Capítulo Dois

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| Gabriella |

Só faltava terminar de arrumar meu cabelo, fiz tri-ondas nele todo. Passei um perfume marcante e um gloss brilhoso, peguei o meu celular e sair imediatamente do meu quarto. Desci correndo as escadas e já vi minha irmã e meu pai me esperando.

- Nossa, como você tá linda. — minha irmã diz e eu abro um sorriso largo.

Eu coloquei uma mini saia branca e escolhi a camiseta rosa do São Paulo, coloquei meu tênis da Nike branco com rose. Íamos cedo para o clube já que meu pai precisava fazer a preparação com os jogadores.

Entrei no IX35 da minha irmã e fomos seguindo o carro do meu pai, ele ia pro clube e de lá iria pro estádio. Já eu e a Gi ia direto para o estádio, no caminho fui vendo alguns story e vejo que o Wesley começou a me seguir.

- Você não vai me contar os detalhes da sua noite apocalíptica de ontem? — minha irmã pergunta fazendo com que eu de uma risada sem graça.

- Você acha que eu dei pra ele? — já pergunto na lata e a minha irmã faz uma cara de surpresa com a minha pergunta.

- Você é uma safada. Mas enfim, deu? — ela pergunta e eu começo a dar risada.

- É óbvio que não né Giovana, foi só uns beijo e nada mais. — digo e bloqueio meu celular sem seguir novamente o jogador. - Tenho sorte que não apareço nesses sites de fofoca, se não o papai me matava.

- Você tem sorte dele não ter descoberto, você vai mesmo pra arquibancada laranja? — ela pergunta após parar o carro no farol e eu concordo com a cabeça. - O que eu digo pro nosso pai?

- Inventa algo, sei que você é boa nisso. — respondo a minha irmã que começa rir debochando de mim.

No Instagram só se falava do clássico choque rei, era o primeiro jogo de duas partidas. Tínhamos que ganhar aqui no Morumbi, para levar uma vantagem lá pro Allianz Parque. Depois de alguns minutos chegamos na rua principal do clube, já era possível vê torcedores caminhando até o estádio.

"No Morumbi o bixo pega"

Começo a cantar ao escutar os torcedores da organizada, sei que a minha irmã detestava tudo isso e eu adorava provocar. A Giovana estacionou o carro no estacionamento particular e descemos logo após.

A delegação dos dois times estava chegando, mostramos nossa credencial para o segurança e ele logo libera passagem. Eu e a minha irmã logo que entramos fomos direto para a área vip, já tinha algumas mulheres de jogador aqui.

Cumprimentei algumas e me sentei numa poltrona e fiquei observando as cadeiras lotar. O jogo começaria às nove horas da noite e ainda era sete e meia, estava ficando tedioso aqui.

- Vai pra onde? — pergunto para a minha irmã logo ao vê ela se levantar.

- Eu vou... vou... vou ir beber água. — ela diz gaguejando e eu franzo as sobrancelhas confusa.

A Giovana sabia mentir mais não tanto assim, se ela não quis me contar eu que não iria atrás. Voltei a comer novamente e peguei o meu celular, soltei uma risada involuntariamente ao vê a mensagem do Wesley.

Wesley
- Podíamos repeti a dose, né?
(19:30)

- Calma gatinho, fizeram
questão de expor ja.
(19:30)

- Desculpa, foi o imbecil
dos meninos.
(19:30)
- Vamos esquecer isso, não paro
de pensar no seu beijo.
(19:30)

- Meu pai me mataria se
soubesse que fiquei com você.
(19:31)
- Você é Corinthiano e eu
São Paulina, somos os oposto.
(19:31)

- O que torna melhor, os opostos
se atraem, bebê.
(19:31)

- Não acredito nisso.
(19:32)

- Você é difícil, gosto assim.
(19:32)

Bloqueio a tela do meu celular e me levanto da onde eu estava, abrir a grande porta de vidro e comecei a andar pelos os corredores. Não acredito no amor e pra falar a verdade prefiro curtir minha vida de solteira, pego e não me apego.

Meu celular vibra novamente e eu pego para vê o que era e é quando esbarro em uma pessoa. Minha mão foi involuntariamente sobre o seu peitoral, olhei assustada na hora.

- Olha por onde anda, garota. — uma voz com um sotaque diz e encaro ele na hora.

- Você que deve olhar, imbecil. — digo arrumando meu cabelo mas não consigo desviar o olhar do sorriso á minha frente.

- Gabi? — escuto a voz da minha irmã e vejo ela vindo do vestiário. - Vem, Calleri quer te vê.

Olho para o jogador novamente antes de sair andando para o vestiário, Calleri é como um melhor amigo para mim. Bom, parecia até um pai as vezes por pegar muito no meu pé, mas eu gostava da forma como ele cuidava de mim.

Segui a Gi e percebi na hora que seu batom estava borrado e seu cabelo bagunçado, a minha irmã estava pegando alguém tenho certeza.

- Limpa a boca, por isso não uso batom pra beijar alguém. — digo baixinho perto do ouvido dela e na hora vejo ela ficar apreensiva.

- Eu não beijei ninguém. — ela diz enquanto eu empurrava a porta do vestiário.

Meu pai estava dando algumas táticas para os jogadores, caminhei devagar até o Calleri e desferimos um abraço apertado. Olhei para o Nestor que virou a cara na mesma hora evitando contato comigo.

- Ele tá bravo? — sussurro perto do ouvido do camisa nove e ele concorda com a cabeça.

- Tá todo mundo sabendo que você andou pegando o Corinthiano. — Calleri diz e na hora sinto meu coração acelerar.

Que merda! Era o primeiro rival que eu pegava e já tava dando todo esse fuzuê, eles não sabem pegar ninguém sem querer expor. Fechei a minha cara e sair de dentro do vestiário, peguei o meu celular e entrei nos contatos procurando o nome do Wesley.

Enquanto caminhava até a parte que liberava para as arquibancadas, reparei no vestiário onde estava o time adversário. Richard Ríos foi o garoto em quem eu esbarrei, o que ele tem de boniteza ele tem de mal educado.

Ligo para o Wesley mas da caixa postal, subo para a arquibancada onde estava a torcida organizada e começo a cantar junto com eles. Era incrível a sensação que eu sentia quando eu estava aqui, o tanto que eu amo esse time, não tem explicação.

Conexão Rival. - Richard RíosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora