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•JASMINE•

no dia que houve aquele ocorrido, acabei desmaiando por perda de sangue.
então, ele não foi até o local onde trataria seus negócios, estranhei o fato dele não ter ido sozinho, eu estava desacorda e seus guardas não me deixariam ir a lugar algum.

o dia havia amanhecido, eu já havia tomado um banho e colocado uma roupa.
fiz tudo no automático, me sentia machucada, cansada e vazia.

me sentei na cama, olhando para a janela e vendo os raios de sol entrarem.
o dia parecia estar bonito, eu sentia falta de ir a lagos e fazer piqueniques.

lembrei de quando eu e minha irmã fomos até um lago e fizemos amizade com um patinho, aquele dia foi muito divertido.
dei um sorriso involuntário.

até que escutei a porta ser aberta e o rei passar por ela, nossos olhares logo se encontraram.

pude perceber que havia uma bandeja com algumas comidas em uma de suas mãos, ele parecia irritado.

-pegue. (ele disse impaciente, desviando o olhar para o lado)

não fiz muita cerimônia, estava morrendo de fome.
andei devagar até ele e segurei a bandeja em minhas mãos, ainda sem entender sua atitude.

-não desça para o andar de baixo, meu irmão está aqui e ele não gosta nenhum pouco de você. (ele disse se virando e antes de fechar a porta olhou mais uma vez para trás) -coma tudo.

então, a porta se fechou.

fui até a cama e coloquei a bandeja ao meu lado.
o irmão dele não gostava de mim?
claro, já até sei o motivo.

eu não entendo porque tanto ódio, não fui eu que matei os seus pais, eu até pedia para que meus pais não machucassem eles.

mas era inútil falar sobre isso, uma perda de tempo.

mais rapidamente do que eu imaginava, devorei tudo que havia na bandeja.

cerca de meia hora havia se passado.

estava me levantando pra ir no banheiro quando algo me fez voltar e colar meu ouvido na porta do quarto.

parecia ser a voz do homem que acompanhava minha irmã, provavelmente o seu dono.

minha irmã estava aqui também?
ele iria mata-lá e por isso pediu para trazê-la até aqui?

antes de pensar em como sairia do quarto, tentei abrir a porta e percebi que ele não havia trancado ela.

então, fui rapidamente descer as escadas, no meio delas parei abruptamente.
percebi minha irmã de joelhos a sua frente enquanto o homem que a acompanhava aquele dia estava ao seu lado e o irmão do rei estava perto dele.

-me... me desculpe pelas minhas palavras naquele dia, meu rei. (ela disse devagar, fazendo meu peito se apertar)

-não precisa se desculpar, Yara! (eu grunhi terminando de descer as escadas, vendo todos os olhares se direcionarem para mim)

-volte para o quarto, agora. (o rei disse de forma rígida, estreitando seus olhos para mim)

-já disse que não sou mais sua escrava. (eu disse o encarando e se aproximando da minha irmã)

A escrava do vampiro Onde as histórias ganham vida. Descobre agora