a cabeça e encarei o teto.- Por que querem falar dela?

É um assunto que mexe muito com você.

- Não quero.

Você confia mesmo nela?

- Não vou responder.

Não sei como ela tem coragem de te beijar.

- Chega.

Afinal, você é um monstro. Matou a própria namorada. Pobre Eleanor.

- CALEM A BOCA!- berrei, batendo os punhos com força na parede.- Sabem que a culpa foi de vocês! Me fizeram matar a Eleanor! Eu nunca faria aquilo, eu amava ela e vocês sabiam disso! Não podem me culpar, então calem a boca!- eu ficava cada vez mais irritado.

Estou sentindo uma nova paixão no ar. Ela se chama Emma.

- Parem...

Seria uma pena se você matasse ela também.

Um arrepio correu por todo o meu corpo. Não, a Emma não. Eles não podem.

- Eu não vou matar a Emma. Nunca vou cometer esse erro de novo.- a minha vontade era de chorar. Chorar de tanta raiva.

Como se tivesse escolha, né?

Merda, por que eles sempre estão certos?

Heey, gatas, eu estou muuito feliz Daqui a pouco, nosso maior orgulho fará 4 aninhos, e acho que não estou pronta psicologicamente para isso. Sei lá, mas não gosto de pensar no fato de que ontem eles eram os "meninos da escada" e hoje já são esses homens perfeitos *_*

Isso é demais para o meu pobre coração...

Voices |L.T|Where stories live. Discover now