Dia 7 (#JustWriteIt |#sytycw15)

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Acordei atordoada, parecia que eu tinha levado uma pancada na cabeça, tipo uma "ressaca pós choro", me levantei, tomei um banho, me troquei e fui pra escola sem tomar o café, não estava com humor pra isso, tinha chovido a noite então tive uma oportunidade de ir com um moletom e capuz, Rodrigo poderia estar espreitando por mim para me fazer pagar mico em publico.

Tive prova em necessariamente 3 aulas seguidas, eu sai da escola como um zumbi sai da tumba, morta e feliz, pq eu tinha saído dali, não vi o Raul pela manhã toda o que partiu meu coração mais ainda, ele estava me evitando.

"ASSASSINA!!!" A voz dele gritava na minha cabeça e eu estremeci, precisava vê-lo.

Fui pra casa e no meio do caminho começou a chover, coloquei o capuz e fui caminhando na chuva, cheguei em casa e meu tio ficou tão bravo por eu estar molhada que quase cagou um tijolo ( puts isso foi engraçado demais ) nos almoçamos e ele saiu com o Bruno a noite, eu fiquei sozinha em casa e tentei ligar inúmeras vezes para o Raul, sempre caia na caixa postal, na décima ligação eu ia desistir, até que ele atendeu

-O que você quer Penelope?! - ele estava irritado

-me deixa explicar a situação Raul, por favor, eu sou inocente - eu ja começava a chorar novamente

-me dê um bom motivo para eu sair da minha cama e enfrentar essa chuva pra falar com você 

- eu fiz arroz doce.................- eu sorri mesmo com as lagrimas correndo e podia sentir ele tentando não rir

- ta ta - ele levantava da cama - mais alguma coisa antes que eu desligue ?

-eu......não nada, até depois Raul - ele desligou e eu fui colocar outra roupa e esquentar o doce

A campainha tocou e eu fui atender 

-Ra.......RODRIGO?! - me preparei para bater a porta com toda a força na cara dele mas ele segurou meu braço

-me desculpa - ele fez uma cara de choro e eu soquei ele, fechei a porta e escorreguei ate cair sentada no chão, dava pra ouvir ele chorando e gritando do lado de fora, eu simplesmente tapei os ouvidos e esperei ele ir embora.

Bateram a porta depois de meia hora 

- quem é ?- me levantei do chão e limpei as lagrimas

-o Raul, abre logo, ta frio aqui fora Penelope!!!! -abri a porta e puxei ele pra dentro - me conta toda a verdade agora! olhando nos meus olhos, agora

Eu contei tudo pra ele, olhos nos olhos, as vezes eu tinha que limpar uma lagrima ou outra

-Raul por favor, não acredita nos boatos que dizem sobre mim, eu posso não ter tido uma infância muito normal, mas eu nunca mataria meu irmão, ele era tudo para mim, hoje só me restou o Tiago, por favor - ele levantou meu rosto e limpou minhas lagrimas 

-Desculpa Penelope, eu não quis te magoar tanto - e sorriu, ah que saudade que eu tinha desse sorriso 

-tudo bem, eu - travei, não conseguia dizer a frase mais simples do mundo pro Raul, droga!!!!

-você?- ele me abraçou e ficamos assim por um tempo - eu te amo Penelope 

- eu também tenho muita consideração por você Raul - ele fez uma cara boba e entendeu o recado 

- agora quero o doce, pq eu só vim ver ele - ele beijou minha testa e nós fomos para a cozinha, ele comeu e ficamos vendo filme até o primo dele ligou

-RA.....RAUL?! - ele gritava

-Bruno?! o que foi ?! - Raul deu um pulo do sofá

-SUA, SUA MÃE SOFREU UM ACIDENTE, VEM LOGO PRA CASA RAUL! - ele caiu de joelhos e tremia

-minha....

- EU OUVI, VAMOS LOGO!- peguei as chaves do carro dele e levei ele pra casa ( obrigada por me ensinar a dirigir Tiago) 

-vem comigo Penelope- ele estava me puxando 

- eu vou, espera um pouco - ele correu pra dentro e eu fiquei no carro, em choque, ele parecia estar atordoado, manteve a calma o tempo todo e eu tentei fazer o mesmo, mas digamos que acidentes não me deixam muito tranquila, sai do carro e entrei na casa, estava um clima horrível, Bruno chorava no sofá e Tiago estava abraçado com ele, o marido de Ellen não estava, Raul tinha sumido e eu entrei em um pequeno desespero.

-Tiago - eu disse o nome dele, quase como num sussurro e ele veio até mim

-o Raul foi pro quarto - ele beijou minha testa - não são muito boas as noticias - eu consegui ver nos olhos do meu tio, ele vivia o momento de perder alguém muito querido novamente, provavelmente meu tio vinha muitas vezes aqui, e devia ter formado uma grande amizade com a Ellen.

Fui até o quarto do Raul, eu me perdi um pouco até encontra-lo, deitado na cama de casal, com os olhos fechados e algumas lagrimas corriam

-Raul - minha voz saiu fraca e ele me olhou ainda deitado 

- ela não sobreviveu Penelope, ela se foi, pq meu pai saiu de casa - eu tremia, não, não podia ser, o Raul não pode passar pelas mesmas coisas que eu, ele não merece nada disso 

-eu te amo Raul - limpei as lágrimas e me sentei na cama de costas pra ele, eu vi ele se encolher e abraçar os joelhos pelo canto dos olhos

- fica comigo hoje? - ele estava acabado, a força que eu costumava ver nele, mesmo que fosse bem sentimental, ele era muito forte.

Eu apenas o abracei e os dois acabaram adormecendo, meu tio me acordou para irmos embora e eu deixei um bilhete para ele

"Raul, oi

quero que melhore, mas não pude ficar aqui, mas o bruno prometeu que ia cuidar de você, então.....fica bem ta?

eu gosto muito de você

Penelope"

Acordei no dia seguinte com o mesmo sentimento do anterior, tristeza, daqui a uma semana meu tio iria viajar de novo e eu vou ter que voltar a morar sozinha aqui, nessa cidade fria, eu não ia me entristecer, eu sei que ele faz para poder cuidar de mim, ele me manda o dinheiro e tal, mas eu me sinto muito sozinha nessa casa, visitei o Raul durante a semana e ele pareceu se alegrar um pouco com a minha presença, disse que o Bruno sufocava ele, falando no diabo, ele estava extremamente chateado pelo Tiago ter que ir embora, e eles ficaram revezando em que casa iam dormir, eu chegava a chorar de desgosto quando aquela praga dormia em casa, eu detesto ele.

Na segunda, dia de sua partida, Bruno deu carona pra gente até o aeroporto, ele ia para a Escócia passar 2 meses lá, ele se despediu de Bruno e me deu uma porção de beijos, ele conversou com Raul por um tempo e eu fui comprar um sorvete, quando voltei era hora dele embarcar, eu confesso que chorei um pouco quando vi o avião saindo e Bruno ficou em prantos, Raul me levou pra casa e depois foi embora

-Depois eu volto ta Penelope? - ele acariciou meu rosto e eu concordei 

Entrei em casa e senti um aperto no coração, a alegria da casa tinha ido embora, ele e todas as suas roupas coloridas voando para a Escócia, eu liguei uma musica e fiquei dançando sozinha, seasons- olly murs , tive um tempo para refletir sobre a letra dela, e até que se adequava com a minha historia com Raul, eu sei que ele não confia mais em mim como confiava antes, eu estar envolvida nessa historia toda não facilitou nada pra ele, e logo depois a mãe dele morre num acidente na estrada, pobre Ellen, ela só queria ver o ex-marido uma ultima vez, me sentei no sofá e esperei Raul, nós dois saímos juntos e dançamos uma musica lenta descalços no jardim de sua casa, ele ate roubou uma rosa pra mim.

Bruno não me deixou voltar pra casa naquele horário, tive que dormir na casa de Raul, eu dormi pensando no meu tio, na falecida Ellen, no Bruno, menos em Raul, ele ja tinha ficado demais em minha mente, e agora só habitava meu coração.

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Oieeeee!!!

Mais um capitulo da nossa querida Lope pra vocês, espero que gostem 

beijinhos :*

Corujinha_4

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