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Tudo bem, senhoras, — Marcus disse enquanto parava na entrada da pequena casa vermelha, e os olhos de Lark se arregalaram quando ela viu o número de pessoas espalhadas do lado de fora, prontas para a festa começar. Quando Jacob contou a ela que ele e seu pai convidaram quase todo mundo que conheciam, ele não pareceu estar brincando. — vamos nos lembrar de nos comportar da melhor maneira possível, certo?

— Ah, por favor, — Lark zombou e olhou para onde seu pai estava sentado no banco da frente do Nissan. — Como se você tivesse que perguntar. Eu sou um anjo.

Lark seguiu seus pais para fora do carro até onde eles pudessem ver as chamas de uma fogueira cortando o céu noturno e os sons dos foliões que moravam entre eles. Alguns adolescentes circulavam pela multidão, que cumprimentaram os recém-chegados, junto com adultos que cumprimentaram a família Hudson com alegria, seus olhos brilhando ao ver Marcus liderando o pequeno trio.

— Cidades pequenas — Marcus disse para Lark e Diane com um grande sorriso. — você não pode deixar de ama-los.

— Aí está o homem do momento! — uma voz explodiu, e Lark viu Jacob empurrando um homem em uma cadeira de rodas até Marcus, o homem ansioso para cumprimentar seu velho amigo. — O filho pródigo retorna.

Marcus se inclinou, cumprimentando o homem com um abraço de urso enquanto os dois riam alegremente, dando tapinhas nas costas um do outro. Quando ele se levantou, fez um gesto para que Lark e Diane dessem um passo à frente.

— Billy, você se lembra de minha esposa Diane e de minha filha Larkin. — Marcus apresentou. — Lark, este é o pai de Jacob, Billy.

— Oi, — Lark cumprimentou com um sorriso.

— Jake, por que você não mostra o local para Lark para que ela possa conhecer os outros? — Billy sugeriu, e Jacob assentiu, gesticulando para que ela o seguisse. — Preciso apresentar Marcus e Diane para algumas pessoas.

— Siga-me. — Jacob a informou, despedindo-se de seus pais e conduzindo-a até onde um grupo de adolescentes se reunia perto do fogo. —Todo mundo está aqui.

Entre o grupo sentado perto das chamas ela reconheceu Alicia sentada ao lado de Quil e Embry, o braço deste último em volta de seus ombros. Ela cumprimentou Lark com um sorriso amigável, acenando para que ela se juntasse a eles. Junto com eles estavam sentadas outras três meninas, bem como outros três meninos que ela não reconheceu. Todos os olhares pousaram sobre ela enquanto Jacob a conduzia, a conversa cessando quando eles observaram o recém-chegado.

— Tudo bem, pessoal, aqui é Lark. — Jacob apresentou. — Filha de Marcus. Lark, você conhece Alicia, Embry e Quil, mas esta é a filha de Charlie, Bella Swan, Seth, Leonora e Leah Clearwater, Jared Cameron e Paul Lahote.

— Oi, — todos se cumprimentaram com um sorriso amigável, exceto o último garoto, Paul, que simplesmente continuou a encarar Lark, quase como se estivesse em transe. Seus olhos nunca a deixaram, mesmo quando ela foi até os bancos para encontrar um lugar para se sentar.

— Você pode me chamar de Leo. — Leonora disse, se aproximando do banco em que estava sentada para dar espaço para Lark se sentar ao lado dela.

— Paul... — Jared disse, dando uma cotovelada no garoto ao lado dele na tentativa de chamar sua atenção, mas os olhos do garoto permaneceram fixos em Lark. — Terra para Paul.

— Hmm? — Paul perguntou, saindo de seu torpor e olhando em volta, suas bochechas ficando um pouco vermelhas à luz do fogo de vergonha enquanto o grupo ria. Todos, exceto Quil, Embry e Jared, que encararam Paul com olhares preocupados. — Ah, desculpe. Olá.

— Então, Lark. — Leo disse, mudando de assunto. — Você vai estudar em Forks?

Lark assentiu. — Eu estarei, sim. Maio não é exatamente a melhor época do ano para mudar de escola, então minha mãe está me ensinando em casa desde janeiro, quando descobrimos que estávamos nos mudando. Vou começar neste outono como júnior. E vocês?

— Todos nós estudamos na reserva. — Seth explicou. — Leah se formou lá há alguns anos, junto com Sam, que está lá com Charlie e Richie.

— Exceto eu. — Alicia disse alegremente. — Com certeza lhe mostrarei o local quando as aulas começarem. É um lugar pequeno, você vai se acostumar rapidamente.

— E vou me formar em Forks no final deste ano. — Bella disse. — É uma pena que você não tenha assumido o papel de ser a nova garota enquanto eu ainda estava lá.

— Então o que traz você a Forks? — Jared perguntou.

— Meu pai está escrevendo um novo livro. — Lark explicou. — Ele achou que uma nova mudança de cenário poderia ser legal, e ele é de um lugar tão cheio de lendas e histórias, então meus pais pensaram que nos trazer de volta para sua cidade natal seria bom para nós. Mas meu irmão ainda está em Boston. Ele frequenta a Bentley University, onde estuda administração.

— A comida está pronta! — gritou uma mulher perto da lareira, onde pilhas de hambúrgueres e cachorros-quentes cobriam uma grande mesa de piquenique, rapidamente desviando a atenção da conversa e direcionando-a para as montanhas de comida.

Lark se levantou do banco com os outros, indo até a mesa enquanto Paul e Jared corriam para ver quem conseguia chegar primeiro à comida. Com um suspiro, Embry correu atrás deles, gritando para que não comessem tudo e dividissem um pouco com os outros.

Alicia suspirou, tentando esconder uma risada enquanto balançava a cabeça para frente e para trás. — Eu diria que nem sempre são assim, mas estaria mentindo.

— Quanto eles comem? — Lark perguntou surpreso.

— Há o suficiente para alimentar uma aldeia aqui.

— Que, felizmente, é quantas pessoas temos aqui. — Leo disse, gesticulando para a multidão ao redor deles quando chegaram à mesa de piquenique. —Obrigado, mãe. — ela disse para a mulher que havia chamado todo mundo para comer, colocando dois cachorros-quentes no prato e pegando um dos sacos de batatas fritas.

— Bem-vindo à sua nova casa, Lark. — A mãe de Leo disse para a jovem. — Sou Sue Clearwater. Seu pai sempre foi um bom amigo do meu marido, Harry. Se precisar de alguma coisa enquanto estiver aqui, fique à vontade para vir até nós.

— Obrigada, — Lark disse. — É um prazer conhecer você. Salem nunca teve uma comunidade tão unida como essa, é legal.

— Salem gosta de julgamentos de bruxas, Salem? — Leo perguntou, levantando uma sobrancelha.

Lark assentiu. — É esse mesmo.

— Isso é tão legal! — Alícia exclamou. — Como é?

— Bem, os Julgamentos das Bruxas fizeram dele um destino turístico muito popular, especialmente na época do Halloween. —  Lark explicou e percebeu que Embry, Jared e Paul voltaram à conversa enquanto as três garotas voltavam para os bancos onde estavam sentadas anteriormente. Os olhos de Lark se arregalaram quando Paul se sentou ao lado dela e ela notou que o prato dele continha quatro hambúrgueres, enquanto o prato dela continha apenas um. — Puta merda, onde você coloca tudo isso?

Paul riu com um encolher de ombros. — Acho que estou sempre com fome.

— Certo. De qualquer forma, — ela disse, voltando ao assunto de sua cidade natal. — Não morávamos longe do Museu das Bruxas de Salem, e minha mãe trabalhava lá, então meu irmão e eu passávamos bastante tempo lá enquanto cresciam.

— Então você sabe tudo sobre os Julgamentos das Bruxas. — Leo resumiu.

Lark assentiu. — Eu fiz alguns projetos sobre isso no ensino médio.

— Um pedaço tão estranho da história. — Paul riu. — Um grupo de adolescentes malcriadas andando por aí acusando mulheres de serem bruxas? E as pessoas realmente acreditaram neles a tal ponto que começaram a enforcar essas mulheres até que finalmente tiveram o bom senso de que as bruxas não existiam de fato?

Lark encolheu os ombros. — Isso depende se você acredita ou não nas antigas lendas sobre as bruxas que costumavam vagar pelo mundo. — ela rebateu.

— Acho que não sou uma pessoa que lê muito sobre essas coisas. — ele disse. —Quero dizer, afinal são apenas histórias.

gods and monsters, paul lahoteWhere stories live. Discover now