21 - Satan Is Inoccent - End

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21/21✔️

SEM REVISÃO! SEM REVISÃO! SEM REVISÃO!

***

Nós humanos somos tão fracos, não é?

Somos seres manipuláveis, sentimentais demais para ver com clareza, e frios demais para dizer as cosias certas. Perfeccionistas, não querermos que nada dê errado em nossas vidas. E mesmo que nós sejamos hipócritas o suficiente para negarmos, quando se trata da nossa própria segurança, quem quer que seja a pessoa ao seu lado, não passa de um borrão inexistente. Somos primitivos. Medrosos como um cãozinho assustado, mas também somos amorosos. Ah, claro que somos. Podemos dar tudo de nós por quem amamos, podemos nos destruir se isso for deixar aquela pessoa feliz. Podemos fazer tudo, porque somos tolos.

Mas em meio ao seu grande amor e a sua vida, o que escolheria? Se arrependeria?

Lucy Vives ainda é atormentada por seus demônios por conta de suas escolhas.

- Vamos logo, não temos o dia todo. - Keana resmungou, Shawn sentado ao seu lado e em silêncio. Já eram 03h:34m da tarde, e nada da colombiana abrir a boca.

A mais velha tinha a cabeça erguida, embora as circunstâncias não fossem as melhores, ela continuava de nariz em pé. Não decepcionaria seu pai, sendo fraca.

Não seria castigada, não daquela forma.

- Me deixem sair daqui, e eu juro que vocês não vão sofrer tanto. - ela sorriu, com sua não tão ponderada dose de indiferença.

- Darling, eu estou perdendo a paciência. - o Mendes mais velho se levantou, buscou por seu celular e logo voltou para o lugar de antes. Discou algum número em sua tela e acionou o viva-voz. - Alô, é da rádio de Fhort Nox?

- Sim, senhor. No que posso ajudar? - um timbre feminino ecoou do outro lado da linha, a de cabelo castanho-escuro franziu o cenho.

- Queria dizer uma coisa, na verdade, um segredo... Da família Vives. Pode ser? - Lucy paralisou, seu maxilar trincado e sua garganta sendo preenchida por um nó. Houve silêncio na ligação, mas logo a mulher disse:

- Claro, senhor. Espere um minuto.

Uma típica música de elevador fez-se presente.

- Não faça isso! - a colombiana gritou. - Você não sabe o perigo que está correndo!

- Então me diga qual é! - ele se agachou frente a ela e segurou em seus joelhos. - Me conte porque diabos você tem tanto medo do seu pai, Lucy! Me conte o que ele fez para te transformar nisso! - apontou para ela. - Me conte e eu prometo proteger você!

- Não!

- Por que não?!

- Porque você vai partir! - respirou fundo, Shawn agora estava de pé, trocando um olhar rápido com a irmã. - Não me faça promessas se você não pode cumpri-las!

- Senhor, o que gostaria de dizer? Estamos no ar.

- Bom, eu queria dizer que-

- Não faça isso... Eu- Por favor, não faça. Eu- Eu conto- Inferno! Apenas não diga nada! - o mais alto desligou, e voltou a sentar no estofado do sofá, Keana parecia assustada demais com o comportamento de sua segunda "melhor amiga". - Só não me culpe se seu estômago começar a revirar.

***

Lauren tinha sete anos quando começou a tentar andar de bicicleta e caiu frente sua casa, ralando os joelhos pálidos e deixando-os sensíveis. Era uma dor insuportável, mas a pequena não chorou. Levantou-se e pegou sua bicicleta, montando novamente e caindo em seguida, mas também não se lastimou por isso. E assim se seguiu toda tarde.

AngelOnde as histórias ganham vida. Descobre agora