Capítulo Três - Seu Gosto

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Sair o mais rápido que eu pude, tentando me guiar com o cheiro que eu captei dele, Vincent. Eu iria o encontrar. Eu precisava o encontrar!

Ele não estava mais no clube, seu cheiro há tempos tinha ido, mas meus instintos continuavam trabalhando me enviando para o beco atrás do clube. Ali estava escuro para os humanos, mas não para um vampiro, e possivelmente, mas tarde alguém apareceria ali vendendo suas drogas viciosas e alguns monstros renegados poderiam aparecer para um lanchinho.

Onde ele estava?

Eu queria saber o porquê ele quase tinha matado Darius lá dentro, eu queria saber tudo sobre ele, eu queria sentir seu gosto.

- Você pode sentir o que quiser de mim, querida! – Seu corpo se aproximou de mim por trás.

Eu estava tão distraída, que não consegui ouvi-lo se aproximar, e quando ele me deixou senti-lo...

- Como você leu meus pensamentos... – Ele me virou para encará-lo.

- Eu tenho uma pequena ideia. – A intensidade do seu olhar era prazerosa.

 - Que seria?

- Somos companheiros! – Ele sorriu afirmando algo tão ilógico e ainda estava mostrando suas presas e só com isso eu tinha minha calcinha molhada.

- E como você pode achar isso? – Perguntei quase com um gemido.

- Eu podia te sentir antes mesmo de entrar no clube, bem eu podia sentir que algo me aguardava lá. – Mordi meus lábios involuntariamente e ele gemeu. – Eu posso ouvi seus pensamentos e sentir seu cheiro.

Ele então se aproximou mais e eu pude sentir sua ereção batendo em minha barriga.

- Mas eu nunca soube que era assim. – Gemi quando ele se aproximava mais. – Meus pais, eles não podem...

- As uniões nos clãs antigos não eram feitas por sentimentos como desejo ou o amor. – Ele abaixou a cabeça e se aproximou do meu ouvido. – Eles faziam por sobrevivência. Eles não sentiam nada pelos seus companheiros e pode ser que nunca venham a sentir...

Ele mordeu o lóbulo da minha orelha e eu gemi alto o suficiente para que em questão de segundo ele me tenha prensada contra a parede.

Eu sabia que meus pais não se amavam, mesmo como seus mais de 500 anos de união e cinco filhos, eles eram afastados.

- Sim querida. – Ele voltou a sussurrar no seu ouvido. – Mas quando eles se unem, não conseguem mais obter prazer de outra pessoa a não ser seu companheiro ou companheira.

Ele havia respondido ao meu pensamento, se um dos meus pais traia ao outro.

- Foi por isso que você nunca... ? – Ele se afastou um pouco de mim e quando eu o olhei eu pude ver um olhar cheio de magoa.

- Não, não foi por isso.

Eu fiquei com medo de perguntar o porque então me calei.

- Eu vou te contar querida, mas antes eu vou levá-la a um lugar seguro. – Ao falar pude ouvir rugidos assustadores e sabia que logo, algum monstro apareceria.

- Vamos! – Ele me segurou em seus braços e em sua velocidade me levou dali.

E eu só podia pensar que daqui uns tempos um desses monstros poderá ser eu.

- Não pense nisso querida. – Seu sorriso me acalmou. – Eu te encontrei!

Seu GostoWhere stories live. Discover now