Uma carta para Margo Roth

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A/C: John Green em Cidades de Papel

Hey Margo, como foi descobrir que seu vizinho de papel na realidade era o carinha mais corajoso ~e maluco~ que você poderia conhecer? Ele não era como você pensava, ele era o herói Q que você sonhava. Mas o que fazer agora? Entre as tantas definições de cidades de papel que o Q encontrou, sua cidade ainda se encaixa em alguma? Depois da loucura que todos eles fizeram por você ainda acredita que eles são de papel?

Sabe o que eu acho? As pessoas não são feitas de papel, todos têm problemas, todos têm sentimentos. Todos somos feitos de carne e osso, inclusive você. Agora, se você acha que sair por aí se escondendo, quebrando todas as regras, deixando todos que se importam com você preocupados, sozinha e sem se importar, é ter uma vida de verdade, talvez você não saiba exatamente o que é ter uma vida de papel.

Sua vida nunca é só sobre você, as pessoas são interligadas. Sim, existe muita gente que não nos faz bem, existe muita gente que não faz falta, existe gente que queremos distância, mas é bem difícil se afastar de todos que não são importantes sem acabar se afastando de quem se importa. O preço é alto, vale realmente a pena?

Acho que você não merece o Quentin que tem, mas todos podem mudar ou mostrar outro lado que escondiam, se mostrando alguém digno de confiança.

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