Capítulo 3

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Como se fosse um bom presságio, o final de semana e o início de um novo mês se aproximavam, todavia, as aparências sempre poderiam enganar

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Como se fosse um bom presságio, o final de semana e o início de um novo mês se aproximavam, todavia, as aparências sempre poderiam enganar.

Victor chegou do colégio depois de treinar para o Campeonato Estadual de Basquete e logo pensou que gostaria muito de sair para andar de bicicleta por aí, todavia, já havia alguns dias que ele não vinha se sentindo tão bem disposto.

Nas duas últimas semanas ele havia vomitado quase todos os dias, depois de sentir dores bem agudas no abdômen, mas como não queria preocupar a mãe, ele resolveu esperar um pouco mais, antes de pedir para que ela lhe levasse ao hospital. Nas últimas semanas Denise Hofmann Craciun havia se dedicado a dar muitas palestras sobre Saúde Mental ali na região de Gramado e, por isso, Victor não queria se tornar um fardo pesado para a mãe poder carregar.

Contudo, naquele dia, depois de treinar várias horas para o campeonato que estava por vir, Victor percebeu que algo ia mesmo muito mal com a sua saúde, pois ao se olhar no espelho depois do banho, percebeu que sua pele e o branco dos olhos estavam mais amarelados do que o normal. Um alarme logo se acendeu em sua mente, e o moreno resolveu que não deveria mais adiar a sua consulta médica.

Ele desceu as escadas da casa suntuosa em que estava morando com os pais ali em uma das regiões mais cobiçadas do Sul do país, quando recebeu um SMS de Caroline. Victor sorriu ao ver que sua melhor amiga havia lhe mandado uma piada boba, a fim de alegrar o seu dia.

Depois do fatídico acidente com o avião da TAM, os dois haviam se aproximado ainda mais, e era inegável que possuíam uma conexão incomum, que ia bem além do fato de terem nascido no mesmo dia.

O rapaz guardou o celular no bolso e antes mesmo que pudesse se dirigir até a cozinha a fim de almoçar, Victor trombou com o pai, que lhe encarou com certa desconfiança.

— O que você anda aprontando, moleque? — Marin o mediu por completo com seus olhos tão verdes quanto os do próprio filho. — Você está magro e apático... Não vai me dizer que está usando entorpecentes, vai?!

— É claro que não! — Victor respondeu indignado, pois aquela era uma mostra bem clara de que o seu pai duvidava mesmo da sua índole. — Nem mesmo cigarro comum, eu nunca experimentei!

— Achei que poderia estar sendo influenciado pela ralé que costuma escolher para serem os seus amigos. — Marin deu de ombros, mas era claro que queria provocar o filho com aquela acusação. — Mas isto está perto de acabar, pois assim que terminar o ano letivo, nós estaremos nos mudando para Dubai...

Naquele segundo a mente de Victor se encheu de ira, pois estava mais do que claro que seu pai iria tentar obrigar ele e a mãe a abandonarem tudo novamente, em prol de seu mais novo hotel de luxo. Eles nunca ficaram mais do que um ano em uma mesma cidade, então Victor não deveria se impressionar com aquela declaração, contudo, como ele estava de saco cheio de ser um fantoche nas mãos de Marin Craciun, ele decidiu que daquela vez não aceitaria tão fácil assim os seus planos.

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