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Lark colocou a toalha de praia no chão e sentou-se, olhando para as ondas e antecipando o dia que teria pela frente. Agora que a Forks High School estava oficialmente encerrada no verão, sua mãe a deixou livre da educação em casa e ela finalmente estava livre.

Tentando desembaraçar os fones de ouvido, Lark os conectou ao iPod, apertando o botão para ouvir a música antes de colocá-los nos ouvidos e vasculhar a bolsa em busca do livro. Quando ela finalmente o encontrou no fundo, em meio a todos os pedaços de papel amassados e embalagens de chicletes vazias, ela sorriu satisfeita, olhando para a água mais uma vez antes de abrir o livro e começar a ler. No entanto, ela foi interrompida algumas páginas por uma sombra caindo sobre ela, e ela olhou para cima para ver Paul agachado ao lado dela, e Jared, Sam e Embry estavam um pouco atrás dele.

— O que você tem aí? — perguntou Paul, tirando o livro das mãos dela e examinando a capa.

— Isso seria um livro, Paul —, Lark bufou, estendendo a mão na tentativa de roubar o livro dele.

— Mais mitos gregos, hein? — ele disse. — O que Hércules está fazendo agora? Salvando o mundo sozinho?

— Na verdade, estou lendo sobre a história de Narciso. — ela disse, projetando o lábio e fazendo uma cara de cachorrinho. — Pode devolvê-lo, por favor?

Paul sorriu, devolvendo-lhe o livro. —Você deveria vir mergulhar no penhasco conosco.

Lark examinou o penhasco, arregalando os olhos enquanto se voltava para Paul. — Eu deveria o quê?

— Venha mergulhar no penhasco —, disse ele. — é recreativo.

— Eu não tenho roupa de banho —, explicou ela, — nem desejo de morrer. Mas vocês se divirtam e eu ficarei aqui no chão, onde é agradável e seguro.

— Faça como quiser —, disse ele, dando-lhe um último sorriso brega e correndo até os meninos antes que o grupo corresse para o outro lado da praia.

Lark os observou recuar, balançando a cabeça com um pequeno sorriso antes de voltar ao livro e encontrar a página em que ela estava, não graças a Paul. Ela voltou a ler, desta vez sem os fones de ouvido para poder ouvir quando o primeiro saltasse e poder observar a ação. No momento em que ela ouviu o primeiro grito à distância, ela olhou para cima, vendo Embry no meio de uma cambalhota e seu queixo caiu, imaginando a grande queda do penhasco até a água abaixo.

Depois que Embry foi embora, Sam foi o próximo. Ao contrário de Embry, Sam era um homem simples e não incluiu nenhuma das cambalhotas extravagantes em sua queda, ele simplesmente pulou e aproveitou a descida. Paul foi o próximo a cair, saltando do penhasco e ressurgindo da água com um sorriso triunfante, seguido de perto por Jared.

Os meninos foram até a praia e Paul correu de volta para onde Lark ainda estava sentado. Quando ele se aproximou, ela levantou uma mão, lançando ao menino um olhar desconfiado.

— Deixe cair água no meu livro e eu mato você. — ela avisou, mas Paul apenas rejeitou seu sorriso característico.

— Boa sorte com isso, querida. — ele disse, sentando-se na areia ao lado dela. — Como está o seu mito?

— Ei, é uma ótima história. — ela protestou.

— O quê, o homem se apaixona por si mesmo e fica tão louco que não consegue se casar e acaba morrendo? — Paul perguntou, devolvendo seu olhar desconfiado. — É um pouco mórbido, Hudson.

— Isso ensina uma lição. — ela defendeu. — Narciso estava tão apaixonado por si mesmo, e foi isso que causou sua queda. Isso ensina a qualquer um que ouve a história que ser egoísta e obcecado por si mesmo não é uma coisa boa.

Paul ficou sentado em silêncio por alguns momentos, estudando-a. — E você realmente acredita nessas coisas?

— Talvez não este especificamente —, explicou ela, fechando o livro e colocando-o em cima da bolsa. — mas todas as lendas tinham que vir de algum lugar, certo?

— Sim, eu sei, foi o que você disse outro dia. — ele disse. — Mas por que você , especificamente, acredita neles? Como aquela coisa de lobo Quileute que você estava me perguntando outro dia. Eu pareço um lobo para você?

— Bem, n-não —, Lark balbuciou, — mas há uma história que minha mãe costumava me contar quando eu era criança. Uma vez, ela estava caminhando com minha tia e eles se perderam nas trilhas. Eles quase foram atacados. por um urso, mas eles foram salvos por um lobo gigante. Depois que o lobo os salvou, ela olhou nos olhos dele e disse que eles pareciam quase... humanos.

Paul observou-a enquanto ela contava a história, franzindo um pouco as sobrancelhas. — Mas os lobisomens não mudam apenas durante a lua cheia?

— Nem sempre —, disse ela. — geralmente sim. Mas de acordo com as lendas Quileute, não.

Paul olhou para longe, para a água, e os dois ficaram em silêncio por um momento, o único barulho à distância, além do barulho das ondas, eram os gritos de alegria dos outros garotos enquanto eles faziam sua segunda rodada de mergulho no penhasco.

— Como você faz isso? — ela perguntou a ele: — Como você pode viver aqui, cercado por tudo isso durante toda a sua vida, e não pensar que isso deve significar algo mais?

Paul encolheu os ombros, virando-se para encará-la. — Acho que sempre fomos apresentados às lendas como histórias para dormir. Nunca nos disseram que elas eram realmente reais. Não me interpretem mal, são histórias interessantes e acho legal que você saiba tanto sobre tudo. esse.

— Ei, Paul! — Sam chamou, e tanto Lark quanto Paul ergueram os olhos e viram os meninos parados na praia novamente. — Próxima rodada, você vem?

— Sim! — Paul gritou de volta, levantando-se da areia antes de voltar para Lark uma última vez. — Ei, o que você vai fazer neste fim de semana?

Lark encolheu os ombros. — Não muito. Provavelmente só estou saindo com meus pais.

— Escute, uh... — Paul parou nervosamente. — os meninos e eu vamos acampar neste fim de semana, mas voltaremos no domingo à noite. Você gostaria de ir jantar comigo quando eu voltar?

Lark sorriu suavemente, um pouco de rubor começando a se espalhar por suas bochechas enquanto ela assentia. — Gostaria disso.

— Legal —, disse ele, dando alguns passos para trás para se juntar aos outros garotos, mas sem tirar os olhos dos dela. — Sete funciona para você?

Lark assentiu. — É um encontro.

gods and monsters, paul lahoteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora