Capítulo 20

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Kate

Acordei assustada com o barulho de um celular vibrando sobre algo, e de água correndo. Olhei para o lado, e Nathan não estava, mas pelo barulho que vinha do banheiro, ele estava no banho. Olhei no relógio: 6h. Ainda é cedo, tenho tempo de sobra, afinal o colégio é aqui do lado.

Levantei e fui até o celular que tanto vibrava. Era o do Nathan, e na tela dizia ter cinco mensagens. Como sou curiosa, toquei e as mensagens abriram automaticamente.

Jéssica: Nathan onde você está?

Me deixou sozinha, plantada esperando por você para jantar.

Por onde você anda?

Nathan me responde!

Nathan, estarei no seu escritório às 8h em ponto!

Nossa, quem é essa Jéssica? E por que esse desespero todo?

O barulho do box do banheiro sendo aberto me acordou para a vida. Afastei-me do celular dele, vesti meu robe rosa e peguei suas roupas. Levei até a minha mini lavanderia, liguei o ferro de passar e comecei a passá-las. Quando estava quase terminando a camisa, Nathan apareceu só de cueca. Puta que pariu! Ele estava só de cueca passeando no meu apartamento.

— Bom dia, gatinha!

— Bom dia. Eu estou quase terminando aqui. Sua calça já está passada, se quiser ir vestindo.

— Não, eu espero pela camisa. – Seu sorriso era travesso.

— Hm... Para nosso café da manhã eu só tenho leite e cocoa puffs, aqueles cereais de chocolate. Você deve conhecer.

— Não. – Ele riu. – Realmente eu não conheço.

— Está falando sério? Nunca comeu cocoa puffs?

— Sério... Meu café da manhã é café preto, algumas torradas e bacon.

— Oh! Então irá me desculpar, mas não vou ter como fazer um bom café da manhã para você, porque só tenho isso até sexta. Só farei compras no sábado ou no domingo.

— Tudo bem, eu aceito esse tal de cocoa puffs.

Terminei de passar sua camisa e entreguei a ele.

— Ok! Acompanhe-me. – Fomos para a cozinha e ele sentou-se na cadeira atrás do balcão. Peguei o leite na geladeira e o cereal no armário da cozinha, duas tigelinhas e duas colheres. – Tenho suco de laranja também, quer? – Peguei a garrafa de suco e coloquei tudo sobre o balcão. Sentei-me em frente a ele. Derramei o cereal nas duas tigelinhas e depois o leite. Empurrei uma até ele e comecei a comer. Parei e olhei para ele, que me olhava e depois olhava para o cereal com leite. – Não vai comer? Olha, desculpa, mas é o apartamento de uma pessoa que mudou recentemente e só tem isso. Se não quiser comer tudo bem, eu vou entender.

— Não. Eu vou comer. – Ele pegou a colher e começou a provar. – É bom!

— Seu bom quer dizer que é péssimo. – Eu falei rindo, enquanto comia.

— Não. Sério! É bom, eu gostei. Eu só não estou acostumado a comer essas coisas.

— Ah! Então você não teve infância.

— Na verdade, não. Eu estudei em colégio interno, então só via minha família nas férias de verão.

— Oh! Desculpe, eu não sabia.

— Sem problemas. Minha educação foi muito boa e regrada. Não tenho do que falar, amo meus pais e minha família. Devo tudo a eles. – Apenas sorri.

Acompanhante de luxo - Livro 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora