Parte 3

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Volto ao presente e ver meus filhos querendo fazer uma surpresa para o pai, é por deveras lindo e emocionante, mas infelizmente eu precisava intervir, ter três crianças de 09 e 08 anos dentro de uma cozinha era bonito, mas bem perigoso.
— Bom dia.
Entrei como se eles não estivessem fazendo nada, os meninos pararam, seus olhos arregalados, assustados.
— Mãe — disse Isaac surpreendido.
Meu coração quase parou quando vi que ele encontrava-se em um banquinho debruçado sobre o fogão, mexendo em algo na frigideira. Miguel estava sentado na mesa cortando laranjas para fazer um suco, enquanto Mateus estava na outra ponta da mesa quebrando ovos para fazer uma panqueca.
— Meu Deus — disse assustada, eu já imaginava que eles estavam fazendo lambaza mais ver Isaac tão próximo ao fogo me deixava com medo.
— Desça daí Isaac.
— Mãe...
— Saia agora.
Corro para seu lado tiro ele do banco.
— Mãe estamos fazendo o café da manhã para comemorar a sua volta.
— Eu sei querido, mas eu quero apenas que se afaste desse fogo Isaac, eu já lhe falei que vocês não podiam brincar com fogo.
— Eu sei mãe, mas que seja a última vez que faça isso.
— Sim mãe!
— Agora vamos fazer esse café da manhã!
Ajudei os meninos a fazer o café da manhã e quando Rose, a menina que me ajuda na casa, chegou ela tomou um susto, pois a cozinha estava parecendo que um furacão tinha passado. Rose nos ajudou a organizar a mesa e coloquei os meninos para banheiro porque estavam imundos.
Olho a mesa e veja que é uma mesa de natal não foi nada muito elaborado, porque eu sou um zero à esquerda na cozinha, mas é simples, mas feito com muito amor.
Pego meu celular e olho o horário e vejo que a essa hora o seu avião já chegou, eu queria ir busca-lo no aeroporto, mas como os meninos estavam de férias e a manhã estava tão fria, e Mateus estava um pouco adoentado, achamos melhor não ir.
Corro para meu quarto e preciso ficar um pouco apresentável, tomei um banho rápido me lambuzo de hidratante principalmente na região da barriga, paro em frente ao espelho de corpo inteiro que tenho em meu banheiro, e nua me observo, vejo que ainda não é perceptível nenhuma diferença em meu corpo.
— Você continua muito gostosa Samantha — pelo espelho eu vi que meu marido estava encostado na porta do banheiro me observando com olhos gulosos, me olhando das cabeça aos pés.
Por um milésimo de segundo, eu quis perguntar como ele veio para casa, porque ele não ligou dizendo que chegou ao Brasil, mas eu só me importei com aquele homem, que sabia me fazer uma gelatina apenas com o olhar.
— Você está como sempre muito gostosa.
Eu fiquei parada apenas lhe observando. Os anos passam, mas toda vez que eu vejo o Pablo meu coração quer soltar pela boca, junto com a sensação de calcinha molhada, ele se desencosta da porta e vem até a minha frente.
— Eu senti muita saudade de você. — Sua mão sobe para meu pescoço me puxando de encontro ao seu corpo. — Essa foi a melhor comemoração de boas-vindas que você poderia me dar. Ver minha esposa linda, gostosa e nua na minha frente é espetacular.
Seu rosto desceu de encontro ao meu, beijando-me arrebatadoramente, pele contra pele, corpo contra corpo, meus seios contar seu tórax. Seu beijo tinha gosto de saudade e entrega, suas mãos passavam por minha cintura desnuda, descendo por minha bunda e me impulsionou para cima, passei as pernas por sua cintura, ele andou até a parede mais próxima e começamos um amasso que transmitia toda nossa saudade. Minha mão desceu em direção a borda de sua blusa tentando tirá-la.
— Amor — digo gemendo quando ele desceu seus beijos por meu pescoço — temos que nos igualar, eu estou aqui nua e você ainda está totalmente vestido.
— Não se preocupe amor — falou contra minha pele — eu dou um jeito e já, já nos igualaremos.
Ele me desceu de sua cintura sem deixar de me olhar e me admirar, leva suas mãos a borda da blusa e começa a subir por seu corpo, ver aquele tórax aquele tanquinho só meus e que fazia 15 dias que não via, beijava e degustava aquela pele.
Eu não suporto ficar mais um segundo sem toca-lo, minha mãos vão em direção ao seu cinto, enquanto ele ia passando a blusa por seus braços, abro o botão da calça.
— Mãeee — aquele chamado do Mateus acabou qualquer clima.
— Droga — Pablo disse dando um passo para trás, porque sabíamos que todo o clima estava desfeito.
— Mãeeee.
— O que é Mateus? — gritei indo pegar um robe toalha para cobrir-me, porque conhecendo meus filhos, eles só sairiam dali depois que abrisse a porta.
Graças a deus eu ensinei os meu filhos desde pequenos que não poderia entrar no nosso quarto, sem que nos abríssemos a porta.
— Mãeee, a senhora sabe se o papai chegou? O Isaac disse que viu um taxi parando em frente de casa.
Olho para o Pablo, indo em direção a porta, ele hesita um instante olha para trás e confere que estou coberta e abre a porta, e vendo nosso pequeno parado diz:
— Sim campeão, já cheguei.
— Pai — ele gritou pulando sobre o pai.
Ouvindo o nome pai. Os outros surgiram e pularam em cima do meu marido, era lindo ver a interação dos quatro homens da minha vida. Eu esperava que dessa vez viesse uma menina para me fazer companhia, passo a mão delicadamente em minha barriga.
— Fora, os quatro para fora, que eu quero me vestir, vamos...
— Vamos pai, vem! Vamos mostrar a surpresa que fizemos para o senhor...
— Certo querida se arrume rápido, eu hoje quero ficar o máximo possível ao lado da minha família, estaremos te esperando lá embaixo.
Ele deu um sorriso que faria minha calcinha ficar molhada caso eu estivesse vestida em uma e vejo que eu não esperarei até amanhã para entregar o meu presente de natal.

O Presente de NatalOnde as histórias ganham vida. Descobre agora