Capítulo VII

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Acordei no dia seguinte com o sol batendo em meu rosto. Me sentei na cama e memórias da noite anterior invadiram minha cabeça.

Meu Deus do céu. Eu beijei Harry.

Eu o beijei, sendo que ele está NOIVO.

Minha cabeça começou a doer só de pensar nisso. Eu estava bêbada, certo? Essa era a desculpa perfeita. Não poderia nunca me perdoar por isso, simplesmente pelo fato de que Melany o amava. Ela não merece isso e nem ninguém no mundo. Eu iria falar com Harry, dizer que aquilo deveria ficar entre nós e morrer assim, e que nunca deveria se repetir. Decidida a falar com ele, levantei-me da cama e fui ao banheiro tomar uma chuveirada, para tentar esfriar a cabeça. Terminei o banho e coloquei uma calça legging com uma regata branca e um casaco por cima. O tempo estava nublado, e logo mais iria chover.

Desci as escadas e Melany já estava na cozinha, mas desacompanhada por Harry.

- Bom dia, Melany. – eu disse, sentindo minha cabeça vibrar de dor ao ouvir minha própria voz – ai, que dor de cabeça!

- Então pelo visto a farra foi boa ontem? – ela disse, sorrindo. Sorri leve de volta. – Se quiser, eu acho que tenho na minha bolsa uma aspirina ótima, a dor passa rapidinho! Quer uma?

- Claro, por favor. Acho que meu estoque acabou – eu respondi olhando para a caixa de remédios que não continha nenhum remédio para enxaqueca.

- Tudo bem, eu vou lá pegar. Um minutinho. – ela disse gentilmente e saiu da cozinha. Aquele sentimento de culpa surgiu em mim novamente. Abri a geladeira e peguei um pouco da salada de frutas que havia ali, me sentando na mesa em seguida. No mesmo instante, um corpo entra na cozinha, e em segundos, eu consegui saber quem era simplesmente pelo perfume.

Harry entrou na cozinha, e ainda sem olhar para mim, pegou um copo de agua e ficou apoiado na bancada durante os segundos seguintes, até Melany voltar para a cozinha.

- Bom dia, Harry. – Melany disse, indo até ele e dando um selinho. Senti meu estomago borbulhar novamente e minha bile subir. E ela só não veio a tona, porque eu consegui controla-la antes de ouvir o que veio em seguida.

- Bom dia, Amor. E bom dia, Emma.

- Dia. – eu respondi secamente. Esse jogo era para dois jogarem, certo?

- Aqui Emma, o remédio. – ela me entregou e eu agradeci sussurrando um "obrigada". Coloquei-o na língua e com o auxilio do suco de laranja eu o engoli.

O casal se sentou a mesa, e Melany começou uma conversa animada sobre o que faria hoje. Continuei digerindo meu café da manhã, até que Gemma desce, para me salvar.

- Bom dia casal, bom dia Emma. – ela disse e sentou ao meu lado, pegando apenas uma xicara de café e tomando-a. – quais os planos de hoje?

- Bem, estava conversando com Harry e Emma, como temos só até segunda, poderíamos ir no shopping e também queria ver uns vestidos para o casamento.

Ugh. Senti a bile em minha garganta. E não foi por causa de ontem à noite.

- Casamento, amor? Não prefere ver isso lá em Londres? Além do que, sua mãe e a minha podem opinar.

Melany deu de ombros, concordando. Gemma começou um assunto sobre quando a sua mãe ligou ontem e disse que visitou a estatua da liberdade, mas me desliguei disso, até o celular de Harry começar a tocar.

- Alô mãe... estamos sim... Ah claro. A gente passa ai ao meio-dia. Tá ok. Também te amo. Até mais. – e desligou. – Minha mãe nos chamou para almoçar com ela. Falei que íamos passar no hotel que ela está.

180 dias de InvernoWo Geschichten leben. Entdecke jetzt