Capítulo 2 - Um sentimento de culpa

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Gabriela

Acordei sentindo todo meu corpo protestar, estava totalmente dolorida sem entender o por quê.

Olhei ao meu redor e pude ver uma mulher vestida de branco, não saberia dizer quem era. O quarto era branco acompanhado de um azul claro.

A mulher sorriu para mim e disse que estava tudo bem. Não entendi bem, mas com sua saída fui recordando o quê havia acontecido.

FlashBack

Após mais uma tentativa falha de falar com a professora, fui direto para minha casa, apesar das recordações cheio de sangue, deveria ir até lá pegar alguns pertences.

Estava tudo limpo e em ordem, os móveis cobertos com tecidos brancos, o chão branco como sempre...

Os policiais ficaram na sala me aguardando. Subi até meu quarto e coloquei minhas últimas peças de roupas nela. Fui em minha cômoda e peguei meus cremes, perfumes, documentos e... fotos. Peguei mais um álbum dentro de uma das gavetas. Ali continha todos os momentos inesquecíveis que vivenciei com minha mãe. Coloquei dentro da mala e voltei pegar o último porta-retrato do meu quarto.

- Que comovedor!!! - Virei e vi minha irmã, ela estava com uma aparência horrível, batia palmas. - A filhinha perfeita chorando pela mamãezinha. - Como ela podia ser tão fria?

- O quê quer, Ayne? Onde esteve? Mamãe foi assassinada e você não se importa? A polícia quer falar com você. - Disse, guardei o quadro e fechei minha mala. Sequei as lágrimas e a encarei.

- Quem você pensa que é para me interrogar? - Ela disse em tom ameaçador e tive medo. - Donna está morta e pronto. - Ela, desde que começou a ter um carácter explosivo, passou a chamar nossa mãe pelo nome, Donna. - E você ainda pergunta o quê eu quero? Você é a filha perfeita, bem educada, filha de um ricaço...

- Eu não tenho culpa por isso... - Tentei me defender, mas ela era impossível.

- Tem sim, tem muita culpa. Eu te odeio, Gabriela Vartann...

- Ayne... nós somos irmãs, por que não podemos ter uma boa relação?

- Porque você é rica e eu não. - Respondeu seca, ela estava cegada pelo rancor.

- Eu desisto... - Disse. - Eu tenho que ir. - Peguei minha mala de rodinhas e a deixei no chão.

- Ah, mas não vai mesmo. - Foi o último que ouvi antes de sentir uma dor insuportável. Eu gritei muitas vezes, não sei ao certo quantas, mas o suficiente para os policiais subirem e segurarem minha irmã. Ela havia me dado duas facadas e eu não sabia aonde, pois tão rápido como a dor, eu desmaiei.

FlashBack Off

Ayne e meu cunhado estavam presos pelo assassinato da minha mãe e avó. Eu havia levado duas facadas uma, um pouco acima do ombro e outra na perna.

**

Passei a semana no hospital, o médico não quis me dar alta por precaução. Miranda havia ido algumas vezes me visitar, conversamos bastante, mas nada que me agradava.

Sexta-Feira - Colégio

Os professores estavam em uma reunião à respeito dos alunos, era um conselho de classe antecipado...

À pedido da diretora, Catherine, eles começaram pelas classes primárias, quando chegou a vez dos nonos anos, os formandos, ela pediu que deixassem o 9 ° A, por último.

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