Capítulo 1 - O início de um pesadelo

548 34 5
                                    

Povs Gabriela

**

Eu acabava de chegar em casa quando percebi um movimentação estranha.

Ontem pela manhã havia viajado com minha antiga escola para uma final de torneio de voleibol, a equipe deles estava precisando de uma jogadora urgente já que a líbero deles havia se machucado um pouco antes da viagem. Como eu treinava com essa equipe, antes, eles me chamaram. E, vencemos!!!

Mas, agora, a cada passo que eu dava me aproximava mais de casa e, estava me sentindo nostálgica.

Sim, havia algo errado. Muita movimentação na rua que, era tranquila, carros de polícia e ambulância na entrada da minha casa, também tinha um carro da IML?

Quando pisei na calçada frente minha casa, vi ela com uma faixa da perícia impedindo a passagem de qualquer pessoa. Como era a minha casa, me abaixei e passei por baixo dela. Estava indo em direção a entrada da casa para saber o que estava acontecendo.

- Ei mocinha... - Ouvi alguém atrás de mim. - Mocinha... - Dessa vez eu parei e dei meia volta para encará-lo. Ele era alto e másculo, seus olhos eram negros como sua pele, sorri tentando me safar.

- Oi? - Disse, somente.

- Essa área está restrita. O que a mocinha está fazendo aqui? - Ele me perguntou como se eu fora uma intrusa.

- Eu moro aqui! - Respondi, ele pareceu um pouco surpreso, olhou algo em sua ficha, que estava na mão e me olhou. - O que está acontecendo aqui? - Perguntei, ele pareceu um pouco receoso.

- Gabriela Vartann? - Ele perguntou, mas eu senti que era mais uma afirmação que pergunta. Assenti com a cabeça confirmando.

- Sim, sou Gabriela. O que aconteceu aqui? - Perguntei novamente, mas ele mais uma vez desviou o assunto.

- Acompanhe-me, por favor! - Foi tudo o que ele me disse. O segui até uma viatura da Polícia que estava perto da entrada da casa, ao lado tinha o carro da IML e ambulância.

- Comandante... - O policial fardado chamou seu superior educadamente, ele em seguida virou-se com uma outra ficha na mão. - A Senhorita Gabriela Vartann, acaba de chegar. - Seu superior me olhou como se fizesse um Raio X com o olhar.

- Obrigado policial Alves. - Ele saiu deixando-me com o comandante. - Senhorita Vartann, onde esteve de ontem para hoje? - Ele me questionou como se fosse suspeita de algo.

- Em um torneio de voleibol na Capital com o Colégio Imigrantes. - Respondi olhando para os lados, queria ver se conseguia descobrir algo.

- Estuda em Colégio Particular? - Por que ele me olhava desse jeito? Eu estava metida em problemas e não sabia?

- Não mais. Esse ano estou estudando no colégio federal público. Por quê? - O questionei também e ele pareceu surpreso.

- É um ótimo colégio, apesar de não ser particular. Quantos anos a senhorita tem? - Tá legal!!! Isso era um interrogatório?

- Faço quinze daqui duas semanas. Qual é? O senhor irá dizer o quê está acontecendo ou não? - Perguntei um pouco irritada. - Onde está minha mãe?

Ele, como o outro, parecia não querer falar a respeito. O encarei seriamente e ele pareceu soltar o ar.

- Eu sinto muito... - Foi tudo o que ele disse olhando para a porta.

Eu não entendi muito bem, mas quando segui seu olhar em direção a entrada vi os peritos saindo com um corpo coberto sob a maca.

Meus olhos marejaram. Corri em direção à eles deixando minha mochila cair no caminho. Parei frente ao corpo e os olhei, puxei a capa sem a permissão deles e vi...

Escolhas!Onde as histórias ganham vida. Descobre agora