Capítulo 2

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CAPITULO 2

Há duas horas eu estava naquele salão, Thomas me deu a informação de que Valentina  tinha confirmado presença no lançamento do livro de uma nova autora. De vez em quando uma fã ou outra pedia para tirar uma foto ou para assinar um autógrafo. Ninguém entendia o que eu fazia ali, nunca vi a autora, mas o fato é que minha presença estava gerando um número de vendas considerável, para ela. Olhei para todos os lados a procura de Valentina, mas ela ainda não havia aparecido.

De repente como um imã meus olhos fixaram-se em uma mulher, linda, do tipo mignon, seus cabelos negros contrastavam com seus olhos azuis, estes pareciam acesos, rodeados por uma maquiagem escura, e seu sorriso poderia fazer qualquer mortal cumprir todos os seus desejos. Estava com um vestido vermelho simples que realçavam o tom claro de sua pele fazendo com que parecesse porcelana. Sim ela continuava perfeita, exceto por ter mudado a cor dos cabelos que, há cinco anos eram loiros e curtos e hoje estavam negros e na altura da cintura. Valentina continuava linda, ainda esbanjando o mesmo ar inocente, e a mesma graça em cada gesto. Passei as mãos por meu rosto tentando desviar meus pensamentos. Eu a dispensei sem nem uma consideração, e agora ao vê-la ali, pensamentos explícitos rodeavam minha mente. Fiquei excitado somente em vê-la,  e tentei caminhar apressadamente até o banheiro mais próximo a fim de dar um jeito em minha ereção, mas antes que eu chegasse ela virou-se e nossos olhares se encontraram. Pronto! A fúria depositada naquele olhar foi o suficiente para sabe que tudo seria mais difícil comigo.

 

Seus olhos azuis brilharam, e ela ergueu o queixo desafiadora, ao perceber que, eu a encarava também. Durante aquele breve momen­to, apenas alguns segundos, parecia que os nós éramos os únicos presentes no salão. A conversa, os risos, a mú­sica, tudo desapareceu, enquanto nossa única noite juntos veio a minha mente, eu realmente fui um canalha com ela, Valentina não tinha muita experiência, e eu me aproveitei disso.

Encarei-a firmemente, e dei uma olhada por todo seu corpo, na intenção de que ela percebesse que eu estava reparando em cada detalhe, fixei meu olhar no decote entre seus seios, e vi quando eles endureceram atrevidamente, transparecendo sob o vestido, continuei observando como se pudesse acariciá-la a distância, intercalando lentamente meu olhar entre os seios a boca carnuda e os olhos de Valentina. Vi quando ela ruborizou, e desviou o olhar. Sim! Eu ainda afetava essa mulher, e essa seria minha arma novamente.  Eu era experiente e sabia o efeito que causava nas mulheres. Aproximei-me a fim de tomar toda a sua atenção, e dei um sorriso cínico, sabendo perfeitamente o efeito que eu causaria.

 Ela desviou seu olhar como se eu fosse insignificante e sorriu para algum desconhecido, causando um certo desconforto em mim.

— E então? — ela perguntou como se nunca tivesse me visto na vida,  eu continuei a admirando sem tirar o meu sorriso do rosto.  

— E então o quê? — sussurrei, tentado conferir uma característica extremamente sexual.

Suas sobrancelhas se arquearam antes dela me enviar um sorriso cínico

— Gosta do que vê?

—  Creio que qualquer um gostaria— disse no mesmo tom irônico que ela.

— Mas perguntei se você gosta do que vê — rebateu. E não qualquer um.

Ela estava me provocando, me aproximei mais, chegando tão perto ao ponto de sentir o calor do seu corpo, respirei fundo e seu perfume inebriou meus sentidos.

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