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Lark parou em frente a lanchonete e desligou o carro, movendo o espelho retrovisor para poder ver seu próprio reflexo uma última vez enquanto fixava o brilho labial e se certificava de que o rímel não tivesse borrado durante a viagem do outro lado da cidade. Embora fosse considerado o melhor restaurante de Forks, o restaurante também era o único em Forks, e a garota não tinha certeza do que esperar.

Leonora e Alicia ficaram emocionadas ao saber que Paul finalmente convidou Lark para jantar e ficaram mais do que felizes em ajudar a garota a se preparar. O que incluía, mas não se limitava a, alertá-la sobre o enorme apetite do menino e sua tendência para piadas sem graça. Alicia queria saber todos os detalhes sobre a conversa deles na praia, enquanto Leo vasculhava o armário de Lark em busca de algo para a garota usar naquela noite, finalmente conseguindo um par de jeans e uma camisa preta lisa, junto com um cardigã cinza e seu vestido preto. Vans.

Embora ela estivesse alguns minutos adiantada, Lark procurou pela caminhonete de Paul, mas não conseguiu encontrá-la no estacionamento. Ela entrou no restaurante, a campainha tocando no alto para anunciar sua chegada, e a garçonete, que não parecia muito mais velha que Lark, conduziu-a a uma mesa para dois.

— Você gostaria de fazer o pedido agora ou esperar alguns minutos para o resto do grupo chegar? — a garota perguntou.

— Tenho certeza de que ele está atrasado —, Lark assegurou à garçonete, — vou esperar alguns minutos.

Lark examinou o menu, olhando para cima a cada poucos segundos para olhar pela janela. Ela ficava imaginando Paul parando em sua caminhonete preta e entrando na lanchonete elegantemente tarde, mas o momento não chegou. Em vez disso, Lark ficou sentado sozinho na cabine, apenas observando e esperando.

A garçonete serviu dois copos de água e Lark agradeceu rapidamente antes de voltar ao cardápio, verificando três vezes para ter certeza de que era, de fato, o cheeseburger que ela queria pedir naquela noite. Ela finalmente pegou o telefone, discando o número de Paul para ter certeza de que estava tudo bem, mas o telefone dele foi direto para a caixa postal após o primeiro toque.

Lark desligou o telefone com um pequeno suspiro, colocando-o de volta no lugar enquanto a garçonete se aproximava pela última vez.

— Ainda esperando? — a garçonete perguntou a ela, dando-lhe um sorriso simpático, e Lark olhou para o relógio na parede, vendo que já passava meia hora do horário programado para o encontro.

— Não —, disse Lark, balançando a cabeça. — não, vou em frente. Só quero um cheeseburger e batatas fritas?

— É isso aí —, disse a garota, anotando o pedido em seu bloco de notas antes de desaparecer de volta na cozinha.

Lark suspirou, tirando o livro da bolsa e começando a ler na tentativa de passar o tempo. Lark não tinha muita experiência em sair para encontros, mas tinha quase certeza de que comparecer era a maneira correta de fazer isso. Geralmente aquela que procura o melhor nas pessoas, Lark não queria acreditar que Paul a havia deixado de lado, mas ela também esperava que algo não estivesse errado com os meninos.

Mas, se Paul não queria sair com ela, por que ele a convidou para sair?

A garçonete trouxe o cheeseburger e Paul ainda não tinha aparecido. Lark agradeceu à garota, que lhe lançou mais um sorriso simpático e começou a comer devagar para lhe dar outra chance de alcançá-la, lendo entre mordidas de hambúrguer e batatas fritas. A garçonete veio ver como ela estava algumas vezes, pegando o cardápio intocado de Paul na segunda vez. A cada vez, Lark garantia à garota que ela estava bem. Quando Lark terminou seu copo de água, ela pegou o que havia sobrado para ele, chegando à conclusão de que ele não beberia naquela noite.

Quando a garçonete finalmente voltou para retirar os pratos de Lark, ela colocou um prato com um pedaço de torta de mirtilo no lugar.

— Aqui —, ela disse, — por conta da casa.

— Obrigada —, disse Lark, dando à garota um sorriso agradecido.

— Eu sei que não é da minha conta —, disse ela, — mas, quem quer que ele tenha sido, não é bom o suficiente para você.

Lark olhou pela janela uma última vez, esperando que Paul finalmente aparecesse, que talvez os meninos tivessem tido algumas complicações ao voltar do acampamento e ele simplesmente tivesse ficado preso, mas que tudo estivesse bem, mas o preto o caminhão ainda estava desaparecido no estacionamento da lanchonete.

— Sim —, disse Lark, olhando para ela. — Você está certa. Obrigada.

Lark terminou o pedaço de torta e pagou a conta, agradecendo à garçonete uma última vez e saindo da lanchonete, a campainha tocando atrás dela uma última vez enquanto ela saía pela porta. Ela entrou em seu jipe, lutando contra as lágrimas que ameaçavam derramar após os acontecimentos da noite. Ela estava tão nervosa sobre como ela e Paul iriam se dar bem que nem parou para pensar que ele poderia nem aparecer.

Enxugando os olhos rapidamente e decidindo que não iria chorar, Lark deu ré no carro, saiu do estacionamento e entrou na estrada principal. Ela dirigiu em silêncio com o rádio desligado, ouvindo vagamente os sons dos lobos de Washington durante a noite.

E esperando que, onde quer que Paul estivesse, ele estivesse feliz.

gods and monsters, paul lahoteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora