01: A impulsividade é uma virtude.

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Olá, pessoal! Ufa! Finalmente consegui trazer esse capítulo para vocês de uma forma eficaz. Tive uns problemas nas últimas duas semanas, mas tudo está caminhando para se resolver, então cá estamos! 

Quero falar um pouco sobre o meu processo de escrita para esse capítulo. Primeiro, pensei em como construiria a personalidade inicial do meu vampiro. Para isso, busquei alguns ícones que temos no lore vampiresco mundial: Edward Cullen, o próprio Drácula de Bram e algumas variantes hollywoodianas dele; depois busquei um pouco em outras obras como em Pobres Criaturas e na Fera de A Bela e a Fera (Disney). Basicamente, busquei criar um personagem embebido no mistério de ser um ser sobrenatural com um passado sombrio, rondado por mistérios, todavia, que não tenha largado a mão de seus ensinamentos humanos, como ser cordial, receptivo e gentil - todavia, com limites.

Quero adiantar que essa história é enemies to lovers, todavia, com um leve desvio: vocês verão o vampiro sendo gentil, altruísta, caridoso, e até mesmo fácil de conversar, mas também o verão sendo perverso e maldoso e provocativo. Acreditem, do jeito que o criei, ele pode ser muito bem os dois.

Deixem o voto de vocês 🧛‍♀️

Deixem o voto de vocês 🧛‍♀️

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Capítulo 01

O beijo do amor verdadeiro

NASCI E CRESCI EM UM BAIRRO periférico de Seul.

Minha casa fica no final de uma grande ladeira e é a última de uma fileira de três casas construídas no mesmo quintal. A primeira pertence à dona do quintal, uma senhora muito gentil, mas que detesta atrasos no aluguel; a segunda é alugada por meu tio e sua família porque foi o único lugar que conseguiram arcar depois da falência. A terceira é alugada por meus pais, minha casa. Para chegar até ela é preciso passar por um beco úmido e escuro.

Mas essa não é a pior parte.

Ao lado do nosso terreno, há uma pequena casa que mais se parece uma cabana. Está aos pedaços, em condições que nem mesmo o morador mais indecente de nossa rua seria capaz de morar; mas há alguém que mora lá: uma velha louca, de cabelos grisalhos arrepiados e um olho faltando.

Sempre senti um medo desesperador dela e, por mais que meus pais sempre tenham me dito para evitar cruzar seu caminho, de uma forma ou de outra, sempre nos encontramos na rua. Desde criança, quando descia a ladeira para comprar verduras ou qualquer outra coisa, na volta nos encontrávamos. Ela sempre ficava do outro lado da rua, vestida naqueles trapos sujos de roupas, batendo uma bengala de madeira no asfalto.

Eu costumava confundi-la com um dos demônios que morava na rua, mas ela não tinha pele colorida ou olhos esbugalhados ou asas monstruosas como todos os outros. Era uma simples e velha humana assustadora.

Durante minha infância, nossa interação nunca passou disso: ela me observando voltar para casa com sacolas, parada do outro lado da rua enquanto batia sua bengala compassadamente no asfalto. No entanto, depois que completei quinze anos, passou a demonstrar algum interesse em falar comigo. Soltava resmungos, guinchos, apontava a bengala para mim, mas não conseguia mais do que isso porque bastava soltar um "a" para eu começar a correr como um louco.

O BEIJO DO VAMPIRO | Jikook.Where stories live. Discover now