𝑺𝒆𝒎𝒑𝒓𝒆 𝑺𝒐𝒖𝒃𝒆 𝑸𝒖𝒆 𝑬́ 𝑽𝒐𝒄𝒆̂... (♤♢𝑵𝒊𝒓𝒂𝒈𝒊 & 𝑺/𝒏♡♧)

•Capítulo 22•

Todos se entre-olham, chocados, enquanto Chishiya mantia sua postura séria e olhar fixo em todos.

-Fugir da Praia?- Kuina pergunta em um tom de voz preocupado- Você ficou louco!?- A garota se levanta rapidamente da cadeira, agora com suas sombrancelhas reprimidas e a face de seu rosto preocupante.- Vamos morrer se sairmos daqui!- Ela começa a andar pelo quarto, impaciente e preocupada.

Chishiya olha para baixo e solta um suspiro rápido pela boca.

-Kuina esta certa. Podemos morrer se trairmos a Praia, o Chapeleiro com seus membros executivos e a milícia.- Arisu comenta. O garoto estava pensativo, encarando o chão.

-Acabamos de chegar, se sairmos assim tão rápido, vão perceber.- Usagi comenta, olhando para Chishiya e depois para Arisu.

Um silêncio se faz entre eles. Todos pensavam a respeito deste plano do loiro.

-Pensei que poderia contar com vocês.- Chishiya quebra o silêncio.

-Não dizemos nada a respeito de que faríamos ou não faríamos parte desse plano, Chishiya.- Kuina se aproxima de todos com seus braços cruzados e seu tom de voz sério.

-Então me digam. Querem fazer parte desse plano?- O loiro pergunta, esperando pacientemente a resposta de todos.

Kuina, Arisu e Usagi trocam olhares preocupados e reflexivos, esperando que alguém respondesse primeiro a pergunta de Chishiya.

-S/n?- Chishiya a chama. Todos fitam a garota juntamente do loiro.

A garota se encontrava sentada com os braços e as pernas cruzadas, sua feição era de séria e pensativa ao mesmo tempo enquanto encarava fixamente para algo a sua frente.

-Por que me trouxe para a Praia... sendo que pretende deixa-la? - S/n, ainda com seu olhar fixo para frente, dirige sua pergunta a Chishiya.

O loiro não diz uma palavra, apenas a fita.

-Eu te fiz uma pergunta. Vc deve me responder... Chishiya.- A garota fita o loiro e diz seu nome, querendo reforçar a pergunta que havia feito a ele.

-Você preferia ficar naquela farmácia abandonada com o seu braço esquerdo completamente cortado e prestes a inflamar?- O homem a retrucou com outra pergunta.

S/n retrai suas sombrancelhas e aperta seus punhos, demonstrando um começo de impaciência.

-Você não consegue responder uma pergunta sem se quer fazer outra?!- A garota aumenta um pouco seu tom de voz.

Chishiya relaxa seu rosto e meche os ombros apenas uma vez.

S/n se ira com aquele ato do loiro e se aproxima do mesmo a passos pesados, pronta para lhe acertar um golpe no rosto.

-Grr, seu—

Imediatamente Arisu se levanta de sua cadeira e impede S/n de se aproximar mais do loiro, que estava imóvel sem demonstrar nenhum pingo de preocupação ou susto para com a garota.

-Parem com isso!- Arisu pede a S/n e a Chishiya- S/n, tente se acalmar!- Ele diz ao olhar nos olhos da garota, que não tirava seu olhar de ódio do loiro.

-Você não sabe de NADA a respeito do meu braço cortado. Você não estava lá quando isso aconteceu!- S/n aponta seu dedo indicador para Chishiya- Devia ter me deixado lá com os meus problemas. Com o meu braço ferido. Pelo menos eu estava livre e podia fazer o que eu quisesse sem que alguém viesse me matar por trair quem quer que fosse!- A garota abaixa sua mão e a fecha em forma de punho, e sentindo que estava prestes a desabar ali mesmo, da de ombros e segue até a porta.- Pode me esquecer! Não me inclua mais nesse seu plano idiota!- Em seguida ela sai do quarto e fecha a porta sem olhar para trás.

-Como ele tem coragem de dizer essas coisas pra mim!? Aquele! Aquele...- S/n sai pelo corredor, resmungando, e ao sentir que não aguentaria mais segurar seu choro, para de falar consigo mesma.

A garota se encosta na parede e cobre seu rosto com a palma das mãos. Seu rosto rapidamente ficou exarcado e quente por conta das lágrimas e das mãos que abafavam seu rosto. Sem se importar com mais nada, S/n decide se lamentar ali mesmo e sede que perca a força nas pernas a fazendo escorregar lentamente pela parede para chegar ao chão.

•S/n on•

-Ei... Calma ai, Princesa.

Escuto uma voz serena e baixa referir essas palavras a mim e inesperadamente sinto mãos ásperas e quentes segurarem minha cintura, me impedindo de cair no chão.

Descubro meu rosto lentamente, revelando a mim o usuário daquela voz e das mãos em minha cintura.

-Niragi...- Sussurro seu nome ao vê-lo.

Sem me importar com mais nada me lanço aos braços dele, ignorando tudo. Apoio minha testa e ambas as mãos em seu peitoral, deixando as lágrimas escorrerem pelo rosto livremente.

-O que houve? O que aconteceu, S/n?- Niragi me pergunta com seu tom de voz preocupado.

Pela primeira vez ele tinha dito o meu nome.
Abro os olhos e me desencosto do peitoral do moreno, passo as mãos pelo rosto para tirar as lágrimas e respiro fundo, por fim, abrindo os olhos.

-Não aconteceu nada.- Digo séria, evitando contato visual com Niragi.

-Sério? Então por que sinto que aconteceu algo?- Ele pergunta com seu tom sarcástico.

- Como pode sentir algo sendo que não tem sentimentos?- levanto a cabeça para o encarar nos olhos.

Ele faz uma cara de interrogação.

-Se realmente tivesse sentimentos, não faria mal às pessoas por prazer.- Digo calmamente.

Em seguida, dou de ombros pra ele e volto a caminhar pelo corredor, porém sou impedida ao sentir Niragi segurar meu braço.

-Pelo visto perdeu a educação também, né? Se eu faço isso por prazer ou não, é problema meu.- Ele me encara com seu olhar levemente irritado e assim que termina de falar, larga meu braço e da de costas pra mim.

O foto indo embora. Senti meu corpo tenso. Niragi me amparou e se preocupou comigo quando eu estava chorando e como forma de agradecimento eu humilhei ele.

-Aaa...- Coloco as mãos na cintura e suspiro pela boca- Niragi!- o Chamo.

O mesmo para e se vira para olhar pra mim.

-Foi mal...- Olho para o lado, evitando contato visual com ele.

Volto a olhar para frente ao sentir Niragi se aproximar de mim, mas rapidamente olho para o lado novamente.
O moreno leva sua mão até o meu queixo e levanta meu rosto para si, olha em meus olhos, olha para minha boca e por fim volta seu olhar para meus olhos.

-Vem comigo.- Ele diz.

Em seguida ele passa por mim e anda na minha frente. O sigo.

[...]