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" Você bem sabe que é um tolo
Que finge indiferença
Ao deixar seu mundo um pouco mais frio
The Beatles - Hey Jude "

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Enquanto o tempo passava, Martinne sentia-se cada vez mais inquieta. Ela tentou ligar para Scarlet várias vezes, mas todas as chamadas foram direcionadas para a caixa postal. A ansiedade começou a consumi-la enquanto ela se perguntava se algo terrível havia acontecido.

Enquanto isso, Scarlet estava enfrentando uma série de contratempos. No caminho para buscar o carro, ela se viu presa em um engarrafamento inesperado. Tentou desesperadamente encontrar rotas alternativas, mas a situação parecia cada vez mais desafiadora.

Finalmente, quando conseguiu se libertar do trânsito, Scarlet notou que o tanque de gasolina estava quase vazio. Ela teve que fazer uma parada rápida no posto, o que consumiu ainda mais tempo precioso.

Enquanto ela dirigia apressadamente em direção ao local, sentiu um aperto no peito ao perceber que estava muito atrasada. Ela só podia esperar que suas ações não tivessem consequências devastadoras para ela e para aqueles ao seu redor.

Enquanto isso, Austin, esperando por Scarlet, começou a se perguntar o que havia acontecido. A tensão no ar era palpável, e as preocupações só aumentavam. Ela não sabia se devia esperar mais ou se deveria agir imediatamente.

Ela já tinha visto e revisto o vídeo milhares de vezes, mas havia algo que a fazia sentir a barriga doer de tanta ansiedade. Talvez o maior problema fosse colocar o vídeo no telão.

Depois de alguns minutos, Martinne volta ao seu quarto. Ela entra no pequeno banheiro e encara seu reflexo no espelho. Como diria Scarlet, dava para o gasto.

Austin sai de seus pensamentos quando Erick a chama. Havia dois policiais em sua porta segurando o pai. O policial James e seu parceiro adentram a casa com o homem, o colocam deitado no sofá, e ele resmunga.

― Ele foi encontrado deitado sobre o jardim dos Ramon's. ― James se vira para a garota, que olha para o pai.

Nenhum dos três fala nada; Martinne fica paralisada, desejando que eles desaparecessem.

― Muito obrigado por trazê-lo de volta. ― Ela agradece.

Os policiais se entreolham e assentem com a cabeça. A menina a abre a porta para que saiam.

Ela precisava pensar bem em que passo dar agora. Não podia sair e deixar o homem ali jogado, mas já estava farta do pai. Se ele queria beber, que soubesse dos limites. Não era a primeira vez; quando bebia muito, ou se tornava muito agressivo, ou caía por aí de tão bêbado.

O barulho de uma mensagem ecoou pelo cômodo.

Ela pega o celular e vê mensagens da amiga dizendo que estava lá esperando. Ela novamente bate o pé nervosa, pega sua bolsa, chama os irmãos e coloca algo para cobrir o pai. Ela passa na casa da vizinha, que aceita com disponibilidade, deixando-os lá, e sai correndo até o fim da ponte, onde procura o carro de Scarlet e liga o pisca para que a amiga perceba.

― Bela jaqueta. ― Scarlet elogia ao ver a jaqueta preta com um dedo do meio bordado.

― Obrigado. ― A morena se acomoda confortavelmente no banco e sorri para a amiga, que a encara com seriedade antes de ligar o carro.

Vermelho: a cor do sangueWhere stories live. Discover now