Dia 17 (#JustWriteIt | #sytycw15 )

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O resto do mês foi entediante, mesma rotina todos os dias, só que Raul fazia uma falta danada, Bruno tinha colocado a mansão para vender e comprado um apartamento no centro da cidade, ele mantinha pouco contato com o Tiago e com o tempo ele apenas sumiu de vista, eu saia com Tales todos os dias e estávamos ansiosos com a viagem, fazíamos planos e mais planos, meu tio teria que sair novamente em trabalho, a casa ficaria vazia novamente,

Bateram na porta lá pelas três da tarde

-já vai! - coloquei um casaco e desci as escadas, deveria ser o Tales, íamos sair

-você é a senhorita Penelope? - um policial com um bloquinho na mão me perguntou, ele parecia aqueles policiais de filmes, um bigode, óculos escuros, só faltava ele estar comendo uma rosquinha

-sim, sou eu - coloquei o casaco

-você está presa pelo assassinato de Rodrigo Vieira - ele pegou as algemas

-OI?! MAS EU NÃO MATEI ELE!! - eu já estava tremendo

-encontramos suas digitais no corpo dele, estava no fundo de um riacho em Ushuaia na Argentina

-foi o Raul que matou ele, eu estava desmaiada, por favor não me levem 

-qual o sobrenome desse Raul ? - ele pegou uma caneta e seu parceiro saiu da viatura para nos observar

-Fernandes, Raul Fernandes - eu repeti o nome do Raul três vezes, até soletrei

-é aquele garoto que está desaparecido não é Garcia ? - o parceiro dele já estava ao seu lado e me olhava de cima a baixo com desconfiança

-como sabe que foi ele senhorita ? - o tal de Garcia me perguntou

-ele me contou, depois que eu desmaiei ele me levou para um chalé e me esperou até eu recobrar a consciência, por favor não me levem eu não fiz nada

-o que é isso nos seus braços mocinha ? - o parceiro me perguntou

-eu estava amarrada - tirei o casaco e mostrei as marcas 

-quem te amarrou? - Garcia não tirava os olhos do bloquinho e seu parceiro, descobri que seu sobrenome era Rezende, me olhava como se me conhecesse

-os dois, eles me sequestraram e me doparam, me levaram para Ushuaia para me matar 

-você não é aquela garota que foi suspeita de matar o irmão? - Rezende me perguntou e na hora me lembrei da cara dele, ele ainda era estagiário quando Pedro morreu

-sou, sou eu sim-  coloquei o casaco de novo e Garcia parou de anotar

-tudo bem senhorita Penelope, não saia da cidade sim? podemos ter mais perguntas para você

-boa tarde senhores - me despedi dos dois e me encostei na porta - CARAMBA!

Tales chegou bem na hora e estava com um olhar assustado

-Penelope por que tinha uma viatura aqui ? - ele me sacudiu

-vieram me prender - ri da expressão que ele fez - sou suspeita de ter matado o Rodrigo

-mas você não matou né ? - nos sentamos no sofá

-não Tales, eu não matei ele, relaxa ta bom ? - segurei o rosto dele e beijei sua testa

-você me deixou preocupado Penelope

-eu to bem Tales, só não posso sair da cidade - sorri - ainda quer sair  ?

-sim, quero sim, vamos - ficamos a tarde fora e eu acabei dormindo na fazenda com ele

Garcia e Rezende iam em casa toda a semana me fazer perguntas, e as vezes tocavam no caso de Pedro, eu apenas desviava do assunto e contava tudo que eu sabia, contei do Douglas também, mesmo sabendo que ele não tinha nada a ver, mas parecia ter uma ligação com o Rodrigo, Tales fazia questão de ficar ao meu lado e observar cada movimento dos policiais, o que chegava a ser cômico as vezes

-e se eles resolverem te levar ? - servi suco para o Tales que estava debruçado na mesa

-ai eu vou ficar lá até provarem minha inocência

-você não tem medo Penelope? - me sentei com ele e levantei seu rosto

-nem um pouco, não fui eu que o matei, então não tenho por que ter medo - ele pegou minha mão e beijou

-você já teve medo, sabe, quando era seu irmão?

-na verdade tive sim, só as minhas digitais estavam no corpo, quase não conseguiram provar que não fui eu - tomei o suco dele e ele fez uma careta - que medo de você com essa cara feia - mordi a bochecha dele e fui pegar algo para comer

-fica quieta Penelope - ele tomou o suco e ficou me olhando enquanto eu fazia bolo

Bateram na porta novamente e eu fui atender

-você se importa de vir com a gente Senhorita Penelope - era Rezende

-não, espere um segundo - fui até a cozinha - Tales, vou ter que ir para a Delegacia, fica de olho no bolo pra mim ?

-como assim?! eu tenho que ir com você!! - ele se levantou e eu o acalmei - vai ficar tudo bem Tales, fica de olho no bolo pra mim - beijei sua testa e acompanhei Rezende até a Delegacia

-tenho que ir porque ? - perguntei para o Rezende no caminho

-acho que encontramos o Raul e precisamos de você para nos dizer se é ele

-mas e o primo dele Bruno ? - brinquei com a minha correntinha

-está desaparecido-  ele apertou o volante

-todo mundo deu de desaparecer agora ? - estremeci

-achamos que foi suicídio, a mãe do Raul já morreu também certo ? - ele parou no semáforo

-acidente de carro -chegamos a delegacia logo depois, havia um garoto muito parecido com o Raul sentado em uma cadeira, estava chorando

-não é ele Rezende - coloquei as mãos no casaco - não é o Raul

-uma mulher nos afirmou que era ele, tem certeza ? - ele colocou a mão no meu ombro

-o Raul tem os olhos azuis, meio cinzentos, como o céu nublado

-entendi, quer que eu te leve para casa ? - saímos da delegacia

-não, tudo bem, obrigada por me manterem informada sobre o caso, espero que encontrem o Raul - fui caminhando pra casa e Tales estava desesperado

-pelo menos não deixou o bolo queimar - brinquei com ele e ele ficou emburrado

-tava preocupado com você Penelope - abracei ele e ele se acalmou

-vai ficar tudo bem Tales, vai ficar TUDO bem - aumentei o tom de voz para ele perceber que eu estava falando a verdade

-então tudo bem - comemos o bolo e ficamos vendo filmes até anoitecer, Garcia apareceu no outro dia para me informar sobre o caso

-Rezende te pediu para vir me contar ? - perguntei a ele enquanto Tales dormia no meu quarto

-ele disse que você está colaborando muito - convidei Garcia para um café mais tarde e ele disse que iria aparecer se não estivesse ocupado com o trabalho

-tudo bem então, tenham um bom dia  - me despedi dele e fui olhar Tales que dormia como um bebê

-Penelope - ele me chamou sonolento

-volta a dormir Tales, eu não vou embora - beijei seu rosto e fui fazer o café da manhã, essa investigação já estava me estressando

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GENTE! OI!

desculpem pelo capítulo estar tão pequeno, como eu disse a internet aqui não é muito boa e eu não posso ficar muito tempo se não ela acaba desligando

mas eu amo vocês por acompanharam, vou tentar escrever

beijão <3

Corujinha_4

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